
Chegada a plenitude dos tempos, Jesus Cristo – nosso Divino Salvador – veio ao mundo e se realizaram em sua adorável Pessoa as verdades sublimes que constituem o eixo principal do ensinamento católico: a Encarnação (Deus unido à natureza humana), a Paixão (Deus imolado pelo homem) e a Eucaristia (Deus feito, tanto quanto possível, um só com o homem que O recebe).
A fonte e a origem desses inefáveis acontecimentos é o amor infinito do Supremo Criador: “Deus amou de tal modo o mundo, que lhe deu o seu Filho Unigênito” (São João 3,16).
A esse amor infinito de Deus, o Unigênito do Pai acrescentou o estupendo prodígio de dar-Se a Si mesmo, no Santíssimo Sacramento do altar, pois não suportava seu amoroso Coração separar-Se de nós e deixar-nos órfãos no borrascoso mar deste mundo: “Eu mesmo estarei convosco até à consumação dos séculos” (São Mateus 28,20).

No tabernáculo se perpetuam essas três grandes maravilhas, porque a Eucaristia é:
– a Encarnação continuada;
– o sacrifício constante;
– e a união cotidiana do homem com Deus.
Por obra da Onipotência divina, Nosso Senhor:
– sendo infinito pela sua natureza, no entanto Se reduziu aos estreitos limites de uma Hóstia consagrada, vítima de sua inefável bondade;
– sendo rico, como soberano Senhor que é de inumeráveis universos, submeteu-Se à pobreza de um Sacrário, escravo de sua inesgotável caridade;
– sendo essencialmente livre, constituiu-Se preso, encadeado com as cadeias do seu amor;
– sendo honrado e glorificado pelos coros angélicos, expôs-Se aos ultrajes e injúrias dos homens, suportando-os com admirável paciência e mansidão;
– e, finalmente, sendo Rei dos céus e da terra, quis fazer-Se obediente às palavras da consagração, com estupenda e inaudita docilidade.
Como Sacerdote eterno que é, Nosso Senhor Jesus Cristo dirige do Tabernáculo santo o perfume da contínua e fervorosa oração que, em odor de suavidade, chega ao Pai celestial e desvia os raios da divina Justiça, ultrajada pelas maldades dos homens, “vivendo sempre para interceder por nós“ (Hebreus 7,25), constituindo-Se, ademais:
– nosso Pai, para consolar-nos e recriar-nos como filhos;
– nosso Mestre, para ensinar-nos sua celestial doutrina;
– nosso Médico, para curar nossas doenças;
– e nosso Consolador, para alentar-nos em todas as amarguras e sofrimentos da vida.
fonte: AASCJ
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