
9 de Julho é o primeiro dia da vida do Sudão do Sul, o mais novo país do mundo. Nós, na Fundação AIS, temos vindo a acompanhar a história deste povo mártir que já passou por uma das mais longas guerras civis de que há memória.
Foram 22 anos de combates que podem ser recordados como uma tragédia imensa que deixou um brutal rasto de sangue: mais de dois milhões de mortos e uma viva cicatriz que perdura na memória dos mais de seis milhões de refugiados, de homens, mulheres e crianças que tiveram de fugir das suas casas, da sua terra, para escaparem aos tiros, à vingança, à morte anunciada.
Depois de uma votação massiva em Janeiro, a favor da separação, o dia 9 de Julho será um dia histórico. A região autónoma do Sul do Sudão, maioritariamente cristã, formará um país independente do Governo do Norte, de maioria islâmica e Árabe.
Mas as notícias que nos chegam de África não são animadoras. Os piores receios continuam a confirmar-se. Apesar de tudo, do esforço da comunidade internacional, a região sul do Sudão está a enfrentar o seu ano mais violento desde o final da guerra civil em 2005, e continua a haver milhares de pessoas em fuga a combates que teimam em não cessar, como tem sido agora na região de Abyei.
Nunca, como agora, as nossas orações são necessárias. A Igreja do Sudão lançou uma campanha em que se apela precisamente à oração de todos os crentes, para que a guerra, o sangue e a violência não se sobreponham à paz e à reconciliação no país. E nós temos o dever de nos juntarmos neste apelo.
O Bispo Auxiliar de Cartum, D. Daniel Adwok, numa entrevista à Fundação AIS referiu que “a mensagem que emerge desta iniciativa é a oração de reconciliação e perdão. Nós vemos este processo como uma jornada pacífica como um momento bem especial para a oração, colocar Deus em primeiro lugar em nossas vidas para o bem do país”.
Departamento de Informação da Fundação AIS
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