Oração ao Sagrado Coração de Jesus
Jesus, Senhor do perdão,
fonte de paz e de graça
para os nossos corações.
Conforto dos pecadores,
alento de quem Vos reza,
força de quem Vos procura,
porque em Vós quer encontrar-se.
Nossas lágrimas são preces,
nossas lágrimas são gritos,
dizei, Senhor, à nossa alma:
Sou a tua salvação.
Quando a noite nos envolve,
ficai connosco, Senhor,
enchei de luz o silêncio
das nossas horas de sombra.
Jesus, bondade inefável,
nunca nos falte na vida,
Senhor, a Vossa clemência
e caridade infinita.
Jesus, nascido da Virgem,
nós Vos louvamos, cantando,
e sempre Vos louvaremos
na glória do vosso reino.
Concedei, Deus todo-poderoso, que, ao celebrar a solenidade do Coração do Vosso Amado Filho, recordemos com alegria as maravilhas do Vosso amor e mereçamos receber desta fonte divina a abundância dos Vossos dons. Por Nosso Senhor.
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
São João Esmoler
Nasceu em Amathus (Antigo Limasol), em Chipre em 550 DC.
João, filho de um nobre de nome Epiphanius, governador de Chipre, casou-se ainda muito novo, mas quando sua esposa e seus dois filhos morreram (provavelmente da peste ou talvez varíola) ele entrou para a vida religiosa, deu seus bens para os pobres e ficou famoso pela sua santidade e caridade. Quando João tinha 50 anos e era ainda um leigo, foi escolhido para Patriarca de Alexandria pelo seu irmão adotivo Nicetas, que havia ajudado o Imperador Heraclius a subir ao poder. A Igreja havia sido muito reduzida pela heresia monofisita e João empenhou-e em recomendar a ortodoxia, dando exemplos de vida virtuosa e santa. Logo que assumiu o cargo, o Patriarca João ordenou que se fizesse uma lista dos pobres. A lista tinha 7500 nomes dos pobres da Diocese os quais ele alimentava todos os dias. Uma das primeiras ações de seu episcopado foi a distribuição de 80.000 peças de ouro para hospitais e mosteiros. Quando alguns protestaram, ele respondeu que havia tido uma visão. Contou que uma linda mulher lhe apareceu representando a Caridade e lhe disse : "Eu sou a filha mais velha do Senhor Rei. Se você for meu amigo eu o levarei a Ele". Assim ele seguiu sistematicamente a política de "Esmoler" (aquele que dá esmolas) até à sua morte em 11 de novembro de 619.
Diz a tradição que as suas ações influenciavam outros a seguirem os seus exemplos. Era inspirado pelo pensamento de que, ajudando aos pobres, estava dizendo obrigado a Jesus, que se havia sacrificado para nos salvar. Quando alguém em particular lhe tentava agradecer, João abrutamente dizia: "Irmão, eu não derramei meu sangue por você. Foi Jesus Cristo meu Senhor e meu Deus e é Ele quem me comanda".
Todas as quartas e sextas feiras, sentava-se no banco do lado de fora da igreja, arbitrando disputas, dando conselhos, ouvindo as reclamações dos necessitados e imediatamente procurava corrigir os erros que estavam prejudicando aquelas pessoas. Ninguém era insignificante para não ter a sua atenção. As funções de seu ofício, orações e leituras ocupavam muito do seu tempo, mas ele nunca pronunciou uma palavra de reclamação. Bravo, ele expulsava da sua igreja aqueles que tomavam o que era devido aos pobres e não permitia aos detratores entrarem em sua igreja. Por outro lado sempre desarmava os seus inimigos pela sua humildade e às vezes até se ajoelhava a seus pés pedindo perdão.
João proibiu todos os que trabalhavam para ele de receberem presentes, que considerava uma forma de suborno e acabou com a corrupção em sua diocese.
João, o esmoler, é o padroeiro da Ordem de São João em Jerusalém mais tarde convertida na Ordem dos Cavaleiros de Malta.
As suas relíquias foram levadas para Constantinopla e lá ficaram até que o Imperador as presenteou ao Rei Matthias da Hungria. Elas então foram levadas para Tall (perto de Presbourg/Bratislava –Hungria) e em 1632 foram trasladadas para um lindo santuário na Catedral de Presbourg, onde estão até hoje.
Na arte litúrgica da Igreja, ele é mostrado com uma carteira ou com um rosário em suas mãos. Algumas vezes é mostrado dando esmolas a um aleijado.
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