
Na prática da vida cristã, a grandeza verdadeira está na realização das pequenas coisas, nos pequenos gestos diários e nos atos de humildade que perpassam nossa diuturna história. Isto contrasta com o clima vivido pela cultura do feio, do tirar vantagem em tudo e da sociedade marcadamente consumista, onde só vale quem tem bens materiais. Com isto, o valor não está na pessoa, mas naquilo que a enriquece economicamente.
A vida é marcada por diferentes relacionamentos, por repetidos encontros entre as pessoas, que podem ser com intenções para o bem das almas, ou por opções econômicas, de faturamento e lucro. Podem ser encontros também que maquinam atos de destruição, de vandalismo e de desrespeito para com a honra devida às pessoas.
Uma das manifestações da grandeza de uma pessoa está na sua forma de relacionar-se com os demais, no tratamento, na acolhida e nos gestos concretos de desprendimento. Isto constitui valor para os que não têm recursos econômicos, como também para os menos abastados. Não podemos esquecer do Evangelho de São Lucas, quando diz: “Onde está o teu tesouro, aí está o teu coração” (Lc 12, 34).
A humildade é uma das forças da caridade, que ultrapassa todos os condicionamentos humanos e se alegra com o sucesso do outro. Não se pode dizer que esta seja a mentalidade atual, mesmo existindo ainda gente generosa e desprendida. Há muitos corações generosos e humildes, mas ofuscados pela ganância e pelo sucesso fácil e passageiro, que não ocasiona felicidade duradoura.
Não podemos ater-nos em atitudes de mero assistencialismo, que não liberta as pessoas da mentalidade materialista, mas procurar aquelas atitudes que as levem ao desejo da dignidade e da esperança de vida eterna. Uma delas é educar para uma crítica à atual sociedade igualitária e permissivista.
(Fonte: Entre Redes)
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