Oração ao Sagrado Coração de Jesus
Jesus, Senhor do perdão,
fonte de paz e de graça
para os nossos corações.
Conforto dos pecadores,
alento de quem Vos reza,
força de quem Vos procura,
porque em Vós quer encontrar-se.
Nossas lágrimas são preces,
nossas lágrimas são gritos,
dizei, Senhor, à nossa alma:
Sou a tua salvação.
Quando a noite nos envolve,
ficai connosco, Senhor,
enchei de luz o silêncio
das nossas horas de sombra.
Jesus, bondade inefável,
nunca nos falte na vida,
Senhor, a Vossa clemência
e caridade infinita.
Jesus, nascido da Virgem,
nós Vos louvamos, cantando,
e sempre Vos louvaremos
na glória do vosso reino.
Concedei, Deus todo-poderoso, que, ao celebrar a solenidade do Coração do Vosso Amado Filho, recordemos com alegria as maravilhas do Vosso amor e mereçamos receber desta fonte divina a abundância dos Vossos dons. Por Nosso Senhor.
quinta-feira, 7 de abril de 2011
Evangelho segundo S. João 5,31-47.
Comentário ao Evangelho do dia feito por :
São Tiago de Sarug (c. 449-521), monge e bispo sírio
Homilia sobre o véu de Moisés, 12-13 (a partir da trad. Coll. Peres dans la foi, nº66, Migne 1997, p. 225 rev.)
«Se acreditásseis em Moisés, talvez acreditásseis em Mim, porque ele escreveu a Meu respeito»
Moisés enunciou os mistérios, mas sem os explicar. Com efeito, ele tinha dificuldade em falar e não conseguia exprimir-se claramente (Ex 4, 10). Esta dificuldade em falar foi-lhe conservada como desígnio, para que todos os seus discursos permanecessem inexplicados. Quando Nosso Senhor veio, soltou a língua de Moisés, e hoje todas as suas palavras se tornaram distintas, porque a sua língua não gagueja mais e os seus discursos são transparentes como o dia.
Até Nosso Senhor, a palavra estava entorpecida e permanecia sem explicação, e tudo o que tinha sido dito a Seu respeito permanecia obscuro. O mistério permaneceu escondido por trás da gaguez e por trás do véu (Ex 34, 33; 2Cor 3, 14), enquanto não chegou a hora da sua proclamação ao dia claro.
Moisés pedira para ver o Pai (Ex 33, 18); com efeito, ele pressentia que o Filho viria mostrar-Se a este mundo. Foi então que o Pai lhe mostrou o reverso da Sua face; com isso, quis-lhe ensinar que o Seu Filho se manifestaria sob a aparência humana. O Eterno fez a Seu respeito uma distinção entre a face e o reverso, para que Moisés reconhecesse que a terra contemplaria o Seu Filho sob a forma de um homem. [...] Foi para Ele que Moisés olhou, e foi Dele que veio o brilho com o qual resplandecia a pele do seu rosto (Ex 34, 29). O brilho do Filho repousava sobre toda a profecia [...]; quando Moisés falava, era Ele que falava pela sua boca, porque Ele é a Palavra que inspirava todas as palavras da profecia. Sem Ele, não há para os profetas nem palavra nem revelação possível, porque Ele é a fonte primeira da profecia. [...] Mas quando veio o Crucificado, o Esposo, a profecia revelou o seu rosto e elevou a voz no meio da assembleia. O Filho da Virgem levantou o véu que cobria os Hebreus e tudo se tornou claro, luminoso e fácil de interpretar.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário