
A Ascensão tem um valor existencial excepcional, pois atinge a humanidade inteira que de ora em diante viu a natureza humana sentada à direita de Deus Pai, indicando também o lugar certo da nossa morada definitiva, o Céu, onde devem estar os nossos corações, pois ali está a Cabeça do Corpo Místico, Jesus Cristo, o Homem-Deus.
O Salmo Responsorial canta essa entronização e glorificação de Cristo à direita do Pai.
Paulo fala-nos da Igreja como Corpo Místico de Cristo, apresentando a supremacia absoluta de Cristo, tendo em conta a sua Humanidade, uma vez que pela divindade é igual ao Pai. A sua supremacia coloca-O acima de todos os nomes.
No Evangelho, Lucas volta a fazer uma síntese do Evangelho: Jesus cumpre as profecias com a sua Paixão e Ressurreição, com que nos obtém o perdão dos pecados, que tem de ser pregado a todos os povos, a partir de testemunhas credenciadas, e com a força do Espírito Santo.
Voltaram para Jerusalém, com alegria. Lucas vinca bem esta passagem da alegria dos Apóstolos, a voltarem para Jerusalém depois de presenciarem a subia de Jesus ao Céu.
A Ascensão é uma consequência lógica da ressurreição. O vencedor, aquele que está vivo, na sua vida nova, não podia estar destinado a uma vida condicionada pelo tempo e pelo espaço. Os discípulos compreenderam que Ele não permaneceu prisioneiro da morte, mas que a venceu. Demonstrou assim que tudo o que na terra acontece – sucessos, desgraças, sofrimento, morte, tudo aquilo que também fez parte da vida de Jesus – não se afasta do plano de Deus. Se este é o destino dos homens, então não há que ter medo da própria morte, porque Jesus a transformou em nascimento para a vida. Por isso mesmo se alegram os discípulos.
Jesus, glorificado, entrou na plenitude do Pai, como Deus e como homem. Foi exaltado, glorificado na sua humanidade. Razão absoluta para que se alegrem todos os homens, pois a sua natureza humana, em Cristo e com Cristo, está junto do Pai.
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