Oração ao Sagrado Coração de Jesus
Jesus, Senhor do perdão,
fonte de paz e de graça
para os nossos corações.
Conforto dos pecadores,
alento de quem Vos reza,
força de quem Vos procura,
porque em Vós quer encontrar-se.
Nossas lágrimas são preces,
nossas lágrimas são gritos,
dizei, Senhor, à nossa alma:
Sou a tua salvação.
Quando a noite nos envolve,
ficai connosco, Senhor,
enchei de luz o silêncio
das nossas horas de sombra.
Jesus, bondade inefável,
nunca nos falte na vida,
Senhor, a Vossa clemência
e caridade infinita.
Jesus, nascido da Virgem,
nós Vos louvamos, cantando,
e sempre Vos louvaremos
na glória do vosso reino.
Concedei, Deus todo-poderoso, que, ao celebrar a solenidade do Coração do Vosso Amado Filho, recordemos com alegria as maravilhas do Vosso amor e mereçamos receber desta fonte divina a abundância dos Vossos dons. Por Nosso Senhor.
sábado, 1 de outubro de 2011
Sábado da 26ª semana do Tempo Comum
Comentário ao Evangelho do dia feito por
São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero em Antioquia e posteriormente bispo de Constantinopla; doutor da Igreja
Homilia 1 sobre a 1ª carta aos Tessalonicenses
«Jesus estremeceu de alegria sob a acção do Espírito Santo»
«Vós fizestes-vos imitadores nossos e do Senhor», diz Paulo. Como? «Acolhendo a Palavra em plena tribulação, com a alegria do Espírito Santo» (1Ts 1,6). [...] A prova afecta a parte material do nosso ser; a alegria brilha nas alturas espirituais. Passo a explicar: os acidentes da vida são tristes e penosos, mas os resultados são alegres, assim o querendo o Espírito. É portanto possível que não nos alegremos ao sofrer, se estivermos a sofrer pelos nossos pecados, mas até deixaremos que nos flagelem com alegria, se for por Cristo (cf. Act 5,41).
É a isto que o apóstolo chama a «alegria do Espírito»; respiramo-la naquilo que a natureza rejeita com horror. Suscitaram em vós mil penas, diz ele, fostes perseguidos, mas o Espírito não vos abandonou nessas provas. Tal como os três jovens foram envolvidos por uma suave brisa matinal na fornalha (cf. Dn 3,50), vós também estais a ser provados. Certamente que a brisa matinal não dependia da natureza do fogo e só podia ser causada pelo sopro do Espírito. Também não está na natureza da provação alegrar-vos, e essa alegria só pode vir dum sofrimento suportado por Cristo, da brisa matinal do Espírito, que transforma num local de repouso a fornalha da provação. «Com alegria» diz ele, e não com uma alegria qualquer, mas com uma alegria inesgotável; é isso que é preciso entender, desde que o Espírito seja o seu autor.
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