
O Ministério Federal para as Minorias Religiosas – gabinete que foi do assassinado ministro católico, Shahbaz Bhatti – corre o risco de ser abolido pelo governo central e dividido em quatro “ministérios de nível provincial”. Quem o garante é a agência Fides, citando fontes cristãs no Paquistão.
Segundo essas fontes, o ministério pode ser fragmentado e descentralizado, delegado a quatro responsáveis regionais para as províncias de Punjab, Sindh, Beluchistan e Kyber.
“Não seria certamente uma boa notícia para as minorias religiosas” – notam as fontes da agência, porque esta operação afastaria do governo central as decisões relativas a temas como direitos das minorias, já discriminadas no Paquistão.
À abolição e à descentralização sempre se opôs o falecido Ministro Bhatti, que bem sabia que a presença de um ministério federal era um instrumento indispensável para tutelar os direitos das minorias em toda a nação e impedir que as perseguições se impusessem no silêncio geral das instituições e da opinião pública.
Entretanto, as comunidades cristãs querem mobilizar-se para impedir que esta eventualidade se verifique. Neste quadro, o papel de Paul Bhatti, irmão do ministro morto e actual conselheiro especial do primeiro-ministro para Assuntos das Minorias, “seria reavaliado e esvaziado de seus poderes, assumindo uma função relativamente formal e não substancial”, dizem as fontes citadas pela Fides.
As mesmas fontes revelam que em Fevereiro, quando o governo paquistanês estava para realizar uma remodelação e o Ministério Federal para as Minorias corria já o risco de ser abolido, Shahbaz Bhatti foi aos Estados Unidos e recebeu o apoio da Secretária de Estado, Hillary Clinton. Após pressões dos EUA, o governo paquistanês confirmou a pasta de Bhatti.
Enquanto isto, foi criada no Paquistão a “Fundação Shahbaz Bhatti” que, graças à iniciativa do irmão Paul e de outros líderes cristãos, visa manter viva a memória do Ministro e prosseguir a sua missão, nacional e internacionalmente, de defesa dos direitos dos cristãos e das minorias no Paquistão.
Departamento de Informação da Fundação AIS
Sem comentários:
Enviar um comentário