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SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS, EU VOS AMO!

Oração ao Sagrado Coração de Jesus

Jesus, Senhor do perdão, fonte de paz e de graça para os nossos corações. Conforto dos pecadores, alento de quem Vos reza, força de quem Vos procura, porque em Vós quer encontrar-se. Nossas lágrimas são preces, nossas lágrimas são gritos, dizei, Senhor, à nossa alma: Sou a tua salvação. Quando a noite nos envolve, ficai connosco, Senhor, enchei de luz o silêncio das nossas horas de sombra. Jesus, bondade inefável, nunca nos falte na vida, Senhor, a Vossa clemência e caridade infinita. Jesus, nascido da Virgem, nós Vos louvamos, cantando, e sempre Vos louvaremos na glória do vosso reino. Concedei, Deus todo-poderoso, que, ao celebrar a solenidade do Coração do Vosso Amado Filho, recordemos com alegria as maravilhas do Vosso amor e mereçamos receber desta fonte divina a abundância dos Vossos dons. Por Nosso Senhor.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Santo Antonio faz uma mula curvar-se perante um ostensório com a sagrada Hóstia



Ano 1225 – Toulouse (França)

Em 1225 chegou Santo Antônio de Lisboa[1] à cidade de Toulouse, onde devia ensinar Teologia e dedicar-se também à pregação do Evangelho; ali se encontrava o principal foco da heresia albigense. Raimundo VII, conde de Toulouse, seguia as pegadas de seu pai, e embriagado por seu triunfo contra o filho de Simão de Montfort, se manifestava mais rebelde do que nunca à Igreja, e protetor declarado dos hereges.

Santo Antônio utilizou todos os recursos de que dispunha para granjear o apreço dos sectários, e teve a felicidade de converter grande número deles com seu exemplo, seus sermões e seus milagres.

A história nos conservou a recordação de um dos muitos prodígios obrados pelo Santo na região de Toulouse. Eis aqui o acontecimento maravilhoso:

Um dia Santo Antônio teve uma longa discussão sobre o Santíssimo Sacramento com um astuto, influente e obstinado albigense. Apertado este pela argumentação sólida e clara, pareceu comover-se e, como a ponto de render tributo à verdade, assim falou:

– Deixemos de discursos e vamos aos fatos; se podes provar por um milagre visível, que o Corpo de Jesus Cristo está realmente na Eucaristia, eu te juro afastar-me, no mesmo momento, das minhas idéias e me submeter à tua fé.

O momento era crítico e solene para Santo Antônio, o qual, inspirado pelo Senhor, não vacilou e respondeu com inteira confiança que daria a prova que lhe era exigida. Então, o albigense acrescentou:

– Eu possuo uma mula e a deixarei presa e sem alimento durante três dias; depois disso a conduzirei a um local público e lhe darei de comer; tu chegarás com a tua Hóstia consagrada, e se a mula, apesar de sua fome devoradora, deixar o feno e se inclinar diante desse Deus ao qual, segundo tu dizes, todas as criaturas adoram, não farei nenhuma resistência e me submeterei humildemente à Igreja Católica.

Acedeu Santo Antônio a essa proposição e se retirou para orar, pedindo ao Senhor Se servisse manifestar seu poder para salvar tantos infelizes que gemiam sob o peso das cadeias do demônio.

Compareceu o herege, acompanhado por grande número de sectários, no local e na hora que haviam combinado, conduzindo sua mula e o alimento que ela mais apreciava. Santo Antônio acabava de celebrar o santo sacrifício da Missa numa capela vizinha, e em seguida saiu rodeado de uma multidão de fiéis. Levava nas mãos o ostensório no qual se via a sagrada Hóstia. Adiantou-se majestosamente, recitando hinos e outras orações até chegar à praça pública.

Aproximou-se então da mula e lhe disse em voz alta:


– Eu nome de teu Criador, que eu, embora indigno, tenho em minhas mãos, e em virtude de sua Onipotência, ordeno-te que adores a este Deus feito Homem, a fim de que a maldade herética seja confundida e todos se vejam obrigados a reconhecer a divindade d’Aquele que, à voz do sacerdote, Se sacrifica a cada dia no altar.

Naquele mesmo momento ofereceram de comer à mula, mas – oh prodígio! – o animal não fez caso do feno que lhe apresentaram e, obedecendo à voz de Santo Antônio, prostrou-se, inclinando a cabeça até tocar a terra, e assim se manteve imóvel, naquela atitude respeitosa, diante da sacrossanta Eucaristia.

Ao ver essa maravilha, os católicos deram brados de júbilo, e os hereges ficaram confundidos. O herege que tinha solicitado o milagre se lançou aos pés de Santo Antônio, adorando em alta voz o Santíssimo Sacramento e declarando-se católico.

O novo convertido fez retornar à verdadeira Fé toda a sua família e construiu uma magnífica igreja em honra de São Pedro; nela seus descendentes edificaram uma preciosa capela, sobre cuja fachada fizeram gravar uma inscrição destinada a perpetuar a recordação de tão grande milagre.

Santo Antônio morreu no ano de 1231, e a Igreja honra sua memória no dia 13 de junho.

(Abade J. A. Gayard, Vida de Santo Antonio)

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[1] Santo Antônio de Lisboa, Confessor e Doutor da Igreja, é também conhecido como Santo Antônio de Pádua, por ter vivido nessa cidade italiana. É um dos santos mais populares em todo o mundo. Nasceu em Lisboa, e depois de ser algum tempo agostiniano ingressou na Ordem franciscana, da qual foi um dos maiores expoentes. Pregou na Itália e no sul da França, conseguindo muitos milhares de conversões. Combateu arduamente a heresia dos cátaros e patarinos, dominante no seu tempo, pelo que o chamavam de “incansável martelo dos hereges”. Não apenas os combatia no púlpito, pela pregação, mas também por meio de milagres maravilhosos. Sabia de cor quase todas as Escrituras e tinha um dom especial para explicar e aplicar as mais difíceis passagens. Faleceu em 1231, com apenas 36 anos de idade. Sua língua, que tanto pregara a palavra divina, foi preservada da corrupção e até hoje é venerada num relicário, em Pádua. Foi cognominado o Doutor Evangélico
Fonte: AASCJ

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