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SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS, EU VOS AMO!

Oração ao Sagrado Coração de Jesus

Jesus, Senhor do perdão, fonte de paz e de graça para os nossos corações. Conforto dos pecadores, alento de quem Vos reza, força de quem Vos procura, porque em Vós quer encontrar-se. Nossas lágrimas são preces, nossas lágrimas são gritos, dizei, Senhor, à nossa alma: Sou a tua salvação. Quando a noite nos envolve, ficai connosco, Senhor, enchei de luz o silêncio das nossas horas de sombra. Jesus, bondade inefável, nunca nos falte na vida, Senhor, a Vossa clemência e caridade infinita. Jesus, nascido da Virgem, nós Vos louvamos, cantando, e sempre Vos louvaremos na glória do vosso reino. Concedei, Deus todo-poderoso, que, ao celebrar a solenidade do Coração do Vosso Amado Filho, recordemos com alegria as maravilhas do Vosso amor e mereçamos receber desta fonte divina a abundância dos Vossos dons. Por Nosso Senhor.

domingo, 31 de outubro de 2010

recados orkut


Catequese sobre o Sacramento da Confissão


Para viver uma boa confissão

1. O QUE É A CONFISSÃO?
Confissão ou Penitência é o Sacramento instituído por Nosso Senhor Jesus Cristo, para que os cristãos possam ser perdoados dos seus pecados e receberem a graça santificante. Também é chamado de sacramento da Reconciliação.

2. QUEM INSTITUIU O SACRAMENTO DA CONFISSÃO OU PENITÊNCIA?
O sacramento da Penitência foi instituído por Nosso Senhor Jesus Cristo, segundo nos ensina o Evangelho de São João: "Depois Jesus soprou sobre eles dizendo-lhes: Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos" (Jo 20, 22-23).

3. A IGREJA TEM A AUTORIDADE PARA PERDOAR OS PECADOS ATRAVÉS DO SACRAMENTO DA PENITÊNCIA?
Sim, a Igreja tem esta autoridade porque a recebeu de Nosso Senhor Jesus Cristo: "Em verdade vos digo: tudo o que ligardes sobre a terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes sobre a terra será também desligado no céu" (Mt 18,18).

4. POR QUE ME CONFESSAR E PEDIR O PERDÃO A UM HOMEM IGUAL A MIM?
Só Deus perdoa os pecados. O Padre, mesmo sendo um homem sujeito às fraquezas como outros homens, está ali em nome de Deus e da Igreja para absolver os pecados. Ele é o ministro do perdão, isto é, o intermediário ou instrumento do perdão de Deus, como os pais são instrumentos de Deus para transmitir a vida aos seus filhos; e como o médico é um instrumento para restituir a saúde física, etc.

5. OS PADRES E BISPOS TAMBÉM SE CONFESSAM?
Sim, obedientes aos ensinamentos de Cristo e da Igreja, todos os Padres, Bispos e mesmo o Papa se confessam com frequência, conforme o mandamento: "Confessai os vossos pecados uns aos outros" (Tg 5,16 ).

6. O QUE É NECESSÁRIO PARA FAZER UMA BOA CONFISSÃO?
Para se fazer uma boa confissão são necessárias 5 condições:
a) um bom e honesto exame de consciência diante de Deus;
b) arrependimento sincero por ter ofendido a Deus e ao próximo;
c) firme propósito diante de Deus de não pecar mais, mudar de vida, converter-se;
d) confissão objectiva e clara a um sacerdote;
e) cumprir a penitência que o padre nos indicar.

7. COMO DEVE SER A CONFISSÃO?
Dizer o tempo transcorrido desde a última confissão. Acusar os seus pecados com clareza, primeiro os mais graves, depois os mais leves. Falar resumidamente, mas sem omitir o necessário. Devemos confessar os nossos pecados e não os dos outros. Porém, se participamos ou facilitamos de alguma forma o pecado alheio, também cometemos um pecado e devemos confessá-lo (por exemplo, se aconselhamos ou facilitamos alguém a praticar um aborto, somos tão culpados como quem cometeu o aborto).

8. O QUE PENSAR DA CONFISSÃO FEITA SEM ARREPENDIMENTO OU SEM PROPÓSITO DE CONVERSÃO, OU SEJA, SÓ PARA "DESCARREGAR" UM POUCO OS PECADOS?
Além de ser uma confissão totalmente sem valor, é uma grave ofensa à Misericórdia Divina. Quem a pratica comete um pecado grave de sacrilégio.

9. QUE PECADOS SOMOS OBRIGADOS A CONFESSAR?
Somos obrigados a confessar todos os pecados graves (mortais). Mas é aconselhável também confessar os pecados leves (veniais) para exercitar a virtude da humildade.

10. O QUE SÃO PECADOS GRAVES (MORTAIS) E AS SUAS CONSEQUÊNCIAS?
São ofensas graves a Deus ou ao próximo. Eles apagam a caridade no coração do homem e o desviam de Deus. Quem morre em pecado grave (mortal) sem arrependimento, merece a morte eterna, conforme diz a Escritura: "Há pecado que leva à morte" (1Jo 5,16b).

11. O QUE SÃO PECADOS LEVES (ou também chamados de VENIAIS)?
São ofensas leves a Deus e ao próximo. Embora ofendam a Deus, não destroem a amizade entre Ele e o homem. Quem morre em pecado leve não merece a morte eterna. "Toda a iniquidade é pecado, mas há pecado que não leva à morte" (1Jo 5, 17).

12. ALGUNS EXEMPLOS DE PECADOS GRAVES
São pecados graves, por exemplo: O assassinato, o aborto provocado, assistir ou ler material pornográfico, destruir de forma grave e injusta a reputação do próximo, oprimir o pobre, o órfão ou a viúva, fazer mau uso do dinheiro público, o adultério, a fornicação, entre outros.

13. TODO AQUELE QUE MORRE EM PECADO MORTAL ESTÁ CONDENADO?
Merece a condenação eterna. Porém, somente Deus, que é justo e misericordioso e que conhece o coração de cada pessoa, pode julgar.

14. E SE TENHO DÚVIDAS SE COMETI PECADO GRAVE OU NÃO?
Para que haja pecado grave (mortal) é necessário:
a) conhecimento, ou seja, a pessoa deve saber, estar informada que o acto a ser praticado é pecado;
b) consentimento, ou seja, a pessoa tem tempo para reflectir, e escolhe (consente) cometer o pecado;
c) liberdade, isto é, significa que somente comete pecado quem é livre para fazê-lo;
d) matéria, ou seja, significa que o acto a ser praticado é uma ofensa grave aos Mandamentos de Deus e da Igreja.
Estas 4 condições também são aplicáveis aos pecados leves, com a diferença que neste caso a matéria é uma ofensa leve contra os Mandamentos de Deus.
15. SE ME ESQUECI DE CONFESSAR UM PECADO QUE JULGO GRAVE?
Se esquecestes realmente, o Senhor perdoou-te, mas é preciso acusá-lo ao sacerdote na próxima confissão.

16. E SE NÃO SINTO REMORSO, COMETI PECADO?
Não sentir peso na consciência (remorso) não significa que não tenhamos pecado. Se cometemos livremente uma falta contra um Mandamento de Deus, de forma deliberada, nós cometemos um pecado. A falta de remorso pode ser um sinal de um coração duro, ou de uma consciência pouco educada para as coisas espirituais (por exemplo, um assassino pode não ter remorso por ter feito um crime, mas o seu pecado é muito grave).

17. A CONFISSÃO É OBRIGATÓRIA?
O católico deve confessar-se no mínimo uma vez por ano, a fim de se preparar para a Páscoa. Mas somos também obrigados toda a vez que cometemos um pecado mortal.

18. QUAIS OS FRUTOS DE SE CONFESSAR CONSTANTEMENTE?
Toda a confissão apaga completamente os nossos pecados, até mesmo aqueles que tenhamos esquecido. E dá-nos a graça santificante, tornando-nos naquele instante uma pessoa santa. Tranquilidade de consciência, consolo espiritual. Aumenta os nossos méritos diante do Criador. Diminui a influência do demónio na nossa vida. Faz criar gosto pelas coisas do alto. Exercita-nos na humildade e faz-nos crescer em todas as virtudes.

19. E SE TENHO DIFICULDADE PARA CONFESSAR UM DETERMINADO PECADO?
Se somos conhecidos do nosso pároco, devemos neste caso fazer a confissão com outro padre para nos sentirmos mais à vontade. Em todo o caso, antes de te confessares conversa com o sacerdote sobre a tua dificuldade. Ele usará de caridade para que a tua confissão seja válida sem te causar constrangimentos. Lembra-te: o sacerdote está no lugar de Jesus Cristo!

20. O QUE SIGNIFICA A PENITÊNCIA DADA NO FIM DA CONFISSÃO?
A penitência proposta no fim da confissão é uma expressão de alegria pelo perdão celebrado.
Fonte: JAM

sábado, 30 de outubro de 2010

BANDA JOTA - A VIDA É SEMPRE, JÁ!

MINISTÉRIO E MINISTÉRIOS NA IGREJA


Como em todo o grupo, associação ou sociedade humana, também a Igreja tem a sua liderança. Esta vem de Jesus e tem nele o seu fundamento e referência permanente. Jesus chamou e congregou os seus apóstolos. Ele foi sempre o seu líder, mestre, animador, aquele que manteve coeso o grupo e o preparou para dar continuidade à missão recebida do Pai impulsionada pelo Espírito Santo. Ainda com Jesus, o grupo dos discípulos conheceu um princípio de organização: Pedro aparece como porta-voz dos outros, Judas era uma espécie de administrador dos bens comuns e João vivia uma proximidade particular em relação ao Mestre. O próprio Jesus reconhece a liderança de Pedro e confia-lhe a tarefa de confirmar os outros.

A todos os discípulos, com o gesto do lava-pés, Jesus deixou claro que o serviço mútuo fraterno deveria constituir a sua característica marcante, aquela que testemunharia a existência do amor entre eles. Jesus disse-lhes ainda que entre eles não deveria acontecer como nas sociedades, onde os que têm poder exercem domínio sobre os outros. Entre os discípulos, na comunidade cristã e na Igreja, todos são irmãos, daí a igualdade fundamental entre eles; e a autoridade é entendida como serviço fraterno, como ajuda por amor. A comunidade cristã deverá, portanto, ser toda ela ministerial, onde todos se ajudam uns aos outros. A palavra ministério tem o mesmo significado que serviço.

Após a morte e ressurreição de Jesus, é Pedro quem assume claramente a liderança do grupo dos apóstolos e da comunidade mais ampla dos discípulos. Ele não sucede a Jesus nem o substitui, age em seu nome e na dependência dele. Jesus permanece a autoridade principal da Igreja, e os seus apóstolos exercem a missão de seus colaboradores e testemunhas. Eles anunciam o Evangelho de Jesus, administram o baptismo, impõem as mãos para invocar o dom do Espírito sobre os novos discípulos ou para confiar a alguns uma missão especial na comunidade. À medida que a Igreja cresce, também se vai configurando nela o sentido do ministério, isto é, do serviço espiritual, da liderança e da autoridade. Vão-se também organizando e diversificando as responsabilidades confiadas àqueles que depois passarão a ser designados como bispos, presbíteros e diáconos, como se pode ler, por exemplo, nas cartas de S. Paulo a Timóteo e a Tito. Mas, alem destes, o Apóstolo menciona vários outros ministérios.

O ministério na Igreja vem, portanto, de Jesus, através dos apóstolos, numa continuidade histórica. O próprio Jesus afirmou a dependência dele ao dizer aos apóstolos: “Quem vos ouve a Mim ouve, quem vos despreza a mim despreza”. E estas palavras valem também para quantos, hoje, desempenham o ministério ordenado na Igreja. Ele é desempenhado por pessoas humanas que, segundo cremos, são chamadas por Jesus, confirmadas pelos pastores da Igreja e ungidas pelo Espírito Santo mediante o sacramento da Ordem. Bispos, presbíteros e diáconos exercem na Igreja, nos seus diversos níveis, serviços estruturantes para promover a comunhão e o crescimento das comunidades cristãs.

Mas há ainda outros serviços importantes para a vida e a missão da Igreja, exercidos por diferentes fiéis impelidos pela graça do Baptismo e da unção com o crisma, e animados frequentemente por dons do Espírito. São serviços ligados ao anúncio e testemunho do Evangelho, à prática da oração e à promoção do crescimento espiritual nos irmãos, à assistência caritativa nas necessidades dos homens e das mulheres, à dinamização de grupos ou iniciativas, à administração e à partilha de bens nas comunidades, etc. Todos eles são importantes para fortalecimento e crescimento da Igreja. São ministérios, por vezes, instituídos ou confiados oficialmente, ou então simplesmente exercidos de facto.

Se o ministério ordenado é estrutural para a Igreja, os ministérios laicais são fundamentais para a vitalidade do corpo eclesial e para irradiar o seu testemunho no mundo. É através de ambos que se configura a comunidade eclesial toda ela ministerial, dinâmica na prática do serviço, como expressão de amor, quer entre os seus membros quer em relação aos outros homens e mulheres no mundo.
IN: Canção Nova

Ter amigos faz bem à saúde


Ter amigos faz bem à saúde, revela pesquisa

"Quem encontrou um amigo, encontrou um tesouro". A citação bíblica, que está no capítulo seis do livro de Eclesiástico, é reforçada por uma pesquisa recente. Os estudos comprovaram que a amizade ajuda o homem a ter mais saúde.

O melhor amigo do homem é o próprio homem. Se o ser humano não nasceu para ficar sozinho, então ter amigos é uma condição natural de sobrevivência.

"É aquela pessoa com quem eu sei que posso ser verdadeiro, eu posso chegar e falar sem as preocupações sociais, que são normais de controle. Eu posso chegar, chorar, brigar... ser verdadeira acima de tudo", explica a psicóloga Manuela Cavalcante Melo.

A especialista explica que não é questão de quantidade, mas de qualidade. "Eu posso ter 30 'amigos' que são, na verdade, mais companheiros e colegas do que amigos, mas eu não tenho espaço de ser eu mesma, de ter um encontro com aquilo que é a minha essência, com o que me faz ser único, que me diferencia de qualquer ser humano. Se eu não encontro esse espaço, isso não é amizade. É um coleguismo".

Ter amigos faz bem. Estudos indicam que pessoas com vida social activa podem viver até três anos e meio a mais.
A pesquisa foi realizada por duas universidades dos Estados Unidos, com mais de 300 mil pessoas.

Não importa a idade, o facto é que estar rodeado de amigos, pode ser sinal de vida prolongada.

Papa fala sobre Santa Brígida


Catequese de Bento XVI sobre Santa Brígida da Suécia

Queridos irmãos e irmãs,

na fervorosa vigília do Grande Jubileu do Ano 2000, o Venerável Servo de Deus João Paulo II proclamou Santa Brígida da Suécia copadroeira de toda a Europa. Hoje desejo apresentar a figura, a mensagem, e as razões pelas quais esta santa mulher tem muito a ensinar – ainda hoje – à Igreja e ao mundo.

Conhecemos bem os acontecimentos da vida de Santa Brígida, porque os seus pais espirituais redigiram a sua biografia para promover o processo de canonização logo após a sua morte, ocorrida em 1373. Brígida nasceu setenta anos antes, em 1303, em Finster, na Suécia, uma nação do Norte europeu que já há três séculos havia acolhido a fé cristã com o mesmo entusiasmo com que a santa a tinha recebido de seus pais, pessoas muito piedosas, pertencentes a nobres famílias próximas à Casa real.

Podemos distinguir dois períodos na vida desta santa.

O primeiro é caracterizado pela sua condição de mulher alegremente casada. O marido chamava-se Ulf e era governador de um importante distrito do reino da Suécia. O matrimónio durou 28 anos, até à morte de Ulf. Nasceram oito filhos, dos quais a segunda, Karin (Catarina), é venerada como santa. Isto é um sinal eloquente do compromisso educativo de Brígida em relação aos seus próprios filhos. Além disso, a sua sabedoria pedagógica foi apreciada a tal ponto que o rei da Suécia, Magnus, chamou-a à corte durante um certo período, com a missão de introduzir a sua jovem esposa, Bianca de Namur, na cultura sueca.

Brígida, espiritualmente conduzida por um douto religioso que a iniciou no estudo das escrituras, exerceu uma influência muito positiva sobre a sua família que, graças à sua presença, tornou-se uma verdadeira "igreja doméstica". Juntamente com o marido, adoptou a Regra dos Terceiros franciscanos. Praticava com generosidade obras de caridade em favor dos indigentes; fundou também um hospital. Próximo à sua esposa, Ulf aprendeu a melhorar o seu carácter e a progredir na vida cristã. Ao retornar de uma longa peregrinação a Santiago de Compostela, feita em 1341 juntamente com outros membros da família, os esposos amadureceram o projecto de viver em continência; mas, pouco tempo depois, na paz de um mosteiro ao qual se tinha retirado, Ulf concluiu a sua vida terrena.

Este primeiro período da vida de Brígida ajuda-nos a apreciar aquela que hoje podemos definir como uma autêntica "espiritualidade conjugal": unidos, os esposos cristãos podem percorrer um caminho de santidade, sustentados pela graça do Sacramento do Matrimónio. Não poucas vezes, exactamente como aconteceu na vida de Santa Brígida e Ulf, é a mulher que, com a sua sensibilidade religiosa, com a delicadeza e a doçura pode fazer o marido percorrer um caminho de fé. Penso com reconhecimento em tantas mulheres que, dia após dia, ainda hoje iluminam as próprias famílias com o seu testemunho de vida cristã. Possa o Espírito do Senhor suscitar também hoje a santidade dos esposos cristãos, para mostrar ao mundo a beleza do matrimónio vivido segundo os valores do Evangelho: o amor, a ternura, o auxílio recíproco, a fecundidade na geração e na educação dos filhos, a abertura e a solidariedade com relação ao mundo, a participação na vida da Igreja.

Quando Brígida se torna viúva, inicia-se o segundo período da sua vida. Renunciou a outras núpcias para aprofundar a união com o Senhor através da oração, penitência e obras de caridade. Também as viúvas cristãs, portanto, podem encontrar nesta santa um modelo a seguir. Com efeito, Brígida, com a morte do marido, após ter distribuído os seus bens aos pobres, mesmo sem ter feito a consagração religiosa, estabeleceu-se junto ao mosteiro cisterciense de Alvastra. Ali começaram as revelações divinas, que a acompanharam durante todo o resto da sua vida. Estas foram ditadas por Brígida aos seus secretários-confessores, que as traduziram do sueco para o italiano numa edição de oito livros, intitulados Revelações. A estes livros, une-se também um suplemento, que é intitulado precisamente Revelações suplementares.

As Revelações de Santa Brígida apresentam um conteúdo e um estilo muito variado. Às vezes, a revelação apresenta-se sob a forma de diálogos entre as Pessoas divinas, a Virgem, os santos e também os demónios; diálogos nos quais também Brígida intervém. Outras vezes, ao contrário, trata-se do relato de uma visão particular; e, noutras, é narrado ainda aquilo que a Virgem Maria lhe revela acerca da vida e dos mistérios do Filho. O valor das Revelações de Santa Brígida, por vezes objecto de algumas dúvidas, foi precisado pelo Venerável João Paulo II na Carta Spes Aedificandi: "Não há dúvida que a Igreja, ao reconhecer a santidade de Brígida, mesmo sem se pronunciar sobre cada uma das revelações, acolheu a autenticidade do conjunto da sua experiência interior" (n. 5).

De facto, lendo as Revelações, somos interpelados sobre muitos temas importantes. Por exemplo, retornam frequentemente as descrições, com detalhes bastante realistas, da paixão de Cristo, pela qual Brígida teve sempre uma devoção privilegiada, contemplando nessa o amor infinito de Deus pelos homens. Na boca do Senhor que fala, ela põe com audácia estas comoventes palavras: "Ó meus amigos, amo tão ternamente as minhas ovelhas que, se fosse possível, desejaria morrer tantas outras vezes, por cada uma delas, por aquela mesma morte que sofri para a redenção de todas" (Revelationes, Livro I, c. 59). Também a dolorosa maternidade de Maria, que a tornou Mediadora e Mãe de misericórdia, é um argumento que aparece frequentemente nas Revelações.

Recebendo estes carismas, Brígida era consciente de ser destinatária de um grande dom de predilecção da parte do Senhor: "Filha minha – lemos no primeiro livro das Revelações –, escolhi-te para mim, ama-me com todo o teu coração [...] mais do que tudo o que existe no mundo" (c. 1). De resto, Brígida bem sabia, e estava firmemente convencida, de que todo o carisma é destinado a edificar a Igreja. Exactamente por este motivo, não poucas das suas revelações eram destinadas, sob a forma de admoestações também severas, aos fiéis do seu tempo, incluídas as Autoridades religiosas e políticas, para que vivessem coerentemente a sua vida cristã; mas fazia isto sempre com uma abordagem respeitosa e de fidelidade plena ao Magistério da Igreja, em particular ao Sucessor do Apóstolo Pedro.

Em 1349, Brígida deixou para sempre a Suécia e foi em peregrinação a Roma. Não somente buscava participar do Jubileu de 1350, mas desejava também obter do Papa a aprovação da Regra de uma Ordem Religiosa que pretendia fundar, em honra ao Santo Salvador, e composta por monges e monjas sob a autoridade da abadessa. Este é um elemento que não deve surpreender-nos: na Idade Média, existiam fundações monásticas com um ramo masculino e um ramo feminino, mas com a prática da mesma regra monástica, que previa a direcção da Abadessa. De facto, na grande tradição cristã, à mulher é reconhecida uma dignidade própria, e – sempre sob o exemplo de Maria, Rainha dos Apóstolos – um lugar próprio na Igreja, que, sem coincidir com o sacerdócio ordenado, é igualmente importante para o crescimento espiritual da Comunidade. Além disso, a colaboração dos consagrados e consagradas, sempre no respeito da sua específica vocação, reveste-se de grande importância no mundo de hoje.

Em Roma, na companhia da filha Karin (Catarina), Brígida dedicou-se a uma vida de intenso apostolado e de oração. E, de Roma, partiu em peregrinação a diversos santuários italianos, em particular a Assis, pátria de São Francisco, pelo qual Brígida nutriu sempre grande devoção. Finalmente, em 1371, coroou o seu maior desejo: a viagem à Terra Santa, para onde foi em companhia dos seus filhos espirituais, um grupo que Brígida chamava de "os amigos de Deus".

Durante aqueles anos, os Pontífices encontravam-se em Avignon, distante de Roma: Brígida dirigiu-se severamente a eles, a fim de que voltassem à Sé de Pedro, na Cidade Eterna.

Morreu em 1373, antes que o Papa Gregório XI retornasse definitivamente para Roma. Foi sepultada provisoriamente na igreja romana de San Lorenzo in Panisperna, mas, em 1374, os seus filhos Birger e Karin levaram-na para a pátria, no mosteiro de Vadstena, sede da Ordem religiosa fundada por Santa Brígida, que teve subitamente uma notável expansão. Em 1391, o Papa Bonifácio IX canonizou-a solenemente.

A santidade de Brígida, caracterizada pela multiplicidade dos dons e das experiências que desejei recordar neste breve perfil biográfico-espiritual, tornam-na uma figura eminente na história da Europa. Proveniente da Escandinávia, Santa Brígida testemunha como o cristianismo havia profundamente permeado a vida de todos os povos deste Continente. Declarando-a copadroeira da Europa, o Papa João Paulo II desejou que Santa Brígida – que viveu no século XIV, quando a cristandade ocidental não era ainda ferida pela divisão – pudesse interceder eficazmente junto de Deus para obter a graça tão desejada da plena unidade de todos os cristãos. Por esta mesma intenção, que tanto está presente nos nossos corações, e para que a Europa saiba sempre alimentar-se das próprias raízes cristãs, desejamos rezar, queridos irmãos e irmãs, invocando a poderosa intercessão de Santa Brígida da Suécia, fiel discípula de Deus e copadroeira da Europa.
fonte JAM

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Religião: 7



A Indonésia precisa de nossas orações


Mais um Tsunami atingiu a Indonésia, país da Ásia e quarto mais populoso do mundo.

Centenas de famílias foram dizimadas. Pais perderam seus filhos e filhos perderam seus pais. É uma tragédia sem precedentes.

Vamos acender uma vela pelos sobreviventes, para que encontrem alento nos braços de Nossa Mãe Celestial. Rezemos também para a conversão dos indonésios ao cristianismo professado pela Igreja Católica, pois sua religião principal é o islamismo.

A Maria, distribuidora das graças

Ó Rainha e Mãe de misericórdia, é realmente com a liberalidade de uma rainha e amor da mais amável das mães que dispensais as graças a todos os que a Vós recorrem.

Hoje, pois, me recomendo a Vós, despido como sou de méritos e virtudes, e por isso insolvente para com a justiça divina. Ó Maria, tendes a chave do tesouro das divinas misericórdias: lembrai-vos da minha pobreza, e não me abandoneis numa tão grande penúria. Sois tão liberal com todos, e acostumada a dar mais do que Vos pedem: mostrai a mesma generosidade a meu respeito.

Ó Mãe de misericórdia, bem o sei, é para Vós prazer e glória ajudar os mais miseráveis, e podeis ajudá-los enquanto não se obstinam o mal; pecador confesso, mas, longe de me obstinar, quero mudar de vida; podeis então me socorrer; ah! Socorrei-me e salvai-me. Hoje me ponho inteiramente entre vossas mãos: dizei-me o que devo fazer para agradar a Deus, tendo a vontade de fazê-lo e espero executá-lo com o vosso socorro, ó Maria, minha Mãe, minha luz, minha consolação, meu refúgio e minha esperança.

Extraído do livro: “As mais belas orações a Nossa Senhora”, oração de São Bernardo de Claraval

fonte:aascj

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Ameaças de morte a bispos brasileiros? Esquerdismo anti-vida ousa o inimaginado - Ecos que nos chegam do Brasil



Uma situação perigosamente anormal vem crescendo no campo religioso. A posição multissecular da Igreja Católica ‒ e da Lei Natural ‒ defendida por destacados bispos brasileiros vem causando um furor anti-católico nas esquerdas.

Dom Luiz Gonzaga Bergonzini, bispo de Guarulhos.
Uma situação perigosamente anormal vem crescendo no campo religioso. A posição multissecular da Igreja Católica ‒ e da Lei Natural ‒ defendida por destacados bispos brasileiros vem causando um furor anti-católico nas esquerdas.

Dom Luiz Gonzaga Bergonzini, bispo de Guarulhos, foi objeto de ameaças de morte que proviriam de seguidores de alguns partidos políticos, por causa de suas notórias posições contra o aborto e pela vida humana.

Radio Vaticana ecoa

A crise já reboa no exterior. A Radio Vaticana diz que “infelizmente não se trata de um caso isolado: receberam ameaças explícitas, informa a agência vaticana Fides, também o bispo de Lorena, D. Benedito Beni Dos Santos, e o bispo de Santo André, e presidente da Regional Sul 1, D. Nelson Westrupp.”

Por sua parte, a Agência Católica Internacional divulgou a seguinte matéria:

Ações de Dom Bergonzini estão “dentro da normalidade” indica presidência da CNBB
Acima do bispo só está o papa, destacou Dom Geraldo.

BRASILIA, 22 Out. 10 / 02:40 pm (ACI).- Em uma entrevista coletiva concedida ontem na Sede da CNBB em Brasília, Dom Geraldo Lyrio Rocha, presidente da entidade afirmou sobre as recentes ações do Bispo de Guarulhos, Dom Luiz Gonzaga Bergonzini, que estas estiveram “dentro da normalidade”.

Em julho deste ano o bispo de Guarulhos escreveu um artigo orientando os fiéis a não votarem por candidatos que proponham a liberação do aborto e chegou a ser ameaçado de morte.

Dom Lyrio Rocha destacou que cada bispo tem o direito de orientar os fiéis de sua diocese como desejar e que a CNBB não tem qualquer poder de interferência em dioceses.

“Acima do bispo no governo da Igreja só existe uma autoridade: o Papa”, afirmou o presidente da CNBB quem também desmentiu que haja uma ruptura no episcopado brasileiro sobre o tema do aborto.

Dom Geraldo destacou também que “a CNBB não aponta candidatos nem partido, ela indica critérios para que o cidadão cristão, orientado nesses critérios, possa exercer o voto.”

O presidente da entidade considerou positivo que o tema do aborto esteja sendo discutido na eleição.

“Não vamos ter um Estado Laico, mas uma ditadura laica”.

Além disso, o arcebispo afirmou que o fato de o Brasil ser um “Estado laico” não impede o debate sobre temas ligados à religião nas eleições. “Estado laico não é sinônimo de estado ateu, antireligioso ou areligioso. O estado brasileiro é laico, mas a sociedade brasileira não é laica, é profundamente religiosa, não estou dizendo só católica, mas evangélica, afro, dos cultos indígenas”.

Dom Geraldo ressaltou que a laicidade do Estado deve garantir à Igreja o direito de se pronunciar sobre quaisquer questões. “O argumento de que o Estado é laico, às vezes, é mal usado. Por que a Igreja não pode expressar o seu ponto de vista a respeito dessas questões?

A Igreja está propondo à sociedade aquilo que é da sua convicção. Um Estado laico deve garantir que a Igreja Católica expresse sua posição, como também as outras religiões, porque se Estado Laico for confundido com o Estado que não permite posições discordantes, não vamos ter um Estado Laico, mas uma ditadura laica”.

Fonte: IPCO/ADF

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

O tesouro das almas


Sim, a Santa Missa é o tesouro das pobres almas. Nenhum meio é mais poderoso e eficaz para libertá-las.

São Leonardo de Porto Maurício, que foi um grande apóstolo e devoto do Santo Sacrifício, dizia: “Quereis uma prova de que a Missa trás alívio às pobres almas? Ouví um dos mais sábios Doutores da Igreja, São Jerônimo: “Durante a celebração de uma Missa por uma alma sofredora, esta alma pode ser preservada de todo ou em parte da pena do fogo. Em cada Missa que se celebra, diversas almas são livres do purgatório. Refletí ainda nisto: a, vossa caridade por estas almas será de muita vantagem para vós. Ó Missa bendita, és útil a um tempo para os vivos e os mortos! no tempo e na eternidade!

“Permití que vos dirija uma súplica, acrescenta São Leonardo, e quero vos pedir de joelhos: tomai a firme resolução de ouvir ou de fazer celebrar, todos as Missas que vossas ocupações e vossos recursos vos permitirem, não só pelos defuntos mas também por vossas almas. Dois motivos devem vos decidir: o primeiro motivo alcançar uma boa morte … Ó, como será doce e tranquila a morte de quem empregou sua vida em ouvir o maior número de Missas que pode! O segundo motivo é alcançar para vós mesmos o imenso favor de roubar o céu até sem passar pelo purgatório, ou abreviar muito o tempo da permanência naquelas chamas expiadoras”.

Ao Beato João d’Avila, ao chegar aos últimos instantes da, vida, perguntaram o que mais desejaria depois da morte: – Missas! Missas! Missas! (S. Leonardo P.M. – Excel. Do Santo Sacrif. C. VII).

Santa Mônica estava às portas da eternidade. No leito de morte, disse ao filho querido, Agostinho, que lhe custara tantas lágrimas e que a havia enchido de tantas consolações nos últimos dias:

- Meu filho, logo não tereis mãe. Quando eu não estiver mais neste mundo, rezai pela minha alma, não vos esqueçais daquela que tanto vos amou. No Sacrifício do Cordeiro sem mancha, recomendai a minha alma a Deus.

O Santo Doutor jamais se esqueceu da recomendação materna. Chorou muito quando morreu Santa Mônica, mas suas lágrimas foram sempre acompanhadas de muitas preces fervorosas e sufrágios. “Deus de misericórdia, dizia ele (Confessiones – Lib. IX), perdoai a minha mãe e não entreis em juízo com ela. Lembrai-vos de que antes de deixar este vale de lágrimas, não pediu para os seus restos mortais funerais pomposos, mas somente que vossos ministros se lembrassem dela no Altar do Divino Sacrifício”.

O Bem-aventurado Henrique Suzo fez um contrato com um dos amigos muito íntimos: “o que morresse primeiro, teria um certo número de Missas que o outro sobrevivente se obrigaria a mandar celebrar o mais depressa possível “O amigo do Bem-aventurado partiu primeiro para outra vida. Algum tempo depois, apareceu a Henrique Suzo, gemendo de dor e a se queixar: - Ai! já te esqueceste da promessa…

- Não, meu amigo, responde o Bem-aventurado, eu não cesso de rezar pela tua alma desde que morreste…

- Ó, mas isto não me basta, não, não basta! geme o defunto; falta-me, para apagar as chamas que me abrazam, falta-me’ o Sangue de Jesus Cristo! O Sangue de Jesus Cristo! “

O Bem-aventurado compreendeu logo que faltavam as Missas.

No dia seguinte ao da aparição, foi logo à igreja pedir muitas missas pelo amigo defunto. Obteve diversas nesta intenção. O amigo lhe aparece, já glorificado e agradece-lhe feliz: Meu querido amigo, mil vezes agradecido! Graças ao Sangue de Jesus Cristo Salvador, estou livre das chamas expiadoras. Subo a céu e lá nunca te esquecerei! (Rossignoli S. J. XXXIV Maravilha).

Fonte: Socorramos as pobres almas do purgatório – Mons. Ascânio Bradão – Edições Paulinas – 1958

ECOS DO BRASIL - O crucifixo


Causa-nos grande estupefação ao ver que o símbolo maior do cristianismo, o crucifixo, originou-se de uma condenação infame e cruel, ou como diz Cícero, a mais cruel da penas, a crucificação.

Mas, todavia, a cruz, lembra o crucificado, o Senhor Jesus, que segundo São Paulo, na carta ao Filipenses, 2, 6-11: “Ele (Jesus), embora subsistindo como imagem de Deus, não julgou como um bem a ser conservado com ciúme sua igualdade com Deus, muito pelo contrário: Ele mesmo se reduziu a nada, assumindo condição de servo e tornando-se solidário com os homens. E sendo considerado homem, humilhou-se ainda mais, fazendo-se obediente até a morte, e morte de cruz!”

A partir desse enfoque, a cruz, que segundo diz o mesmo São Paulo é um escândalo para os Judeus e loucura para os pagãos (1 Co, 2:23,24) foi o tema central da mensagem do grande apóstolo: “Nós pelo contrário, anunciamos um Cristo crucificado, que é um escândalo para os judeus e uma loucura para os pagãos. Cristo, no entanto, é o poder de Deus e a sabedoria de Deus para os escolhidos, quer judeus, quer gregos. Pois a loucura de Deus é mais forte que os homens, e a fraqueza de Deus é mais forte que a dos homens.”

O Santo Padre Bento XVI ensinou que: “Meditando estas palavras podemos compreender melhor a importância da imagem do Crucifixo para a nossa cultura, para o nosso humanismo nascido da fé cristã. Precisamente olhando para o Crucifixo vemos, como diz Santo António, como é grande a dignidade humana e o valor do homem. Em nenhum outro ponto se pode compreender quanto o homem vale, precisamente porque Deus nos torna tão importantes, nos vê tão importantes, que somos, para Ele, dignos do seu sofrimento; assim, toda a dignidade humana aparece no espelho do Crucifixo e olhar em sua direção é sempre fonte do reconhecimento da dignidade humana”(cf. Audiência geral de 10 de fevereiro de 2010).

Assim, ao vermos Cristo Jesus, pendente do madeiro imediatamente nos lembra suas mensagens: de amor, fraternidade, convivência com os desiguais, paz, conciliação, perdão, compaixão.

Por este fato, um antigo canto cristão diz: “O crux ave, spes unica. Hoc passionis tempore. Piis ad auge gratiam. Veniam dona reisque”. (Salve a cruz, nossa única esperança. Neste tempo de sofrimento concede graça e misericórdia aqueles que aguardam julgamento).

crucificado, Jesus Cristo, durante séculos foi objeto da iconografia cristã e grandes pintores se celebrizaram com a pintura do Cristo crucificado, tais como Francisco Goya, Diego Velazquez, El Greco, Salvador Dali e outros mais.

Assim, manter-se o crucifixo nas repartições públicas, ainda que o país, como o Brasil, cujo Estado não tem uma religião oficial, mas a sua maioria é cristã, é uma exigência de nossa tradição.

O nosso país nasceu sob a sombra da cruz e não significa ofensa ou desrespeito aos demais credos a presença do Cristo crucificado, ainda, para aqueles que não crêem nele, traz a todos mensagens de paz, amor fraterno e convivência, tolerância, perdão.

Grandes poetas, também se inspiraram na visão Cruz, para nos legar poemas de beleza rara, como Castro Alves, nos lindos versos: A CRUZ DA ESTRADA, que relembramos aqui, para se fixar como a Cruz está muito presente em nossa tradição:

I

Caminheiro que passas pela estrada,
Seguindo pelo rumo do sertão,
Quando vires a cruz abandonada,
Deixa-a em paz dormir na solidão.
Que vale o ramo do alecrim cheiroso

II

Que lhe atiras nos braços ao passar?
Vais espantar o bando buliçoso
Das borboletas, que lá vão pousar.
É de um escravo humilde sepultura,
Foi-lhe a vida o velar de insônia atroz.

III

Deixa-o dormir no leito de verdura,
Que o Senhor dentre as selvas lhe compôs.
Não precisa de ti. O gaturamo
Geme, por ele, à tarde, no sertão.

IV

E a juriti, do taquaral no ramo,
Povoa, soluçando, a solidão.
entre os braços da cruz, a parasita,
Num abraço de flores, se prendeu.
Chora orvalhos a grama, que palpita;
Lhe acende o vaga-lume o facho seu.

V

Quando, à noite, o silêncio habita as matas,
A sepultura fala a sós com Deus.
Prende-se a voz na boca das cascatas,
E as asas de ouro aos astros lá nos céus.

VI

Caminheiro! do escravo desgraçado
O sono agora mesmo começou!
Não lhe toques no leito de noivado,
Há pouco a liberdade o desposou.

Por isso é fácil concluir que ao despirmos nossas repartições públicas do ícone do Cristo Crucificado, estamos abandonando não apenas um símbolo do cristianismo, mas renegando grandes pintores, grandes poetas, que tiveram no Crucifixo, fonte perene de inspiração e abandonando ou anulando a tradição mais que secular, tentando distorcer ou anular a nossa identidade que tem no cruxificado a sua fonte fundacional.
Fonte: ADF

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Mulher sublime


A mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo foi a mulher que correspondeu em plenitude à expectativa da raça humana. Maria Santíssima é a “bendita entre todas as mulheres” (Lc 1, 42), mãe que mostrou coragem por “ficar de pé junto à cruz” (Lc 21, 36) e ser bendita “porque acreditou” (Lc 1, 45).

Duas razões comprovam a sublimidade dessa filha de Israel, que foi aquinhoada por Deus com favores não concedidos a mais ninguém neste mundo.

A primeira é de ordem biológica. Cada ser humano é proveniente da conjunção do homem e da mulher, cada um com sua carga genética específica. Dessa conjunção nasce um novo ser, parecido, mas diferente de seus genitores. Nosso Senhor Jesus Cristo, porém, “foi concebido pelo poder do Espírito Santo” (Lc 1, 35), e não teve concurso masculino. Na sua natureza humana, Jesus foi inteiramente, engendrado pela carga genética de Maria.

Por isso Ele deverá ter sido extremamente parecido com Ela, e herdado o seu jeito e suas características.

A segunda razão de sua importância excepcional é de ordem exemplar.

Dos lábios sacrossantos de Nosso Senhor jamais saiu qualquer consideração desairosa contra as mulheres. Suas parábolas nunca trataram as filhas de Deus com desdém. Nos seus ensinamentos elas são apresentadas de maneira simpática, e até grandiosa. Nem no trato com as pessoas, Jesus foi grosseiro para com qualquer mulher. Ele viu na sua mãe uma mulher extremamente querida, mas ao mesmo tempo objetiva, trabalhadora, firme e inteiramente voltada para Deus.

É um modelo (exemplar) que nos proporciona facultar uma grande dignidade a todas as mulheres da terra.

fonte: ADF

domingo, 24 de outubro de 2010

Unção dos enfermos: entendendo melhor


Há gente que acha que se uma pessoa recebe a Unção dos Enfermos é porque vai morrer. Não é isso.
O Sacramento da Unção dos Enfermos é uma graça muito especial do Senhor para os seus filhos. Na verdade este Sacramento não é para quem está morrendo. Não é um ritual onde o sacerdote encomenda a alma da pessoa. A Unção dos Enfermos é um Sacramento de cura, conforme a orientação de São Tiago:

“Está triste algum de vós? Faça oração. Está alegre? Cante salmos. Está entre vós algum enfermo? Chame os sacerdotes da Igreja, e estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo em Nome do Senhor. A oração da fé salvará o enfermo e o Senhor o aliviará. Se estiver com pecados, ser-lhe-ão perdoados.” São Tiago 5, 13-15

A providencia divina nos acompanha em todos os momentos de nossa vida. Desde a concepção até o fim de nossa existência nesta terra, Deus preparou oportunidades de santificação e salvação. Os Sacramentos foram instituídos visando nossa salvação. A Unção dos Enfermos é muito especial e eficaz, pois visa a cura do corpo e da alma, e ainda perdoa os pecados.
Infelizmente em muitas paróquias falta um trabalho de assistência aos enfermos. Muitas pessoas ainda têm medo de chamar o sacerdote quando um parente fica gravemente doente ou necessita passar por uma cirurgia, pois pensam que ao fazer isso será uma indicação de que seguramente vai morrer. É exatamente o contrário! Ao receber o Sacramento da Unção dos Enfermos a pessoa está sendo destinada à recuperação e à vida.
O ideal seria que nas paróquias houvesse pessoas que além de levar a Sagrada Eucaristia aos enfermos em suas residências, se empenhassem também em dar estes ensinamentos sobre o Sacramento da Unção dos Enfermos.

Este Sacramento, Nosso Senhor o instituiu quando enviou os discípulos: “Eles então saíram para proclamar que o povo se convertesse. Expulsavam muitos demônios, ungiam com óleo muitos enfermos e os curavam.” São Marcos 6, 12-13.
A Igreja, pela missão que recebeu do seu Esposo, continua esse trabalho.

O plano inicial de Deus para nós sempre foi de felicidade plena. Infelizmente, como fruto de nossos pecados, sofremos doenças, violências, acidentes, etc. Geralmente pedimos saúde e paz em nossas orações. Mas, quando somos atingidos por um mal que pode nos levar à morte, o Sacramento da Unção dos Enfermos existe para nos auxiliar neste momento. Deus sabe de nossas dificuldades e providenciou, além da Fé, meios de cura e salvação.

Este sacramento foi instituído, em primeiro lugar, para alivio espiritual dos cristãos gravemente enfermos. É este o seu verdadeiro fim (aliviar e confortar espiritualmente os enfermos). Em segundo lugar, também para alívio corporal; este, porém, dependentemente do bem espiritual.

Pode receber o Sacramento da Unção dos Enfermos:
• Os fiéis que adoecem gravemente por enfermidade ou velhice;
• Os fiéis que serão submetidos a uma intervenção cirúrgica;
• As pessoas de idade, cujas forças se encontrem sensivelmente debilitadas, mesmo que não se trate de grave enfermidade.
• As crianças que tenham atingido uso da razão que possam encontrar conforto no Sacramento, quando doentes.
• Os doentes privados dos sentidos ou do uso da razão, desde que se possa crer que provavelmente a pediriam, se estivessem em pleno uso das faculdades.
• Sob condição, os fiéis de cuja morte se tem dúvida.

Os efeitos que a graça deste Sacramento nos confere são:
• A união do doente com a paixão de Cristo, para seu bem e o bem de toda Igreja.
• O reconforto, a paz e a coragem para suportar de forma verdadeiramente cristã os sofrimentos da doença ou da velhice.
• O perdão dos pecados, se o doente não puder obtê-lo pelo Sacramento da Confissão.
• O restabelecimento da saúde, se isto convier ao bem espiritual.
• A preparação para passagem à vida eterna.

Se por acaso, de acordo com a sabedoria de Deus, a pessoa que for ungida por este Sacramento vier a falecer, a nossa certeza é de que ela estará apta a receber sua herança eterna e contemplar Deus face a face! Por isto, devemos incentivar as pessoas a compreender e querer receber este Sacramento tão valioso. Se uma pessoa já tiver recebido a Unção dos Enfermos em algum momento da vida, mas com o tempo ficou doente de novo, essa pessoa pode recebê-la novamente.

O ministro da Unção dos Enfermos é um sacerdote devidamente autorizado.

Fonte: Vocacionados menores (com adaptações)/AASCJ

sábado, 23 de outubro de 2010

UMA BOA LIÇÃO


Um estudante universitário saiu um dia a dar um passeio com um professor, a quem os alunos consideravam seu amigo devido à sua bondade para os que seguiam as suas instruções.
Enquanto caminhavam, viram no seu caminho um par de sapatos velhos e calcularam que pertenciam a um homem que trabalhava no campo ao lado, e que estava prestes a terminar o seu dia de trabalho.
O aluno disse ao professor: vamos fazer-lhe uma brincadeira. Vamos esconder-lhe os sapatos e escondemo-nos atrás duma árvore para ver a sua cara quando não os encontrar.
Meu querido amigo, disse o professor, nunca devemos divertir-nos à custa dos pobres. Tu és rico e podes dar uma alegria a este homem.
Põe uma moeda em cada sapato e depois escondemo-nos para ver a sua reacção quando os encontrar.
Fez assim e esconderam-se.
O pobre homem terminou as suas tarefas daquele dia e foi buscasr os sapatos, para voltar para casa.
Ao chegar junto dos sapatos deslizou o pé no sapato, mas sentiu algo dentro dele. Baixou-se para ver o que era e encontrou a moeda. Pasmado, perguntou-se o que havia acontecido. Viu a moeda e voltou-a e voltou a olhá-la.
Olhou à sua volta, para todos os lados, mas não viu nada nem ninguém. Guardou a moeda no bolso e foi calçar o outro sapato. A sua surpresa foi ainda maior quando encontrou outra moeda.
Os seus sentimentos esmagaram-no. Pôs-se de joelhos, levantou o olhos ao céu, e em voz alta fez um enorme agradecimeto, falando da sua esposa doente e sem ajuda, e dos seus filhos que não tinham pão e devido a uma mão desconhecida já não morreriam de fome.
O estudante ficou profundamente emocionado e os seus olhos ficaram cheios de lágrimas.
Agora, disse o professor, não estás mais satisfeito com esta brincadeira?
O jovem respondeu: você hoje ensinou-me uma lição que nunca mais vou esquecer.
Agora entendo algo que antes não entendia: é melhor dar do que receber.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Sagrado Coração de Jesus – Refúgio na hora da morte


“Serei refúgio seguro na vida e principalmente na hora da morte”.

Esta promessa nos garante que Nosso Senhor estará conosco em todas as fases de nossa vida, e também na morte.

Que consolo!

Por isso, com o dia de finados se aproximando, não deixemos de lembrar e rezar por quem já não está entre nós.

Desta feita, o convido agora para fazer a prece abaixo

Oração pelos Finados

Pai Santo, Deus eterno e todo-poderoso, nós vos pedimos por (nome do falecido(a)) que chamastes deste mundo. Dai-lhe a felicidade, a luz e a paz. Que ele(a), tendo passado pela morte, participe do convívio de vossos santos na luz eterna, como prometestes a Abraão e à sua descendência. Que sua alma nada sofra, e vos digneis ressuscitá-lo(a) com os vossos santos no dia da ressurreição e da recompensa.

Perdoai-lhe os pecados para que alcance junto a vós a vida imortal no reino eterno.
Por Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Rezar: 1 Pai Nosso e 1 Ave-Maria.

Dai-lhe, Senhor, o repouso eterno e brilhe para ele(a) a vossa luz.
Amém.

Fonte:AASCJ

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

sábado, 2 de outubro de 2010


Posted by Pe. Mateus Maria at 08:15

Caros amigos, que a paz esteja convosco!!

Eis a mensagem de Nossa Senhora de Medjugorje, dada hoje dia 02 de outubro de 2010, por meio da vidente Mirjana:

"Queridos filhos, vos convido a uma humilde, filhinhos meus, uma humilde devoção. Os vossos corações devem ser justos. Que as vossas cruzes, sejam para vós, um meio na luta contra o pecado de hoje. Que a vossa arma seja a paciência, e um amor sem limites. Um amor que sabe esperar, e que vos tornará capazes de reconhecer os sinais de Deus, para que a vossa vida, com um amor humilde, mostre a verdade a todos aqueles que são cercados pela trevas da mentira. Filhos meus, apóstolos meus, ajudem-me a abrir a estrada ao meu Filho. Ainda mais uma vez, vos convido a oração para os vossos pastores. Com eles triunfarei. Vos agradeço!"

Que o Espírito Santo, nos ajude a viver em profundidade as mensagens de Maria!

Vos deixo a Bênção do Senhor:

"Recebam a bênção especial e materna da Gospa Maria Rainha da Paz: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, Amém!"

Pe. Mateus Maria

Papa presidirá vigília pela vida do nascituro e estende convite a todos os bispos do mundo.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010 , Posted by Pe. Mateus Maria at 09:17
Sala de Imprensa da Santa Sé informou, na manhã de 01/10, que o Papa presidirá a vigília pela vida do nascituro, em 27 de novembro próximo, na Basílica de São Pedro.

O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, afirma, numa nota, que Bento XVI celebrará as Primeiras Vésperas do I Domingo do Advento e que este ano as vésperas serão inseridas no âmbito de uma vigília pela vida do nascituro, na perspectiva do Tempo de Advento e do Natal que se aproxima.

O prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, Cardeal Antonio Canizares Llovera, e o presidente do Pontifício Conselho para a Família, Cardeal Ennio Antonelli, enviaram através dos núncios apostólicos, uma carta aos presidentes das Conferências Episcopais convidando os bispos a promoverem em suas Igrejas locais celebrações e iniciativas de oração a fim de estabelecer uma união espiritual com o Santo Padre e promover o compromisso e o testemunho eclesial por uma cultura da vida e do amor.
É uma pena que até o presente momento não vimos esta iniciativa de comunhão por parte da CNBB, os pronunciamnetos a este respeito estão no silêncio.

Segue abaixo a Oração de intercessão para os não Nascidos.

Para ajudar a parar a anti-vida crescente nos EUA o ex-arcebispo Fulton F. Sheen encorajou a adoção espiritual de uma criança não nascida. Esta adoção espiritual de uma criança em particular, mas desconhecida, cujo aborto deve ser interrompido, permitindo-lhe que continue a viver.

Durante sua vida terrena, esta criança que você adotou espiritualmente, será conhecida apenas por Deus, mas na outra vida espera-se que você encontre esta criança, cuja vida foi salva por suas orações, e desfrute a felicidade eterna com ela.

Para ajudar a realizar isto também aqui no Brasil, recomendamos que se reze diariamente esta oração, num período de um ano.

"Jesus, Maria e José, eu vos amo, e lhes imploro que tenha misericórdia a da vida do bebê não nascido que eu adotei espiritualmente, e que está em perigo para ser abortado.
(rezar 1 Ave Maria)

Fonte: Brasil

Milagre eucarístico – O coração aberto de São Boaventura



Ano 1274 - Laen (França)

O desejo que Jesus Sacramentado tem de comunicar com as almas ansiosas de receebê-Lo é tão grande que, para consegui-lo, obrou estupendas maravilhas, algumas vezes só com a virtude de sua destra onipotente, outras vezes por mediação dos Santos Anjos.

São Boaventura[1], quando jovem estudante, assistia à Santa Missa com extraordinária devoção. Tendo, em certa ocasião, inflamado seu ânimo em desejos de receber a Jesus Sacramentado, depois que o celebrante partiu a sagrada Hóstia viu-se descer do alto um Anjo que, tomando um dos fragmentos que estavam sobre a patena, o deu a São Boaventura para que comungasse. Todos os presentes foram testemunha do milagre.

Muitos anos depois, sendo já Bispo e Cardeal da Santa Igreja, encontrando-se no leito de morte, viu-se impossibilitado de comungar por causa de contínuos vômitos, e suplicou que lhe levassem o Santíssimo Sacramento para que ao menos O pudesse adorar e morrer em sua presença.

Seu desejo foi atendido pelos que o assistiam, e o moribundo pediu então que aproximassem de seu peito a âmbula contendo as Hóstias consagradas. Quando isso foi feito, todos os presentes viram aparecer um Anjo que tocou o peito de São Boaventura, abrindo-o, e em seguida tomou uma Hóstia na âmbula e a introduziu no seu coração.

A abertura fechou-se imediatamente por si mesma, e o divino Jesus cumulou com inefáveis consolos o seu amado servo Boaventura, que dormiu placidamente o sono dos justos no dia 14 de julho de 1274.

(Baronius, Annales Ecclesiastici – Ughelli, Ital. Sacra.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Religião: 6



Por que rezar pelas almas do Purgatório?


O purgatório é um lugar de sofrimentos em que as almas se purificam, solvendo suas dívidas, antes de serem admitidas no céu, onde só entrará quem for puro. Sua existência se baseia no testemunho da Sagrada Escritura e da Tradição. Vários Concílios o definiram como dogma; Santos Padres e Doutores da Igreja o atestam a uma voz. Há uma prisão da qual não se sairá senão quando tiver pago o último centavo. (Mal. 18).

A Igreja, querendo que não nos esqueçamos das almas do purgatório, consagrou um dia inteiro todos os anos à oração pelos finados. Determinou que em todas as missas houvesse uma recomendação e um momento especial pelos mortos. Ela aprova, sustenta e estimula a caridade pelos falecidos.

Como são esquecidos os mortos! Exclamava Santo Agostinho! E no entanto acrescenta S. Francisco de Sales, em vida eles nos amavam tanto. Nos funerais: lágrimas, soluços, flores. Depois, um túmulo e o esquecimento. Morreu… acabou-se!

Se cremos na vida eterna, cremos no purgatório. E se cremos no purgatório, oremos pelos mortos. O purgatório é terrível e bem longo para algumas almas, por isso devemos rezar muito pelas almas, socorrendo as almas, praticando a caridade em toda sua extensão. A devoção às almas do purgatório, diz São Francisco de Sales, encerra todas as obras de misericórdia, cuja prática, elevada ao sobrenatural, nos há de merecer o céu.

A Santa Missa é o sacrifício de expiação por excelência. É a renovação do calvário, que salvou o gênero humano. A cada Missa, diz São Jerônimo, saem muitas almas do purgatório. Depois da Missa…

A Comunhão. A Sagrada Eucaristia é um Sacramento de descanso e paz para os defuntos, diz Santo Ambrósio. E o mesmo afirmam São Cirilo e São João Crisóstomo. Procuremos fazer boas comunhões lembrando-nos que quanto melhor as fizermos tanto mais aliviaremos os mortos. O Papa Paulo V estimulou a prática das comunhões pelas almas padecentes. Temos também as indulgências que entregamos a Deus para solver as dívidas das almas. Recitemos pequenas jaculatórias indulgenciadas. É tão fácil repeti-las em toda hora.

Acenda agora velas para as almas que estão no Purgatório. É uma mina de ouro que está a nossa disposição. Nossas orações são um meio de ajudar a salvar almas do purgatório.

São João Damasceno diz que há muito testemunho encontrado na vida dos Santos que provou claramente as vantagens da oração que se fazem pelos defuntos. Nossos sofrimentos junto a prece tem uma eficácia extraordinária para obter de Deus todas as graças. Aliviemos as almas do purgatório’, com tudo que nos mortifica. A Via Sacra é uma prática das mais ricas de piedade. O Rosário é a rainha das devoções indulgenciadas.

Santa Gertrudes afirmava que uma palavra dita do fundo do coração e animada de sólida devoção tem mais eficácia que grande número de orações, feitas com pouco fervor.

Mais uma forma de ajudar as almas é dar esmola ao pobre em sufrágio das almas benditas. As lágrimas que vossas esmolas enxugarem, o alívio que tiverdes dado aos que padecem fome, sede e frio, serão o alívio no purgatório para as almas sofredoras. É uma dupla caridade, socorrer os pobres por amor das almas. É dar duas vezes. Socorre os vivos e os mortos.

Fonte: Últimas e derradeiras graças/ADF

terça-feira, 19 de outubro de 2010

“A fé é a certeza das coisas que não se vê! (Hebreus 11:1)”


Deus mandou que se colocasse a imagem de dois Querubins na arca, mas não mandou que se ajoelhasse diante delas. Quando as pessoas começaram a dar muita importância a imagem da serpente, Deus ordenou que a destruissem (2 Reis 18:4).

Pergunta-se: se a fé é a certeza das coisas que não se vê, porque precisamos de alguma imagem, inclusive de pessoas ja falecidas (santos), para nos chegarmos a Deus.

* Resposta

A certeza que deriva da Fé não contradiz a matéria e nem é por esta diminuída. Muito pelo contrário, é reforçada!

Nosso Senhor não precisava dos milagres, mas usava-os para reforçar a Fé de pessoas que nem sempre a tinham em abundância. A frase do centurião romano, que disse a Nosso Senhor “basta uma palavra…”, deixa-nos muito claro que a distância física, assim como a matéria, não limita o poder de Deus.

Entretanto, o mesmo Jesus Cristo usava da matéria para seus milagres, como, por exemplo, na cura de cegos em que ele misturava a saliva e a terra.

Ora, é claro que Nosso Senhor não precisava da matéria, mas ele nos fez com corpo e alma. E mais, nos prometeu a ressurreição da matéria!

Se, por acaso, fosse idolatria fazer imagens, Deus não teria ordenado que se fizessem imagens em outras passagens das Sagradas Escrituras! O que se proíbe é tomar a matéria – ou o santo – como Deus!

Os Judeus, muito próximos dos povos pagãos idólatras, eram muito propensos à idolatria (basta lembrar o episódio do Monte Sinái e do “bezerro de ouro”). Para evitar que esse povo, até então “povo eleito”, prevaricasse, houve uma proibição expressa de se fazer imagens.

Mas a tradição da Igreja – e o próprio estudo do texto bíblico – deixa claro que a proibição é de idolatria e não de se fazer qualquer imagem, pois, como já dito, o próprio Deus ordenou que se fizessem imagens em outras passagens.

O ato exterior de genuflexão não é decisivo. O problema é o ato interior de adoração ou veneração.

Quando se dobra o joelho diante de um “bezerro de ouro”, tomando-o como divino, como um dos deuses pagãos, é claro que se trata de uma idolatria. Por outro lado, quando se dobram os joelhos diante das virtudes de um S. Paulo, que pôde dizer “já não sou eu quem vive, mas Cristo quem vive em mim”, o ato não é de adoração, pois ninguém acredita que S. Paulo seja um “deus”, mas de veneração!

Fonte: Frente Universitária Lepanto

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Estejam [...] acesas as vossas lâmpadas


São Maximiano Kolbe (1894-1941), franciscano, mártir
Vigiai e orai, para que a lamparina da fé nunca se apague. (Reze também por seus amigos aqui)
O que é necessário fazer para vencer a fraqueza da alma? Existem dois meios para a vencermos: a oração e o desprendimento de si mesmo. O Senhor Jesus recomenda-nos que estejamos vigilantes. É preciso estarmos vigilantes se queremos que o nosso coração seja puro, mas é preciso estarmos vigilantes na paz, para que o nosso coração seja tocado. Porque ele pode ser tocado por coisas boas ou por coisas más, interior ou exteriormente. Portanto, é preciso saber estar vigilante.

A inspiração de Deus é, de ordinário, uma graça discreta: não devemos rejeitá-la [...]; se não estivermos de coração atento, a graça retira-se. A inspiração divina caracteriza-se por uma particular precisão; tal como o escritor conduz a sua pluma, assim a graça de Deus conduz a alma. Procuremos pois atingir um maior recolhimento interior.

O Senhor quer que tenhamos o desejo de O amar. A alma que se mantém vigilante apercebe-se de que cai e de que, só por si própria, não consegue atingir aquele propósito; por isso, sente necessidade da oração. A súplica fundamenta-se na certeza de que nada podemos fazer só por nós próprios, mas que Deus tudo pode. A oração é necessária para obtermos a luz e a força.

Fonte: Evangelho Quotidiano/AASCJ

domingo, 17 de outubro de 2010

Mensagem de Bento XVI Dia Mundial Missionário 2010


24 de Outubro 2010
84º. Dia Missionário Mundial

Queridos irmãos e irmãs,

O mês de outubro, com a celebração do Dia Mundial das Missões, oferece às comunidades diocesanas e paroquiais, aos Institutos de Vida Consagrada, aos Movimentos Eclesiais e a todo o Povo de Deus uma ocasião para renovar o compromisso de anunciar o Evangelho e atribuir às actividades pastorais uma ampla conotação missionária. Este evento anual nos convida a viver com intensidade os caminhos litúrgicos, catequéticos, caritativos e culturais, mediante os quais Jesus Cristo nos convoca à ceia de sua Palavra e da Eucaristia para saborearmos o dom de sua Presença, nos formarmos na sua escola e vivermos com mais consciência unidos a Ele, Mestre e Senhor. É ele mesmo que nos diz: “Quem me tem amor será amado por meu Pai, e eu o amarei e me hei-de manifestar a ele” (Jo 14,21). Somente a partir deste encontro com o Amor de Deus, que muda a existência, podemos viver em comunhão com Ele e entre nós, e oferecer aos irmãos um testemunho credível, dando razão da nossa esperança (cf. 1Pe 3,15).

A fé adulta é a condição para poder fomentar um humanismo novo

Uma fé adulta, capaz de se entregar totalmente a Deus em atitude filial, alimentada pela oração, pela meditação da Palavra de Deus e pelo estudo das verdades da fé, é a condição para poder promover um humanismo novo, fundamentado no Evangelho de Jesus.

Ademais, em outubro, depois da pausa de verão, são retomadas as várias actividades eclesiais em muitos países, e a Igreja nos convida a aprender de Maria, mediante a oração do Santo Rosário, a contemplar o projecto de amor do Pai pela humanidade, para amá-la como Ele a ama. Não seria este também o sentido da missão?

Com efeito, o Pai nos chama a ser filhos amados em seu Filho, o Amado, e a reconhecermo-nos todos irmãos Nele, Dom de Salvação para a humanidade, dividida pela discórdia e pelo pecado, e Revelador do verdadeiro rosto do Deus que “amou tanto o mundo que deu o seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3,16).

O compromisso e o anúncio evangélico são deveres da Igreja

“Queremos ver Jesus” (Jo 12,21) é o pedido que, no Evangelho de João, alguns Gregos, ao chegar a Jerusalém para a peregrinação pascal, apresentam ao apóstolo Filipe. Ele ressoa também em nosso coração neste mês de outubro, que nos recorda que o compromisso e o anúncio evangélico são deveres de toda a Igreja, “missionária por natureza” (Ad Gentes, 2), e nos convida a sermos promotores da novidade de vida, permeada de relações autênticas, em comunidades fundamentadas no Evangelho. Em uma sociedade multiétnica cada vez mais sujeita a novas formas de solidão e de indiferença preocupantes, os cristãos devem aprender a oferecer sinais de esperança e a tornar-se irmãos universais, cultivando os grandes ideais que transformam a história e a empenhar-se, sem falsas ilusões ou inúteis temores, para fazer do planeta a casa de todos os povos.

Como os peregrinos gregos de dois mil anos atrás, também os homens do nosso tempo, nem sempre conscientemente, pedem aos fiéis que não apenas “falem” de Jesus, mas “apresentem” Jesus, fazendo resplandecer o Rosto de Jesus em todos os cantos da terra diante das gerações do novo milénio e especialmente diante dos jovens de todos os continentes, destinatários privilegiados e actores do anúncio evangélico. Eles devem compreender que os cristãos assumem a palavra de Cristo, porque Ele é a Verdade, porque encontraram Nele o sentido, a verdade para suas vidas.

Ser chamado a anunciar o Evangelho estimula as comunidades

Estas considerações evocam o mandato missionário recebido por todos os baptizados e por toda a Igreja, que, porém, não se pode cumprir de maneira credível sem uma profunda conversão pessoal, comunitária e pastoral. Efectivamente, a consciência de ser-se chamado a anunciar o Evangelho estimula não apenas os fiéis, mas todas as comunidades diocesanas e paroquiais a uma renovação integral e a abrir-se sempre mais à cooperação missionária entre as Igrejas, para promover o anúncio do Evangelho no coração de todas as pessoas, povos, culturas, raças e nacionalidades, em todas as latitudes. Tal consciência se alimenta através da obra dos Sacerdotes “Fidei Donum”, de Consagrados, de Catequistas, de Leigos missionários, numa tentativa constante de promover a comunhão eclesial, de modo que o fenómeno da “inter-culturalidade” possa também integrar-se num modelo de unidade em que o Evangelho seja fermento de liberdade e progresso, fonte de fraternidade, humildade e paz (cf. Ad Gentes, 8). A Igreja “é em Cristo como que o sacramento, ou sinal, e o instrumento da íntima união com Deus e da unidade de todo o género humano” (Lumen Gentium, 1).

A comunhão eclesial nasce do encontro com o Filho de Deus, Jesus Cristo, que, no anúncio da Igreja, chega aos homens e cria comunhão com Ele mesmo, com o Pai e o Espírito Santo (cf. 1Jo 1,3). Cristo estabelece a nova relação entre o homem e Deus. “Ele nos revela que «Deus é amor» (1Jo 4, e nos ensina ao mesmo tempo que a lei fundamental da perfeição humana e, portanto, da transformação do mundo, é o novo mandamento do amor. Dá, assim, aos que acreditam no amor de Deus, a certeza de que o caminho do amor está aberto para todos e que o esforço por estabelecer a universal fraternidade não é vão” (Gaudium et Spes, 38).

Uma Igreja autenticamente eucarística é uma Igreja missionária

A Igreja torna-se “comunhão” a partir da Eucaristia, em que Cristo, presente no pão e no vinho, com o seu sacrifício de amor edifica a Igreja como seu corpo, unindo-nos a Deus uno e trino e entre nós (cf. 1Cor 10,16s).

Na Exortação Apostólica “Sacramentum Caritatis” escrevi: “Não podemos reservar para nós o amor que celebramos no Sacramento. Faz parte da sua própria natureza ser comunicado a todos. Aquilo de que o mundo tem necessidade é do amor de Deus, é de encontrar Cristo e acreditar Nele” (nº 84). Por isso, a Eucaristia é fonte e ápice não só da vida da Igreja, mas também da sua missão: «Uma Igreja autenticamente eucarística é uma Igreja missionária» (ibid.), capaz de levar todos à comunhão com Deus, anunciando com convicção: “o que vimos e ouvimos, nós agora o anunciamos a vocês, para que estejam em comunhão connosco” (1Jo 1,3).

Caríssimos, neste Dia Mundial das Missões, que nos leva a estender o olhar do coração sobre os imensos espaços da missão, sentimo-nos todos protagonistas do compromisso da Igreja em anunciar o Evangelho. O impulso missionário sempre foi sinal de vitalidade para as nossas Igrejas (cf. Encíclica Redemptoris Missio, 2) e a cooperação de umas com as outras é um testemunho singular de unidade, fraternidade e solidariedade, e que torna credíveis os anunciadores do Amor que salva!

Gestos de amor e de partilha

Renovo, portanto, a todos o convite à oração, ao compromisso de ajuda fraterna e concreta em apoio às jovens Igrejas, não obstante as dificuldades económicas. Tal gesto de amor e de partilha, implementado pelo precioso serviço das Obras Missionárias Pontifícias, às quais manifesto a minha gratidão, vai ajudar à formação dos sacerdotes, seminaristas e catequistas nas mais distantes terras de missão e dar coragem às jovens comunidades eclesiais.

Como conclusão desta mensagem anual para o Dia Mundial das Missões, desejo expressar, com particular afecto, o meu reconhecimento aos missionários e às missionárias que testemunham nos lugares mais distantes e difíceis, muitas vezes também com a vida, o advento do Reino de Deus. Para eles, que representam a vanguarda do anúncio do Evangelho, peço a amizade, a proximidade e o apoio de todo os fiéis. “Deus, (que) ama quem dá com alegria” (2Cor 9,7) vos encha de fervor espiritual e de profunda alegria.

Nova maternidade apostólica e eclesial

Como o “sim” de Maria, toda a resposta generosa da Comunidade eclesial ao convite divino para amar os irmãos, suscitará uma nova maternidade apostólica e eclesial (cf. Gl 4,4.19.26); esta, abrindo-se à surpresa do mistério de Deus amor, o qual, “ao chegar a plenitude dos tempo… enviou o seu Filho, nascido de uma mulher” (Gl 4,4), será fonte de confiança e de audácia para os novos apóstolos. Tal resposta tornará todos os fiéis capazes de serem “alegres na esperança” (Rm 12,12) ao realizarem o projecto de Deus, que deseja “a congregação de todo o género humano no único povo de Deus, a sua união no único corpo de Cristo, a sua edificação no único templo do Espírito Santo” (Ad Gentes, 7).

Vaticano, 6 de Fevereiro de 2010

Nota:

Os títulos usados na mensagem são da responsabilidade do Secretariado Diocesano das Missões

sábado, 16 de outubro de 2010

Religião: 3



Jesus já não podendo conter as chamas de amor do seu Coração, revela-as a Santa Margarida Maria Alacoque


Santa Margarida Maria Alacoque assim descreve como se lhe manifestou o Sagrado Coração:

“Uma vez, estando diante do Santíssimo Sacramento, e encontrando um pouco mais de folga que de costume (porque as ocupações que me davam quase nunca me permitiam), senti-me toda investida da presença de Deus, mas não fortemente, que me esquecia de mim mesma e do lugar em que estava, e abandonava-me a este divino Espírito, entregando meu coração á força de seu amor.

“Meu soberano Mestre fez-me repousar bastante tempo em seu divino peito, onde Ele descobriu-me as maravilhas de seu amor e os segredos inexplicáveis de seu Sagrado Coração, que até então me tinha escondidos.

“Ele abriu-me por primeira vez este divino coração de uma maneira tão real e tão sensível, que não me deixou nenhuma possibilidade de duvidas da veracidade desta graça, apesar do receio que sempre tinha de me enganar em tudo o que digo sobre estas matérias.

“Eis como me parece que a coisa se passou. Jesus disse-me:

“Meu divino coração está tão cheio de amor pelos homens e por ti em particular que, não podendo mais conter em si mesmo as chamas de sua ardente caridade, precisa distribuí-las por teu intermédio, e manifestá-las a eles para enriquecê-los dos tesouros que ele encerra.

“Descubro-te o valor destes tesouros: eles contêm as graças de santificação e de salvação necessárias para tirá-los do abismo de perdição. Eu te escolhi, não obstante tua indignidade e ignorância, para o cumprimento deste grande desígnio, a fim de que melhor se veja que tudo é feito por mim.

“Depois destas palavras, ele pediu-me meu coração. Supliquei-lhe que o tomasse, o que Ele fez, e o introduziu no seu adorável, onde fez-me vê-lo como um pequeno átomo que se consumia nesta ardente fornalha. Em seguida, retirando-o como uma chama ardente de forma de coração, recolocou-o no lugar de onde o havia tomado. (…)

“Depois de um tão grande favor (o qual durou um longo espaço de tempo, durante o qual eu não sabia se estava no céu ou na terra), permaneci vários dias como toda embriagada e abrasada, e de tal maneira fora de mim, que não podia voltar a mim para dizer uma palavra.

“Era-me preciso fazer uma extrema violência para participar do recreio e para comer. Não podia dormir, pois esta chaga cuja dor é-me preciosa me causava tão vivos ardores que me consumia e me fazia queimar toda viva.

“Sentia-me uma tão grande plenitude de Deus que não podia exprimir-me a minha superiora como quereria, e como teria feito não obstante a pena e a confusão que sinto em dizer semelhantes favores. (…)

“Esta de que acabo de falar sobre minha dor do lado me era renovada às primeiras sextas feiras do mês desta maneira: o Sagrado Coração me era representado como um sol brilhante de uma luz brilhante, cujos raios muito ardentes incidiram sobre o meu coração, o qual se sentia abrasado de um fogo tão vivo que parecia ir-me reduzir a cinzas.

“Era particularmente nesse tempo que meu divino Mestre me dava suas lições, e me descobria os segredos deste amável Coração. Uma vez, entre outras, que o Santíssimo sacramento estava exposto, senti-me retirada dentro de mim mesma a um recolhimento extraordinário de todos os sentidos e de todas as minhas potências.

“Jesus Cristo, meu doce mestre, apresentou-se a mim todo resplandecente de glória com suas cinco chagas, brilhantes como cinco sóis. Desta santa humanidade saíam chagas de todas as partes, mas sobretudo de seu adorável peito, que se assemelhava a uma fornalha, a qual estando aberta descobriu-me seu amantíssimo Coração, que era a viva fonte dessas chamas.

“Ele me fez conhecer ao mesmo tempo as maravilhas inexplicáveis de seu puro amor, e até a que excesso Ele tinha levado seu amor para com os homens. Ele queixou-se da ingratidão deles e disse que foi um sofrimento de sua Paixão mais sensível que seus outros sofrimentos.”

Extraído do livro: “O Sagrado coração de Jesus – Escola de amor e bondade para uma nova civilização” Reinaldo F. Mota jr/AASCJ

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Religião: 7



O segredo da oração na vida do homem que a pratica


A fé do homem de oração dá-lhe a firme convicção de que a felicidade se encontra somente em Deus. A sua conversação irradia a esperança do Céu e ele possui vastos recursos para consolar almas.

A cruz é atributo de qualquer mortal; o segredo para nos fazermos ouvir pelos homens é saber ensiná-los a descobrir as doçuras inefáveis da cruz. Ora, a Eucaristia e a esperança do céu encerram esse segredo.

Como é forte a palavra de consolação do homem que, sem mentir, pode dizer como o Apóstolo. “A nossa conversação está nos Céus”! (Fil 3,20). Qualquer outro, com mais frases e retórica, pode falar das alegrias da pátria celeste; os seus discursos serão, porém, infrutuosos: ao passo que uma só palavra do primeiro bastará para acalmar a perturbação, aliviar a tristeza, fazer aceitar com resignação a dor mais pungente.É que a virtude da esperança passa, irresistivelmente, do homem interior para a alma que está para cair no desespero.

Extraído do livro: A Alma de todo o Apostolado. J.B. Chautard/AASCJ

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Santíssima Trindade


A Santíssima Trindade é um mistério de um só Deus em três Pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo.

Pai que é Deus, que é Amor: somente o Pai que ama respeita a liberdade de seu filho.
Filho que é Jesus Cristo: é o Deus visível que se fez homem, nascendo da Virgem Maria para cumprir a vontade de Deus de libertar os homens do pecado. Jesus é Deus e as principais provas são:

O próprio Jesus diz-se Deus (Job 10, 30; Job 14, 7; e Lc 22, 67-70).
Os milagres eram feitos pelo próprio Jesus, e não por meio de Jesus.
Espírito Santo que é o Amor do Pai e do Filho que nos é comunicado e transmitido. Segundo o CREDO, Jesus foi concebido pelo Poder do Espírito Santo, nascido da Virgem Maria. Maria foi então convidada a conceber Jesus e a concepção de Jesus foi obra do poder do Divino Espírito Santo: "O Espírito virá sobre Ti..." A missão do Espírito Santo está sempre conjugada e ordenada à do Filho, ou seja, toda a vida de Jesus manifesta a vontade do Pai que por sua vez é manifestada pelo Espírito Santo.
Um facto dos Evangelhos é que os Apóstolos estavam com muito medo após a morte de Jesus. A descida do Espírito Santo sobre eles transformou-os radicalmente e deu-lhes coragem para que saíssem a anunciar o Evangelho. O mesmo Espírito Santo que deu forças aos apóstolos e mártires é recebido no sacramento do Crisma, e aí está a importância deste sacramento no fortalecimento da Fé e na profissão do Cristianismo de cada um.

3.1 O Dogma da Santíssima Trindade.

A Trindade é Una; não professamos três deuses, mas um só Deus em três Pessoas. Cada uma das três Pessoas é a substância, a essência ou a natureza divina. As pessoas divinas são distintas entre si pela sua relação de origem: o Pai gera; o Filho é gerado; o Espírito Santo é quem procede. Ou seja, ao Pai atribui-se a criação, ao Filho atribui-se a Redenção e ao Espírito Santo atribui-se a Santificação.
Resumindo, o mistério da Santíssima Trindade é o mistério central da fé e da vida cristã. Só Deus nos pode dar a conhecer, revelando-se como Pai, Filho e Espírito Santo.
Pela graça do Baptismo "Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo" somos chamados a compartilhar da vida da Santíssima Trindade, aqui na Terra na obscuridade da nossa fé e para além da morte, na luz eterna. Pela Confirmação ou Crisma, como o próprio nome diz, somos chamados a confirmar esta fé ora recebida para que, além de vivermos segundo a Palavra de Deus, darmos testemunho dela e levá-la por toda à parte.

Fonte: JAM



Bendita e louvada seja a Santíssima Trindade, Pai, Filho e o Espírito Santo

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Mártires de hoje


Fé, morte, entrega
Uma rapariga chinesa escreve a uma amiga: «Quando receberes esta carta, já estarei na prisão. Tenho de me apresentar na esquadra no dia 14.
Não esqueças essa data memorável... Tive de passar por vários interrogatórios, o primeiro de nove horas, o segundo de três, ontem de cinco. São momentos muito duros.
A minha irmã ficou doente, preocupada comigo, e está no hospital. Reza por mim. Não podes imaginar o meu sofrimento... No dia em que os meus pais viram o meu nome no jornal, entre a lista dos culpados, ajoelharam-se à minha frente, pedindo-me para renegar a minha fé. Então compreendi plenamente pela primeira vez, o que é o sofrimento.
Não tenho nada para te oferecer, a não ser o meu afecto. Ofereço-to, antes de morrer, a ti e às Madres, que foram tão boas comigo. Mesmo que perca a vida, prefiro esta morte à morte eterna, que mereceria se renegasse a minha fé. Canta comigo: Aleluia!»

BERNARDITA

Fonte: JAM