Oração ao Sagrado Coração de Jesus
Jesus, Senhor do perdão,
fonte de paz e de graça
para os nossos corações.
Conforto dos pecadores,
alento de quem Vos reza,
força de quem Vos procura,
porque em Vós quer encontrar-se.
Nossas lágrimas são preces,
nossas lágrimas são gritos,
dizei, Senhor, à nossa alma:
Sou a tua salvação.
Quando a noite nos envolve,
ficai connosco, Senhor,
enchei de luz o silêncio
das nossas horas de sombra.
Jesus, bondade inefável,
nunca nos falte na vida,
Senhor, a Vossa clemência
e caridade infinita.
Jesus, nascido da Virgem,
nós Vos louvamos, cantando,
e sempre Vos louvaremos
na glória do vosso reino.
Concedei, Deus todo-poderoso, que, ao celebrar a solenidade do Coração do Vosso Amado Filho, recordemos com alegria as maravilhas do Vosso amor e mereçamos receber desta fonte divina a abundância dos Vossos dons. Por Nosso Senhor.
sexta-feira, 13 de maio de 2011
O motivo de sermos afligidos por doenças e demais males do corpo e da alma
Havia um cego de nascença que pedia esmola próximo ao templo. Ao passar perto dele, Nosso Senhor o olhou de um modo diferente a tal ponto que chamou a atenção das pessoas que estavam presente. Então os discípulos perguntaram: “Mestre, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? Jesus respondeu: nem ele nem seus pais pecaram; mas foi para que se manifestasse nele as obras de Deus” (cfJo 9, 1-4).
Os discípulos fizeram essa pergunta porque, noutra ocasião, depois de ter curado um paralítico, Nosso Senhor havia dito: “Veja que estás curado; não queiras pecar mais”. Os discípulos, então, pensando que aquele paralítico havia perdido as forças de seus membros por causa de seus pecados, punha-se agora o problema se este cego também havia pecado, o que não era de se crer posto que era cego de nascimento. Então, a conclusão lógica é que o pecado teria sido de seus pais…
Nosso Senhor, respondendo que era “para que as obras de Deus se manifestem”, não quis se referir à glória de Deus Pai, mas à glória do próprio Nosso Senhor, pois era Ele mesmo a glória do Pai Eterno!
Então – poderia alguém perguntar– esse cego padecia de sua cegueira, injustamente? Com certeza não, porque Deus, que tinha o poder de dar-lhe o ser à partir do nada, tinha também o poder para deixá-lo assim sem nenhum gênero de injustiça.
Para o cego acabou sendo até um benefício por ter sido objeto da glorificação do Filho de Deus: viu-O com os olhos do corpo e mais ainda com os olhos da alma!
Esta passagem serve para compreendermos que, muitas vezes, a Providência Divina nos dá enfermidades do corpo com vista a, por causa delas, abrirmos nossos “olhos” fechados para os ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo, através da Santa Igreja.
São Gregório Magno estabelece os motivos (causas) das enfermidades ou sofrimentos. Segundo ele, há sofrimentos (ou doenças) que Deus concede para a pessoa aumentar os merecimentos ou para conservar a humildade – Ex.: Job (c I) e também os mártires; ou o apóstolo São Paulo, combatido por satanás (II Cor., 12)
Há outros sofrimentos que Deus dá para as pessoas se corrigirem de seus defeitos ou pecados – Ex.: Maria, irmã de Moisés (Num., 12) e o paralítico (posto pela janela – Marc. C. II, v. 1-12).
Outros sofrimentos há que se aplicam, não por causa de culpas passadas, mas para prevenir contra faltas futuras – Ex: O paralítico, ao qual Nosso Senhor disse: “Não peques mais”.
Outros que não castigam as faltas passadas nem previne as futuras, mas aplicam-se para fazer amar mais ardentemente o poder de Deus Nosso Senhor, quando a cura inesperada segue ao castigo – Ex.: O cego de nascimento (Jo c. IX).
Há, por fim, um castigo (doenças) que Deus infringe aos pecadores de tal modo que não há para eles retratação (arrependimento) possível. É princípio de condenação – Ex.: Herodes (At. 12) e Antíoco (2 Macab., 9).
Fonte: São Gregório – Catena Áurea – São João, capítulo 9, vs. 1-7 – (Ed. Argentina)./AASCJ
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