Oração ao Sagrado Coração de Jesus
Jesus, Senhor do perdão,
fonte de paz e de graça
para os nossos corações.
Conforto dos pecadores,
alento de quem Vos reza,
força de quem Vos procura,
porque em Vós quer encontrar-se.
Nossas lágrimas são preces,
nossas lágrimas são gritos,
dizei, Senhor, à nossa alma:
Sou a tua salvação.
Quando a noite nos envolve,
ficai connosco, Senhor,
enchei de luz o silêncio
das nossas horas de sombra.
Jesus, bondade inefável,
nunca nos falte na vida,
Senhor, a Vossa clemência
e caridade infinita.
Jesus, nascido da Virgem,
nós Vos louvamos, cantando,
e sempre Vos louvaremos
na glória do vosso reino.
Concedei, Deus todo-poderoso, que, ao celebrar a solenidade do Coração do Vosso Amado Filho, recordemos com alegria as maravilhas do Vosso amor e mereçamos receber desta fonte divina a abundância dos Vossos dons. Por Nosso Senhor.
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
Milagres Eucarísticos – O Divino Menino
Ano 1427 – Zaragoza (Espanha)
Entre os muitos prodígios que obrou o Senhor para dar testemunho contra os infiéis da presença real e verdadeira de Cristo Nosso Senhor no sacramento da Eucaristia, é célebre a admirável aparição do divino Menino sacramentado, verificada na catedral de Zaragoza no ano de 1427, sendo arcebispo daquela igreja D. Alonso Arhuello. Eis aqui o relato que nos deixou escrito o doutíssimo Domer, arcipreste daquela sé metropolitana. Diz assim:
“Consultou nesta cidade uma mulher casada a um ímpio curandeiro, que remédio poderia dar para que seu marido, que era de condição muito áspera e desabrida, não a tratasse com tanta dureza. Responndeu-lhe o infame mouro que conseguiria mudar o temperamento do marido e ser amada por ele; mas para fazer o remédio seria preciso obter uma Hóstia consagrada.
“Prometeu-lhe a supersticiosa e malvada mulher que ela mesma a traria e a poria em suas mãos, e para isso foi confessar e comungar na capela paroquial de São Miguel, que há na referida catedral. Depois de ter recebido a sagrada Comunhão, tirou com diabólica astúcia da boca a Hóstia consagrada, pondo-a num cofrezinho que estava para isso preparado e foi logo à casa do mouro para lhe entregar. Mas, o que aconteceu?
“Ao abrir a caixinha, viu com grande espanto que, em lugar da Hóstia santa, havia um pequenino e formoso Menino, que despendia de Si admiráveis resplendores. Atemorizada a mulher, à vista daquele portento, não sabia o que fazer; se devia divulgar o prodígio ou consumar sua sacrílega iniqüidade.
“Disse-lhe então o mouro que tomasse o cofrezinho com o Menino, e queimasse tudo ocultamente em sua casa. Procedeu assim a atrevida mulher; mas logo observou que abrasado já e reduzido a cinzas o cofrezinho, ficava o Menino totalmente ileso, lançando de seu corpinho raios de luz maravilhosa.
“Confusa e fora de si a mulher com essa nova maravilha, retomou à casa do criminoso conselheiro, para dizer-lhe o que tinha passado. Tremeu então o mouro, ouvindo as palavras da mulher, encheram-se os dois de confusão e espanto, temendo alguma terrível vingança do Céu se não se rendessem diante daquele prodígio e não fizessem penitência de seu pecado.
Determinaram, pois, irem ambos à Sé, ela para se confessar e ele para dar notícia do sucesso ao Vigário geral, como de fato fez, pedindo-lhe, ademais, com muitas lágrimas a graça do santo Batismo. “O senhor arcebispo D. Alonso, recebendo logo notícia do ocorrido, determinou que se averiguasse muito bem o caso e que fossem consultadas pessoas graves e doutas sobre como proceder; e todos os consultores, convencidos da veracidade daquele extraordinário prodígio, concordaram em que se devia restituir processionalmente o Menino Jesus sacramentado, desde a casa da mulher até o santo templo.
“Ordenou-se, pois, naquele mesmo dia, que era sábado, uma procissão geral, a que assistiram os cônegos da igreja do Salvador e os da igreja do Pilar, o Clero secular e regular, os magistrados da cidade, a nobreza e o povo. Fechava a magnífica procissão o senhor arcebispo, que debaixo do pálio caminhava levando em suas mãos, com grande reverência, o divino Infante reclinado numa patena de ouro.
“Todos os olhos cheios de lágrimas se punham no maravilhoso Menino, que na sua passagem arrebatava o coração de todos. Chegada, por fim, a procissão à Sé, foi depositado o santo Menino sobre o altar de São Valero, para satisfazer aos desejos da multidão ansiosa de vê-Lo e terminou-se esta solene trasladação com uma piedosa prédica que pronunciou o senhor arcebispo, muito comovido por tão grande maravilha.
“Deixou-Se exposto o Deus Menino sobre o altar todo o resto daquele dia e toda a noite, para que o católico povo de Zaragoza O olhasse e venerasse à vontade. Na manhã do dia seguinte, que era domingo, celebrou o prelado naquele mesmo altar a Missa do Santíssimo Sacramento. Então aconteceu outro caso maravilhoso, e foi que ao chegar o arcebispo celebrante à cerimônia do Ofertório, desapareceu o admirável Menino da patena em que estava, deixando em seu lugar a sagrada Hóstia, que foi consumida pelo senhor arcebispo na Comunhão.
“Cresceu desde aquele dia em todo o povo de Zaragoza a fé no sacrossanto Mistério de nossos altares.
“No arquivo do Cabido Metropolitano se conserva o relato do milagre, atestado por inúmeras testemunhas, e a arte com seus primores o perpetuou nas grandes telas que adornam a capela de San Dominguito deI Val”.
(Pe. Fr. Roque Faci, Aragón, Reino de Cristo y dote de María Santíssima – Pe. Fr. Jaime Barón, Luz de Ia Fe y de Ia Ley, Iiv. 3, cap. 45)/AASCJ
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