
No espaço de dois meses, as autoridades confiscaram duas igrejas, uma na aldeia de Kengweng, no passado dia 22 de Fevereiro, e outra em Nadaeng, ambas na província de Savannakhet. Segundo a ONG Human Rights Watch for Lao Religion Freedom, citada pela agência Fides, o arresto dos edifícios ocorreu após a realização de um “seminário de formação conduzido pelos próprios funcionários do partido comunista, intitulado ‘os truques do inimigo’”, com o objectivo de “desvendar as manobras dos cristãos”. A ONG alerta que, após o sequestro das igrejas de Kengweng e Nadaeng “outros vinte e dois edifícios cristãos” correm também o risco de serem retirados à comunidade. Estes actos acontecem à revelia da própria Constituição do país que prevê a liberdade religiosa. No entanto, apesar de o Laos ter assinado e ratificado a Convenção internacional sobre direitos civis e políticos, as autoridades recusam-se a reconhecer a existência de cristãos e de igrejas nesta província. A comunidade cristã vê-se agora forçada a ter de fazer um pedido formal às autoridades para voltar a frequentar os seus locais de culto.
Actualmente existem cerca de trinta igrejas na província de Savannakhet, mas apenas sete são reconhecidas pelas autoridades. As outras são consideradas ilegais. A situação dos cristãos no Laos é preocupante, havendo várias notícias que apontam para uma hostilização crescente por parte das autoridades. Recorde-se que, no Natal do ano passado, sete líderes cristãos foram presos e mantidos em cativeiro durante cerca de um mês, havendo relatos de que terão sido alvo de torturas.
Departamento de Informação da Fundação AIS
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