Oração ao Sagrado Coração de Jesus
Jesus, Senhor do perdão,
fonte de paz e de graça
para os nossos corações.
Conforto dos pecadores,
alento de quem Vos reza,
força de quem Vos procura,
porque em Vós quer encontrar-se.
Nossas lágrimas são preces,
nossas lágrimas são gritos,
dizei, Senhor, à nossa alma:
Sou a tua salvação.
Quando a noite nos envolve,
ficai connosco, Senhor,
enchei de luz o silêncio
das nossas horas de sombra.
Jesus, bondade inefável,
nunca nos falte na vida,
Senhor, a Vossa clemência
e caridade infinita.
Jesus, nascido da Virgem,
nós Vos louvamos, cantando,
e sempre Vos louvaremos
na glória do vosso reino.
Concedei, Deus todo-poderoso, que, ao celebrar a solenidade do Coração do Vosso Amado Filho, recordemos com alegria as maravilhas do Vosso amor e mereçamos receber desta fonte divina a abundância dos Vossos dons. Por Nosso Senhor.
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
Lâmpadas Vivas
No sacrário e perto dele, para testemunhar a presença de Jesus Eucaristia, temos uma lâmpada acesa. Quando antes a lâmpada era de azeite, pelo menos de manhã e à tarde, alguém passava por lá a acender a lamparina, para que a chama se não apagasse. Agora que é, habitualmente eléctrica, pode passar um dia, uma semana, em que a capela ou igreja está fechada e não há quem lá vá. Também por aí andará poeira no ar e que nos impede de ver o erro que fazemos, a ingratidão que cometemos, a falta de amor que temos, a ausência sistemática do sacrário. Mas mesmo que esteja a lâmpada acesa, eléctrica que seja, por ser mais prático, mais higiénico, etc. precisamos de fomentar um pouco por toda a parte as “lâmpadas vivas”
As que estão junto ao sacrário não nos podem substituir. Estão lá na nossa vez, mas não precisamos de crescer na presença e na companhia amorosa, precisamos de ser lâmpadas vivas. De manhã à noite, sempre alguém, uma pessoa que seja, rezando junto do sacrário, rezamos a Jesus Eucaristia, rezando diante da custódia. Lâmpada viva, coração ardente, alma em fogo, para substituir a de azeite ou a eléctrica. Lâmpada viva, cristão ou cristã, consagrado ou consagrada, padre ou bispo, de joelhos junto do sacrário.
Precisamos de fomentar esta adoração, este louvor perene, que se não pode reduzir a um dia por ano a umas horas fortuitas em circunstâncias raras. Há, graças a Deus, paróquias onde Jesus Eucaristia está exposto, todos os dias, pelo menos uma hora antes da minha, para que aqueles que vão chegando, adorem louvem, reparem. Há outras que preferem tê-lo exposto depois da Missa, convidando a continuar a adoração a acção de graças. Há Igrejas que têm o Senhor exposto todo do dia da primeira sexta feira e não falta, graças a Deus, lâmpadas vivas, para adorar, louvar, reparar, interceder. Precisamos de multiplicar as “lâmpadas vivas”, neste Ano Eucarístico. Precisamos de multiplicar os momentos de exposição e de adoração.
Algumas comunidades religiosas, que têm várias Irmãs mais idosas e com possibilidades de menos trabalho, têm o Senhor Jesus Eucaristia, exposto todos os dias, durante uma ou duas horas, para que ao menos essas, em nome de todas, e da Congregação, rezem, adorem, sejam “lâmpadas vivas”. E também se encontram comunidades que expõem sempre Jesus, durante o tempo de oração comunitária e de vésperas. Todos, pastores e fiéis, superiores e súbditos, mais novos ou mais idosos, todos precisamos de aprender a ser lâmpadas vivas. Estar delicadamente silencioso e orante diante dum sacrário, pondo o coração a rezar, a alma em comunhão com Jesus, os lábios em prece ou em cântico, para que , como “lâmpadas vivas”, sejamos reparadores, adoradores em espírito e verdade, sejamos contínuos intercessores e mediadores.
Mas sente-se, no ar, uma poeira que impedem de ver o valor destas maravilhas, um nuvem de poeira que faz interpretar esta oração como algo sem valor, sem importância, algo que não dá fruto, não tem eficácia imediata. A poeira engana-nos, cega-nos. E há cegos que não vêem e cegos que não querem ver. Cegueira interior, sobretudo aqueles que tendo responsabilidades na Igreja, nos seminários, nas casas religiosas, nos movimentos apostólicos, na organização e dinamização da vida eclesial, torna-se mais grave. Mas anda por aí o espírito das trevas a deitar poeira nos olhos da alma e nos olhos do coração. E, depois, não se fomentam as lâmpadas vivas, não se tem encanto por aquilo que é mais essencial. E se não adoramos Jesus, teremos outros deuses e outros ídolos. É isso que a nuvem de poeira quer fomentar em nós.
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