Oração ao Sagrado Coração de Jesus
Jesus, Senhor do perdão,
fonte de paz e de graça
para os nossos corações.
Conforto dos pecadores,
alento de quem Vos reza,
força de quem Vos procura,
porque em Vós quer encontrar-se.
Nossas lágrimas são preces,
nossas lágrimas são gritos,
dizei, Senhor, à nossa alma:
Sou a tua salvação.
Quando a noite nos envolve,
ficai connosco, Senhor,
enchei de luz o silêncio
das nossas horas de sombra.
Jesus, bondade inefável,
nunca nos falte na vida,
Senhor, a Vossa clemência
e caridade infinita.
Jesus, nascido da Virgem,
nós Vos louvamos, cantando,
e sempre Vos louvaremos
na glória do vosso reino.
Concedei, Deus todo-poderoso, que, ao celebrar a solenidade do Coração do Vosso Amado Filho, recordemos com alegria as maravilhas do Vosso amor e mereçamos receber desta fonte divina a abundância dos Vossos dons. Por Nosso Senhor.
sábado, 18 de dezembro de 2010
MOÇAMBIQUE
LEVANTA-TE ÁFRICA!
Conhecida como uma terra que procura fugir das injustiças e das guerras, África é também o continente do amor, da solidariedade e do compromisso pela paz e reconciliação. A Igreja em África evidencia um dinamismo sem precedentes no crescimento das vocações e nas muitas actividades católicas no campo da assistência social, da saúde e da educação. Recentemente, uma equipa da Fundação AIS visitou Moçambique e encontrou uma Igreja jovem, alegre e acolhedora, onde o serviço desempenhado pelos fiéis leigos é fundamental. Encontrou comunidades cristãs profundamente empenhadas no trabalho de evangelização e acompanhamento dos milhares de catecúmenos que todos os anos entram na Igreja. Mas também viu a pobreza e o grande sofrimento de uma Igreja sacrificada, cujos cristãos são privados dos sacramentos e da assistência pastoral por causa da falta de padres. Num país com mais de 20 milhões de habitantes e uma área oito vezes maior que Portugal, a Igreja de Moçambique tem pela frente inúmeros desafios.
O ISLÃO ESTÁ A TOMAR CONTA DE ÁFRICA
No Norte de Moçambique, a forte influência muçulmana proveniente da vizinha Tanzânia, torna o trabalho da Igreja muito difícil. Contudo, a presença dos cristãos faz-se notar através do serviço no campo da educação e da saúde. Infelizmente há uma espécie de discriminação encapotada e quem precisar de emprego só consegue um contrato de trabalho se for muçulmano. Os rapazes são incentivados a casar com raparigas cristãs que, depois do casamento, se tornam muçulmanas. As jovens muçulmanas estão proibidas de casar com os cristãos, o que significa que o ambiente é favorável ao crescimento dos muçulmanos e bastante hostil à presença e desenvolvimento do Cristianismo. A islamização do país está a ser realizada de uma maneira sistemática com grandes ajudas financeiras vindas dos países árabes, através do Banco Islâmico. Existe um programa agressivo de construção de mesquitas ao longo das principais vias de comunicação que, para além do seu aspecto funcional, representam também um s bolo muito forte da presença do Islão. O povo simples entende melhor estes símbolos do que qualquer outro tipo de discursos.
FALTA DE PADRES
Em Moçambique existem apenas 203 padres diocesanos, 95% dos quais se dedicam ao ensino. O envolvimento destes padres na vida secular é o maior desafio da Igreja em Moçambique. Os padres não recebem salário e “são obrigados” a ensinar nas escolas públicas para garantirem o seu sustento, mas passam mais tempo na escola do que na igreja. Esta situação faz com que cada vez mais descuidem o trabalho pastoral para se dedicarem ao ensino. Contudo, quem mais sofre com esta situação são as comunidades cristãs, obrigadas a viver sem sacramentos nem assistência espiritual. Um outro desafio para o trabalho pastoral tem a ver com os meios de transporte. As distâncias entre paróquias são muito grandes e podem chegar a mais de 100 km. Os padres não têm carros e os ministros da comunhão andam vários dias para poderem levar a Eucaristia às comunidades do interior. Descobrimos, estupefactos, que numa das dioceses com 18 paróquias havia apenas um carro velho. Gostaríamos de ajudar, mas os preços são muito elevados por causa dos impostos, visto que um carro é taxado como um «produto de luxo». Por causa das distâncias, a evangelização através das ondas de rádio é muito importante. A maior parte das dioceses tem uma rádio e os resultados são excelentes porque as pessoas ouvem muito a rádio e têm o costume de se juntarem para a ouvir em grupo. A emissão é feita nas línguas locais e a programação, realizada por jornalistas e voluntários, inclui temas actuais de interesse público. A maior parte das dioceses carece de material impresso e não existem muitos livros litúrgicos, nem Bíblias ou catecismos. Por esta razão, foi-nos pedida ajuda para a tradução e impressão da Bíblia nas várias línguas locais. Brevemente estará concluída a primeira tradução da Bíblia para Crianças na língua maconde e a segunda edição na língua macua, sempre com o apoio da Fundação AIS.
Fonte: FAIQS
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