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SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS, EU VOS AMO!

Oração ao Sagrado Coração de Jesus

Jesus, Senhor do perdão, fonte de paz e de graça para os nossos corações. Conforto dos pecadores, alento de quem Vos reza, força de quem Vos procura, porque em Vós quer encontrar-se. Nossas lágrimas são preces, nossas lágrimas são gritos, dizei, Senhor, à nossa alma: Sou a tua salvação. Quando a noite nos envolve, ficai connosco, Senhor, enchei de luz o silêncio das nossas horas de sombra. Jesus, bondade inefável, nunca nos falte na vida, Senhor, a Vossa clemência e caridade infinita. Jesus, nascido da Virgem, nós Vos louvamos, cantando, e sempre Vos louvaremos na glória do vosso reino. Concedei, Deus todo-poderoso, que, ao celebrar a solenidade do Coração do Vosso Amado Filho, recordemos com alegria as maravilhas do Vosso amor e mereçamos receber desta fonte divina a abundância dos Vossos dons. Por Nosso Senhor.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Cronologia após nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo


Adoração dos Reis Magos Pergunta — No Evangelho de São Mateus, lemos sobre a fuga da Sagrada Família para o Egito, logo após a partida dos Reis Magos. Mas isso não fecha com a cronologia dos fatos, porque Jesus foi circuncidado ao oitavo dia e apresentado ao templo com 40 dias de vida. Uma viagem ao Egito em um jumento levaria meses, portanto Jesus não poderia estar em dois lugares ao mesmo tempo, a não ser que se prevalecesse de sua condição divina. Gostaria muito que me explicassem a cronologia desses fatos.
Resposta — A Santa Igreja festeja a chegada dos Reis Magos tradicionalmente no dia 6 de janeiro, e em certos lugares (como no Brasil) no domingo seguinte. A circuncisão do Senhor é comemorada no dia 1° de janeiro, e a festa dos Santos Inocentes — cuja matança também ocorreu após a partida dos Reis Magos — é colocada no dia 28 de dezembro. Por que essa discrepância na cronologia das comemorações em relação à ordem dos fatos? — É a pergunta do leitor.
A resposta é muito simples: o ciclo litúrgico da Igreja é distribuído ao longo de um ano, e convinha agrupar os fatos relativos ao nascimento de Nosso Senhor num conjunto único — Natal, Santos Inocentes, Circuncisão, Reis Magos, Apresentação no Templo e Purificação de Nossa Senhora. Não significa que os fatos todos se passaram cronologicamente nessa ordem, nem que os intervalos entre os fatos tenham sido os mesmos que há entre as festas.

Matança dos Santos Inocentes Em seguida virá no ciclo litúrgico o período da Quaresma, que se inicia na Quarta-feira de Cinzas e culmina com a Semana da Paixão, tradicionalmente chamada de Semana Santa. Com a gloriosa Ressurreição do Senhor no domingo de Páscoa, tem início o período Pascal, que abrange a Ascensão do Senhor e se estende até a festa de Pentecostes, quando se deu a descida do Divino Espírito Santo sobre Nossa Senhora e os Apóstolos. Depois de Pentecostes segue-se o tempo comum do ciclo litúrgico, no qual são rememorados os principais fatos que ocorreram durante os três anos da pregação de Jesus Cristo. São 24 ou 28 domingos, conforme as semanas disponíveis, até o reinício do ciclo litúrgico com o Advento, que compreende as quatro semanas preparatórias para a festa do Natal, fixada no dia 25 de dezembro.
O ciclo litúrgico tem, portanto, um caráter esquemático que acomoda a cronologia dos fatos às conveniências desse esquema, aliás muito didático e sapiencial. Uma vez que o leitor coloca em foco a visita dos Reis Magos e a fuga para o Egito, convém dizer uma palavra sobre a respectiva cronologia.

A narrativa de São Mateus

Para melhor compreensão, transcrevo o trecho em que São Mateus narra os acontecimentos:
“Tendo, pois, nascido Jesus em Belém de Judá, no tempo do rei Herodes, eis que uns Magos chegaram do Oriente a Jerusalém, dizendo: Onde está o Rei dos Judeus, que acaba de nascer? Porque nós vimos a sua estrela no Oriente, e viemos adorá-lo.
Apresentação no Templo E, ouvindo isto, o rei Herodes turbou-se, e toda Jerusalém com ele. E convocando todos os príncipes dos sacerdotes e os escribas do povo, perguntava-lhes onde havia de nascer o Cristo. E eles disseram-lhe: Em Belém de Judá. [...]
Então Herodes, tendo chamado secretamente os Magos, inquiriu deles cuidadosamente há quanto tempo lhes tinha aparecido a estrela; e, enviando-os a Belém, disse: Ide e informai-vos bem acerca do menino, e, quando o encontrardes, comunicai-mo, a fim de que também eu o vá adorar.
E eles, tendo ouvido as palavras do rei, partiram; e eis que a estrela, que tinham visto no Oriente, ia adiante deles, até que, chegando sobre onde estava o menino, parou. Vendo (novamente) a estrela, ficaram possuídos de grandíssima alegria. E, entrando na casa, encontraram o menino com Maria, sua Mãe, e prostrando-se, o adoraram; e, abrindo os seus tesouros, ofereceram presentes: ouro, incenso e mirra. E tendo recebido aviso em sonhos para não tornarem a Herodes, voltaram por outro caminho para o seu país.
Tendo eles partido, eis que um anjo do Senhor apareceu em sonhos a José e lhe disse: Levanta-te, toma o menino e sua mãe, e foge para o Egito, e fica lá até que eu te avise; porque Herodes vai procurar o menino para o matar. E ele, levantando-se de noite, tomou o menino e sua mãe e retirou-se para o Egito. [...]
Então Herodes, vendo que tinha sido enganado pelos Magos, irou-se em extremo, e mandou matar todos os meninos que havia em Belém e seus arredores, da idade de dois anos para baixo, segundo a data que tinha averiguado dos Magos”(Mt 2, 1-16).
Como se vê por esta minuciosa descrição, a caravana dos Reis Magos não encontrou a Sagrada Família ainda na gruta de Belém, mas já instalada numa casa nessa cidade. Segundo a inquirição de Herodes, um bom tempo depois — cerca de um ano e meio, segundo pensam os intérpretes — tendo em vista que o rei-facínora mandou matar todos os meninos de dois anos para baixo.
Assim, quando a Santa Igreja coloca a festa dos Reis Magos no ciclo natalino, o faz por conveniências litúrgicas, como acima explicado, sem nenhuma intenção de fixar uma cronologia dos fatos. Já a apresentação do Menino Jesus é colocada no dia 2 de fevereiro, observados os 40 dias de preceito. Como se vê, tudo muito ponderado e sapiencial por parte da Igreja.

Quem eram os Reis Magos?


Fuga da Sagrada Família para o Egito Quem leu com atenção o texto de São Mateus, acima transcrito, terá notado que ele não atribui aos Magos a condição de reis. Menos ainda a de santos. Quem eram eles, afinal?
Segundo investigações feitas por estudiosos, ocupavam-se das ciências naturais, medicina e estudo dos astros, que então não se distinguia muito da astrologia e adivinhação. Na ordem concreta da sociedade de então, tinham o duplo caráter de sacerdotes e sábios, com grande influência no conselho dos reis. Corresponderiam, portanto, a uma espécie de elite ou nobreza do reino. Por seus contactos com colônias judaicas da Pérsia, Caldéia e Arábia, de onde se crê que provinham, tomaram conhecimento das promessas messiânicas dos judeus.
Não se pode deixar de pensar que receberam uma luz da graça muito viva, ao identificarem com a estrela do Rei dos Judeus a estrela que lhes apareceu. E o fato de terem desde logo movimentado o seu séqüito para irem adorar o Messias, que acabava de nascer, mostra uma correspondência à graça própria de verdadeiros santos. A tradição católica dos séculos seguintes lhes atribuiu essa condição, e pode-se ver nesse reconhecimento um coletivo movimento de alma dos fiéis, por inspiração do Espírito Santo que guia a Igreja. Daria uma demonstração de espírito excessivamente rigoroso quem quisesse eliminar o título de Santos Reis Magos, que o senso católico consagrou e a iconografia religiosa difundiu ao longo dos séculos.
Podemos imaginar que, chegando ao Céu, encontraremos junto ao trono de Jesus Cristo e de sua Mãe Santíssima aqueles que, com tanta presteza e sacrifício, se movimentaram aqui na Terra para ir adorar o Filho de Deus recém-nascido, levando-Lhe os presentes proféticos de ouro, incenso e mirra: o ouro da realeza do Rei do Universo; o incenso da divindade do Verbo de Deus Encarnado; e a mirra dos sofrimentos do Redentor do gênero humano.

Fonte: Catolicismo

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