
Disse Jesus: “Não ajunteis para vós tesouros na terra, onde a ferrugem e as traças corroem, onde os ladrões furtam e roubam. Ajuntai para vós tesouros no céu, onde não os consomem nem as traças nem a ferrugem, e os ladrões não furtam nem roubam”. (São Mateus 6. 19 e 20) Imagino que Nosso Senhor Jesus Cristo recebesse os mais inusitados pedidos. Um dia, um homem pediu-lhe que exigisse que seu irmão dividisse com ele sua herança. A resposta do Mestre é, primeiro, uma pergunta: “Homem, quem me constituiu juiz ou árbitro entre vós?” (cf. Lc 12, 14); em seguida, uma parábola.
Contou-lhes Jesus a história de um homem cujo campo tinha dado uma grande colheita. Imediatamente, pensou em construir um grande celeiro para ajuntar todo o trigo que colheu mais os seus bens e, assim, poder descansar, comer, beber e aproveitar a vida por um bom tempo. Mas, recebeu o aviso de que naquela mesma noite sua vida lhe seria tirada. Para quem ficaria tudo o que acumulou?
A lição dessa história é a certeza da precariedade dos tesouros terrenos. O que adianta juntarmos tantas coisas, se o único que importa diante de Deus é conhecê-Lo, amá-Lo e servi-Lo? Lembro-me dos inúmeros casos daqueles que passaram a vida como se nada do que possuíam fosse egoísticamente seu: corações generosos, bens disponíveis aos outros.
Se acreditamos na graça de Deus que nos permite ter tantos talentos e tantos bens, por que não agimos como verdadeiros filhos e filhas Dele, fazendo bem aos outros? Jesus nunca nos disse que era errado sermos precavidos ou procurarmos o conforto ou garantirmos a sobrevivência. Mas condena firmemente a avareza, o egoísmo e a ganância. Estes são sentimentos com os quais precisamos sempre nos confrontar, para que possamos nos avaliar e perceber aquilo que realmente no rege: o amor a Deus e ao próximo, por amor de Deus, ou o amor a nós mesmos? Queremos o tesouro no céu ou os tesouros terrenos que se corroem com o tempo?
Deus não nos promete uma vida temporal para sempre, mas a vida eterna. Portanto, nossos valores devem também ser eternos, não corruptíveis, mas perenes.
Fonte: Amai-vos (com adaptações)
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