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SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS, EU VOS AMO!

Oração ao Sagrado Coração de Jesus

Jesus, Senhor do perdão, fonte de paz e de graça para os nossos corações. Conforto dos pecadores, alento de quem Vos reza, força de quem Vos procura, porque em Vós quer encontrar-se. Nossas lágrimas são preces, nossas lágrimas são gritos, dizei, Senhor, à nossa alma: Sou a tua salvação. Quando a noite nos envolve, ficai connosco, Senhor, enchei de luz o silêncio das nossas horas de sombra. Jesus, bondade inefável, nunca nos falte na vida, Senhor, a Vossa clemência e caridade infinita. Jesus, nascido da Virgem, nós Vos louvamos, cantando, e sempre Vos louvaremos na glória do vosso reino. Concedei, Deus todo-poderoso, que, ao celebrar a solenidade do Coração do Vosso Amado Filho, recordemos com alegria as maravilhas do Vosso amor e mereçamos receber desta fonte divina a abundância dos Vossos dons. Por Nosso Senhor.

domingo, 26 de fevereiro de 2012


Que a nossa alma seja um rio de águas calmas caminhando lentamente para o mar da nossa salvação.

Frase do Dia

Lembremo-nos de que o Coração de Jesus chamou-nos não somente à nossa própria santificação, mas também à santificação de outras almas. Ele quer ser auxiliado a salvar almas.

Padre Pio de Pietrelcina

Santo Alexandre


Hoje, lembramos a vida de Santo Alexandre, que governou a Igreja em Alexandria. Alexandre, santo bispo, esteve zelando pelo rebanho do Cristo e, principalmente, cuidando do seu alimento doutrinal que começou a ser ameaçado pelo Arianismo.
Ário era um sacerdote de Alexandria, que começou a espalhar uma mentira, afirmando que somente o Pai poderia ser chamado Deus, enquanto que Cristo é inferior ao Pai, distinto por natureza. Dele seria, portanto, uma criatura, excelente e superior às demais, mas não divina, nem eterna.

Várias correções o bispo Alexandre fez a Ário, mas este, irreversível, não deixou de envenenar os cristãos, mesmo depois de saber da condenação de sua doutrina. Santo Alexandre, um ano antes de sua morte, juntamente com o imperador Constantino e principalmente com o Papa da época, foram os responsáveis pela realização do Concílio Ecuménico em Niceia, na Ásia Menor, que definitivamente condenou a heresia e definiu: "Filho Unigênito do Pai... Consubstancial ao Pai".

Evangelho segundo S. Marcos 1,12-15.


Naquele tempo, o Espírito Santo impeliu Jesus para o deserto.
E ficou no deserto quarenta dias. Era tentado por Satanás, estava entre as feras e os anjos serviam-no.
Depois de João ter sido preso, Jesus foi para aGalileia, e proclamava o Evangelho de Deus, dizendo: «Completou-se otempo e o Reino de Deus está próximo: arrependei-vos e acreditai no Evangelho.»

Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Orígenes (c. 185-253), presbítero e teólogo
Comentário sobre o Cântico dos Cânticos, III, 27-33

«Completou-se o tempo e o Reino de Deus está próximo»

A vida dos mortais está cheia de armadilhas que nos fazem tropeçar, está cheiade redes de enganos [...]. E como o inimigo teceu essas redes por todo o lado,e nelas apanhou quase todos os homens, era necessário que aparecesse Alguém mais forte para as dominar, as romper, e para trilhar o rumo àqueles que O seguissem. Eis porque, antes de vir unir-se à Igreja como Sua esposa, também o Salvador foi tentado pelo diabo. [...] Ensinava desta maneira à Igreja que não seria por ociosidade e prazer, mas através de provações e tentações, que ela haveria de chegar a Cristo.

Mais ninguém poderia, de facto, triunfar daquelas teias. Porque «todos pecaram», como está escrito (Rm 3, 23) [...]; Nosso Senhor e Salvador Jesus foi o único que «não cometeu pecado» (1Pe 2,22). Mas o Pai «O fez pecado por nós» (2Co 5,21). [...] «De facto, Deus fez o que era impossível à Lei, por estar sujeita à fraqueza da carne: ao enviar o Seu próprio Filho, em carne idêntica à do pecado e como sacrifício de expiação pelo pecado, condenou o pecado na carne» (Rm 8,3). Jesus entrou portanto naquelas teias, mas foi o único a não ficar nelas enleado. Mais ainda, tendo-as rompido e rasgado, deu confiança à Igreja, de tal forma que ela ousou, a partir de então, calcar aos pés as armadilhas, libertar-se das teias, e dizer cheia de alegria: «A nossa vida escapou como um pássaro do laço de caçadores; rompeu-se o laço e nós libertámo-nos» (Sl 123,7).

Também Ele sucumbiu à morte, mas voluntariamente e não, como nós, pela sujeição do pecado. Porque Ele foi o único a ter sido libertado de «entre os mortos» (Sl 87,6, LXX). E porque estava livre entre os mortos, venceu «aqueleque tinha o poder da morte, isto é, o diabo» (Heb 2,14) e levou-lhe os«cativos em cativeiro» (Ef 4,8) que estavam prisioneiros na morte. Não só Ele próprio ressuscitou dos mortos, como, simultaneamente, «nos ressuscitou e nos sentou no alto do Céu, em Cristo» (Ef 2,5ss); «ao subir às alturas, levou cativos em cativeiro» (Ef 4,8).

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Frase do Dia

Uma garrafa de vinho meio vazia também está meio cheia, mas uma meia mentira nunca será uma meia verdade.

Jean Cocteau, 1889-1963

Evangelho segundo S. Mateus 6,1-6.16-18.


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Guardai-vos de fazer as vossas boas obras diante dos homens, para vos tornardes notados por eles; de outro modo, não tereis nenhuma recompensa do vosso Pai que está no Céu.
Quando, pois, deres esmola, não permitas que toquem trombeta diante de ti,como fazem os hipócritas, nas sinagogas e nas ruas, a fim de serem louvados pelos homens. Em verdade vos digo: Já receberam a sua recompensa.
Quando deres esmola, que a tua mão esquerda não saiba o que faz a tua direita,
a fim de que a tua esmola permaneça em segredo; e teu Pai, que vê o oculto, há-de premiar-te.»
«Quando orardes, não sejais como os hipócritas, que gostam de rezar de pé nas sinagogas e nos cantos das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa.
Tu,porém, quando orares, entra no quarto mais secreto e, fechada a porta, reza em segredo a teu Pai, pois Ele, que vê o oculto, há-de recompensar-te.
«E,quando jejuardes, não mostreis um ar sombrio, como os hipócritas, que desfiguram o rosto para que os outros vejam que eles jejuam. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa.
Tu, porém, quando jejuares, perfumaa cabeça e lava o rosto,
para que o teu jejum não seja conhecido dos homens, mas apenas do teu Pai que está presente no oculto; e o teu Pai, que vê no oculto, há-de recompensar-te.»

Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário ao Evangelho do dia feito por :

São Gregório Magno (c. 540-604), papa e doutor da Igreja
Homilias sobre os evangelhos, nº 16, 5

Quarenta dias para crescer no amor de Deus e dopróximo

Iniciamos hoje os santos quarenta dias da quaresma, e convém-nos examinar atentamente por que razão esta abstinência é observada durante quarenta dias.Moisés, para receber a Lei pela segunda vez, jejuou quarenta dias (Gn 34,28).Elias, no deserto, absteve-se de comer durante quarenta dias (1Rs 19,8). O Criador dos homens, ao vir para o meio dos homens, não tomou qualquer alimento durante quarenta dias (Mt 4,2). Esforcemo-nos também nós, tanto quanto nos for possível, por refrear o nosso corpo pela abstinência neste tempo anual dos santos quarenta dias [...], a fim de nos tornarmos, segundo a palavra de Paulo, «uma hóstia viva» (Rom 12,1). O homem é, ao mesmo tempo, uma oferenda viva e imolada (cf Ap 5,6) quando, sem deixar esta vida, faz morrer nele os desejos deste mundo.

Foi a satisfação da carne que nos levou ao pecado (Gn 3,6); que a carne mortificada nos leve ao perdão. O autor da nossa morte, Adão, transgrediu os preceitos de vida comendo o fruto proibido da árvore. É por conseguinte necessário que nós, que fomos privados das alegrias do Paraíso pelo alimento,nos esforcemos por reconquistá-las pela abstinência.

Mas ninguém suponha que esta abstinência é suficiente. O Senhor disse pela boca do profeta: «O jejum que Eu aprecio é este, [...] repartir o teu pão com o esfomeado, dar abrigo aos infelizes sem asilo, vestir o nu, e não desprezar o teu irmão» (Is 58,6-7). Eis o jejum que Deus aprova [...]: um jejum realizado no amor ao próximo e impregnado de bondade. Prodigaliza pois aos outros daquilo que retiras a ti próprio; assim, a tua penitência corporal permitir-te-á cuidar do bem-estar físico do teu próximo em necessidade.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Frase do Dia

Se queres evitar ser criticado, não digas nada, não faças nada, não sejas nada

E. Hubbard

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Frase do Dia

Bons conselhos é o que toda a gente procura dar aos outros, mas raramente os segue.

Harry Ruby

São Metódio, monge, co-patrono da Europa


Metódio e Cirilo nasceram na Macedônia e foram irmãos unidos pelo sangue, pela fé, pela vocação apostólica e até pela morte. Metódio nasceu em 815. Ainda jovem, foi nomeado governador da província da Macedónia Inferior, onde estavam estabelecidos os eslavos. Com trinta e oito anos, Metódio abandonou a carreira política e tornou-se monge, sendo seguido pelo irmão poucos anos depois. A missão apostólica dos dois irmãos começou em 861, quando foram enviados numa missão de conversão dos povos eslavos, de quem ambos tinham aprendido a língua e os costumes. Sua evangelização gerou muitos frutos porque ensinaram o povo a rezar, cantar e ler tudo em sua própria língua. Foi justamente isso que gerou revolta contra os evangelizadores. Muitos religiosos se opuserm ao trabalho de Metódio e Cirilo. Os dois foram então chamados a Roma, onde conseguiram o apoio papal. Metódio voltou para a missão, mas, numa segunda viagem a Roma, em 885, quando teve que defender pessoalmente outra vez o seu trabalho de "adaptação da Fé à cultura local", acabou por morrer.

Ambos foram proclamados patronos da Europa, ao lado de São Bento, pelo Papa João Paulo II.

Evangelho segundo S. Lucas 10,1-9.


Naquele tempo, o Senhor designou outros setenta e dois discípulos e enviou-os dois a dois, à sua frente, a todas as cidades e lugares aonde Ele havia de ir.
Disse-lhes: «A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai,portanto, ao dono da messe que mande trabalhadores para a sua messe.
Ide! Envio-vos como cordeiros para o meio de lobos.
Não leveis bolsa,nem alforge, nem sandálias; e não vos detenhais a saudar ninguém pelo caminho.
Em qualquer casa em que entrardes, dizei primeiro: 'A paz esteja nesta casa!'
E, se lá houver um homem de paz, sobre ele repousará a vossa paz;se não, voltará para vós.
Ficai nessa casa, comendo e bebendo do que lá houver, pois o trabalhador merece o seu salário. Não andeis de casa em casa.
Em qualquer cidade em que entrardes e vos receberem, comei do que vos for servido,
curai os doentes que nela houver e dizei-lhes: 'O Reino de Deus já está próximo de vós.'

Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Beato João Paulo II
Discurso no VI Simpósio Episcopais da Europa (11/10/85)

O Oriente e o Ocidente, os dois pulmões do corpo da Igreja

Desde o início da era apostólica, que semeou o Evangelho nesta terra da Europa e a irrigou com o sangue dos mártires, desenvolveu-se esse processo plurissecular, contínuo e fecundo, que impregnou a Europa da seiva cristã. Os santos patronos da Europa, São Bento e os santos Cirilo e Metódio, são, de modo particular, testemunhas deste processo. O carisma próprio da sua obra evangelizadora consiste no facto de terem depositado germens que fizeram nascer as formas e os estilos de incarnação do Evangelho no tecido cultural e social e no espírito dos povos europeus que estavam em vias de se formar.[...] Estes santos patronos [...] continuam também a ser um modelo e uma inspiração actuais para nós, porque a obra de evangelização, na situação especial em que a Europa se encontra, é chamada a propor uma nova síntese criadora entre o Evangelho e a vida.

É preciso estar consciente da importância de enxertar a evangelização renovada nestas raízes comuns da Europa. [...] Estas raízes cristãs são particularmentericas e inspiradoras porque se apoiam na mesma fé, se referem à mesma Igreja indivisa. [...] Por outro lado, devemos também considerar que essas raízescomuns são duplas. Porque tomaram a forma de duas correntes de tradições cristãs teológicas, litúrgicas, ascéticas, e de dois modelos de cultura,diversos, não opostos mas, pelo contrário, complementares e que se enriquecem mutuamente. Bento impregnou a tradição cristã e cultural do Ocidente do espírito de latinidade, mais lógico e racional; Cirilo e Metódio são os representantes da antiga cultura grega, mais intuitiva e mística, e são venerados como os pais da tradição dos povos eslavos.

Compete-nos recolher a herança deste pensamento, rico e complementar, e encontrar os meios e os métodos apropriados à sua actualização e uma comunicação espiritual mais intensa entre o Oriente e o Ocidente.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Evangelho segundo S. Marcos 8,11-13.


Naquele tempo, apareceram os fariseus e começaram a discutir com Ele,pedindo-lhe um sinal do céu para o pôr à prova.
Jesus, suspirando profundamente, disse: «Porque pede esta geração um sinal? Em verdade vos digo:sinal algum será concedido a esta geração.»
E, deixando-os, embarcou de novo e foi para a outra margem.

Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

sábado, 11 de fevereiro de 2012

O IDEAL


Deus não aceita negociações. Prefere almas que se lancem cegamente à conquista, à vivência dum ideal; não almas tortuosas, mas almas rectilíneas.
Modelo de almas com um ideal, como de tudo o que é perfeito, Jesus.
E o ideal que lhe ilumina toda a vida é este:
- Vim à terra para fazer a vontade d'Aquele que me enviou.
À luz deste princípio se desenrola toda a sua vida na terra. Tem de passar por cima de sentimentos de carinho, de perigo, de tentações acomodatícias? Não importa. Nada, nem sequer a morte, o afasta do seu caminho rectilíneo.
Tem apenas doze anos. Segundo o preceituado pela Lei, sobe com os pais ao templo de Jerusalém para orar. E fica no Templo. Quando, de regresso, os santos Esposos José e Maria dão pela sua falta, ficam aflitos por terem perdido o ser a quem mais queriam: Jesus.
Encontram-no por fim no templo de Jerusalém.
E logicamente surge uma censura maternal: -Meu filho, porque procedeste assim para connosco? Teu pai e eu andávamos aflitos à procura de Ti...
- E porque é que andáveis à procura de Mim?
- respondeu Ele. - Não sabíeis que devo ocupar-me nas coisas de meu Pai?
No alto do monte da quarentena o demónio provoca-o descaradamente com toda a espécie de tentações fascinantes; tentações de alma e de corpo, tentações de orgulho e de auto-suficiência tentações de comodidade para que Ele atraiçoe a vocação. Mas Ele rejeita tudo com energia para não abandonar o seu ideal.
Expulsa do templo, à chicotada, os vendilhões, sabendo que vai indispor contra si os sacerdotes, os ricos, os negociantes. Não importa. «Devora-me o zelo da tua casa». Está todo entregue ao seu ideal.
Sabe muito bem que aquele atrevimento lhe pode custar a vida. Mas quer cumprir a vontade do Pai, não pode contemporizar. Tem de obedecer simplesmente a Deus. Quem cumpre a vontade de Deus procede sempre rectamente.
Exalta encomiasticamente a figura de João Baptista por ele ser um homem de ideal, e não uma cana movediça, agitada pelo vento de qualquer circunstância.
Está a pregar. As multidões idolatram-no e seguem-no por toda a parte. Serve de púlpito nesse momento qualquer banco da casa. Lá dentro não cabia mais ninguém, e os de fora debalde se esforçavam por entrar.
Alguém lhe chama a atenção:
- Estão lá fora tua Mãe e teus irmãos...
- Minha mãe e meus irmãos são todos os que cumprem a vontade de Deus - foi a resposta seca e incisiva.
Quando os discípulos chegaram junto ao poço de Jacob, vindos da povoação vizinha onde tinham ido fazer compras, convidaram Jesus a comer. E Ele respondeu:
- A minha comida é outra: é fazer a vontade d' Aquele que me enviou.
Pedro ama o Senhor entranhadamente. Ouvira-Lhe dizer, havia pouco, que teria de subir a Jerusalém, e sofrer muito, e morrer numa cruz. O discípulo fica preocupado, a pensar nos planos do Senhor, e resolve intervir. E mal o Mestre fica sozinho, Pedro aproxima-se d'Ele e trata de convencê-lo:
- Permita Deus que isso não aconteça. Não deves subir a Jerusalém! Seria uma loucura... precisamente agora, que andam a tentar matar-te!
Mas o Senhor replica:
- Retira-te de mim, Satanás! És para mim um escândalo, porque não entendes as coisas de Deus, mas só as dos homens.
E era Pedro quem assim o aconselhava, o discípulo de confiança, e na melhor das intenções. Mas o caso é que aquelas sugestões opunham-se directamente à decisão de Jesus de realizar o seu ideal.
No alto da Cruz ouve gritos insultantes: “desce da cruz, e acreditaremos em ti». Pois prefere morrer de dor a deixar-se levar por facilidades.
Mas por fim pode expirar fitando o céu com a consciência tranquila e dizendo ao Pai: «Está tudo consumado; cumpri a tua vontade».
A vida não vale a pena ser vivida se não é por um grande ideal. «Quem o possui terá os dias iluminados por um foco potentíssimo que inunda de luz até o mais recôndito da alma», escreveu o autor de Almas a arder. As nossas vidas, como as nossas acções, valorizam-se pelo fim que as motiva e informa. Vida que se não viva por um grande ideal, não passa duma vida aburguesada; nunca irá além do caminho recalcado do ordinário."
Só as almas apaixonadas por um ideal deixam rastos; as outras escrevem na água.
E não há ideal mais completo nem mais fecundo que o Ideal de Deus, o seu Amor, feito vida em nós.
Para viver este ideal divino importa libertarmo-nos de tudo e de todos. Viver independentemente das circunstâncias, das coisas e das pessoas. A alma vulgar deixa-se levar pelas circunstâncias, prósperas ou adversas. A alma sobrenatural vive unida só a Deus, absolutamente independente de tudo quanto a rodeia. Só Deus e a sua santíssima vontade.
As almas de meias-tintas não agradam a Deus, nem aos homens, nem ao diabo.
«Tanto mais fecundo será um ideal, quanto mais enraizado estiver na alma; o ideal viverá connosco na medida em que nos entreguemos a ele até à morte.
O teu ideal por cima de tudo e de todos, porque «o ideal vale mais do que a vida”. Qualquer alma tem um ideal a cumprir, uma vocação, um destino a preencher. O ideal do cristão é o próprio Deus, conhecido, amado e imitado. Ideal sublime, difícil, mas não impossível, porque quando «o coração se empenha num grande ideal, não há empresa impossível ao homem».
Se queremos realizar o ideal que Deus outorgou a cada um de nós, é necessário pôr de parte os temores e as prudências humanas.
«Não se deve pensar se se alcançará ou não o objectivo, se se virá a conseguir alguma coisa, se não estaremos a fazer de parvos...Sem ligar a mínima importância às opiniões dos homens, pondo de parte qualquer hesitação, há que obedecer única e simplesmente a Deus. Quem cumpre a vontade de Deus, age sempre rectamente, sejam quais forem as consequências, porque o responsável de tudo é Deus, e só Ele», escreve Hans Wirtz.
Meu Deus! Estou sempre a sonhar em santidade, em amor para contigo... e qualquer coisita me detém.
Não sei saltar por cima do frio, da sede, do calor, do amor-próprio, de legítimas afeições. Deixo-me levar pelas mil circunstâncias de cada dia. Se tudo me corre bem, dou-me a Ti; se não me corre tão bem, apenas me dou a meias.
E só as almas de ideal é que conseguem voar; as outras rastejam.
Jesus, possa eu, ao expirar, exclamar como Tu: «Cumpri tudo quanto me mandaste, porque fiz do teu ideal a vida da minha vida.»

Fonte: Jam
Anime


sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Evangelho segundo S. Marcos 7,31-37.


Naquele tempo, Jesus deixou de novo a região de Tiro, veio por Sídon para o mar da Galileia, atravessando o território da Decápole.
Trouxeram-lhe um surdo tartamudo e rogaram-lhe que impusesse as mãos sobre ele.
Afastando-se com ele da multidão, Jesus meteu-lhe os dedos nos ouvidos e fez saliva com que lhe tocou a língua.
Erguendo depois os olhos ao céu,suspirou dizendo: «Effathá», que quer dizer «abre-te.»
Logo os ouvidos se lhe abriram, soltou-se a prisão da língua e falava correctamente.
Jesus mandou-lhes que a ninguém revelassem o sucedido; mas quanto mais lho recomendava, mais eles o apregoavam.
No auge do assombro, diziam: «Faz tudo bem feito: faz ouvir os surdos e falar os mudos.»

Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org.


Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Odes de Salomão (texto cristão hebraico do início do séc. II), n.º 12

«Soltou-se a prisão da língua e falava correctamente»

De palavras de verdade me cumulou o Senhor,
Para que pudesse anunciá-la,
E da minha boca a verdade
Flui como um rio.
Os meus lábios mostram os seus frutos:
O Senhor fez-me transbordar de conhecimento.

Porque a boca do Senhor
Pronuncia o Verbo verdadeiro,
Ela é a porta da Sua luz.
O Altíssimo enviou ao mundo a Sua Palavra
E os que cantam a Sua beleza;
Os arautos da Sua majestade
E os mensageiros dos Seus desígnios;
Os evangelistas da Sua mente
E os apóstolos das Suas obras.

A subtileza do Verbo
Desafia qualquer descrição. [...]
O Seu curso não tem fim,
Mantém-Se sempre de pé e nunca cai por terra;
Ninguém Lhe conhece a descida nem o caminho. [...]
Ele é a luz e a aurora do pensamento,
E n'Ele começa o mundo a exprimir-se.
Todos os que se calavam encontraram n'Ele a Palavra
Porque d'Ele provêm o amor e a razão de ser.


Inspirados pelo Verbo,
Todos os seres criados podem dizer quem são.
Todos reconheceram o Criador
E n'Ele encontraram a sua harmonia,
Porque lhes falou a boca do Altíssimo.


Assim permanece o Verbo no homem,
A Sua verdade é o amor.
Feliz daquele a quem permite
Transpor todos os mistérios
E conhecer o Senhor na Sua verdade. Aleluia!

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Frase do Dia

"Conheço as tuas obras: não és nem frio nem quente. Oxalá fosses frio ou quente! Mas, como és morno, nem frio nem quente, vou vomitar-te".

Apocalipse 3,15-16