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SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS, EU VOS AMO!

Oração ao Sagrado Coração de Jesus

Jesus, Senhor do perdão, fonte de paz e de graça para os nossos corações. Conforto dos pecadores, alento de quem Vos reza, força de quem Vos procura, porque em Vós quer encontrar-se. Nossas lágrimas são preces, nossas lágrimas são gritos, dizei, Senhor, à nossa alma: Sou a tua salvação. Quando a noite nos envolve, ficai connosco, Senhor, enchei de luz o silêncio das nossas horas de sombra. Jesus, bondade inefável, nunca nos falte na vida, Senhor, a Vossa clemência e caridade infinita. Jesus, nascido da Virgem, nós Vos louvamos, cantando, e sempre Vos louvaremos na glória do vosso reino. Concedei, Deus todo-poderoso, que, ao celebrar a solenidade do Coração do Vosso Amado Filho, recordemos com alegria as maravilhas do Vosso amor e mereçamos receber desta fonte divina a abundância dos Vossos dons. Por Nosso Senhor.

sábado, 31 de julho de 2010

A carta que você precisa ler! Parte I a Parte VIII


A partir de hoje, começa uma série interessantíssima e que muito proveito tiraremos para nossa vida, no Portal Devotos de Fátima.

Trata-se de uma carta que foi revelada em sonho a uma serva fiel de Deus e Nossa Senhora.

O remetente da carta é uma amiga desta boa serva. A diferença é que esta amiga está morta e infelizemente, sofrendo os tormentos eternos do inferno.

Esta carta é um alerta a todos nós, sobre como estamos vivendo e qual o valor que damos para a Trindade Santa e Nossa Senhora.

Comece agora a leitura desta série que com certeza, mudará seu modo de viver.

A CARTA DO ALÉM

Imprimatur do original alemão; Brief aus dem Jenseits: Treves, 9/11/1953. N. 4/53. Aprov. Ecles. Deste opúsculo: Taubaté – est. De S. Paulo – 2/11/1955.

À Guisa de Prefácio

Com os homens, Deus se comunica por muitos modos. Além de ser a própria Sagrada Escritura a Carta Magna de Deus aos homens, escrita e transmitida por homens autorizados, narra ela muitas comunicações divinas feitas por visões, inclusive sonhos. Deus continua a prevenir, ainda, por sonhos. É que sonhos não são sempre meros sonhos sem base.

A Carta do Além transcrita abaixo conta a história da condenação eterna de uma jovem. À primeira vista parece uma história bastante romanceada. Bem consideradas, porém, as circunstâncias, chega-se à conclusão de que ela não deixa de ter o seu fundo histórico, como base do seu sentido moral e do seu alcance transcendental.

A carta em apreço foi encontrada tal qual entre os papéis de uma freira falecida, amiga da jovem condenada. Relata a freira os acontecimentos da existência da companheira como fatos históricos sabidos e verificados, e sua sorte eterna comunicada em sonho. A Cúria diocesana de Treves (Alemanha) autorizou sua publicação como sumamente instrutiva.

A Carta do Além apareceu primeiro em livro de revelações e profecias, juntamente com outras narrações. Foi o R. Pe. Bernhardin Krempel C. P., doutor em teologia, quem a publicou em separado e quem lhe emprestou mais autoridade, provando-lhe, nas Anotações, a absoluta concordância com a doutrina da Igreja Católica sobre o assunto.

No Apêndice seguem alguns esclarecimentos complementares sobre o Inferno. O primeiro ponto assinala dois trabalhos literários que por caminhos diferentes chegam à mesma conclusão que o Inferno deve existir e que de fato existe. Nos seguintes pontos expõe-se sumariamente quais são os que trilham o caminho do Inferno e quais os meios que temos à mão para nos salvar do maior perigo da vida, de cair no Inferno

Informações preliminares

Entre os papéis deixados por uma jovem que morreu num convento como freira, foi encontrado o seguinte depoimento:

“Tinha eu uma amiga. Quer dizer, éramos mutuamente achegadas como companheiras e vizinhas de trabalho no mesmo escritório M.

Quando mais tarde Âni se casou, nunca mais a vi. Desde que nos conhecêramos, reinava entre nós, no fundo, mais amabilidade que amizade.

Por isso eu sentia dela pouca falta, quando, após seu casamento, ela foi morar no bairro elegante das vilas, bem longe do meu casebre.

Quando no outono de 1937 passei minhas férias no lago Garda, minha mãe escreveu-me, em meados de setembro: “Imagine, Âni N. morreu. Num desastre de automóvel perdeu a vida. Ontem foi enterrada no cemitério do Mato”.

Essa notícia espantou-me. Sabia eu que Âni nunca fora propriamente religiosa. Estava ela preparada, quando Deus a chamou de repente?

Na outra manhã assisti na capela da casa do pensionato das irmãs, onde eu morava, à santa missa em sua intenção. Rezava fervorosamente por seu descanso eterno e nessa mesma intenção ofereci também a Santa Comunhão.

Mas o dia todo eu sentia certo mal estar, que foi aumentando mais ainda pela tarde.

Dormia inquieta. Acordei de repente, ouvindo como se sacudida a porta do quarto. Liguei a luz. O relógio, no criado mudo, marcava meia noite e dez minutos. Nada, porém, eu podia ver. Nenhum barulho havia na casa. Apenas as ondas do lago Garda batiam, quebrando-se monotonamente, no muro do jardim do pensionato. De vento, nada eu ouvia.

Tinha eu, todavia, a impressão de que ao acordar eu tivesse percebido, além das batidas na porta, um ruído como que de vento, parecido ao do meu chefe de escritório, quando mal humorado me atirava uma carta amolante sobre a escrivaninha.

Refleti um momento, se devia levantar-me.

Ah! Tudo não passa de cisma, disse-me resoluta. Não é senão produto de minha fantasia sobressaltada pela notícia da morte.

Virei-me, rezei alguns Pai-Nossos pelas almas, e adormeci de novo.

(continua na próxima segunda-feira.)

Fonte: Lepanto

Nota: quando li este texto arrepiei-me, como é fácil salvar a alma no Amor de Cristo, e como é fácil perder-la eternamente, fora desse Amor que em vida nos é dado gratuítamente...tantas vezes esquecemos que o inferno existe...Nossa Senhora de Fátima mostrou-o aos pastorinhos. Dizia Lúcia, as almas caiem no inferno como chuva miudinha. Que nos sirva de meditação...
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A carta que você precisa ler! Parte II

Sonhei então que me levantava de manhã às 6 horas, indo à capela da casa. Quando abri a porta do quarto, dei com o pé num maço de folhas de carta. Levantá-las, reconhecer a escrita de Âni e dar um grito, foi coisa de um segundo.

Tremendo, segurei as folhas nas mãos. Confesso que fiquei tão apavorada, que nem podia proferir o Pai-Nosso. Fiquei presa de uma quase sufocação. Nada melhor que fugir dali e ir-me para o ar livre. Arranjei malmente os cabelos, pus a carta na bolsa e saí à pressa de casa.

Fora, subi o caminho que seguiu tortuoso para cima, por entre oliveiras, loureiros e quintas de vilas, e para além da mundialmente célebre estrada “Gardesana



Faça uma prece por seus familiares. Acenda a Vela das Graças.

A manhã despontava radiante. Nos outros dias eu parava a cada cem passos, encantada pela magnífica vista que me ofereciam o lago e a magnificamente bela ilha Garda. O suavíssimo azul da água refrescava-me; e como uma criança olha admirada para o avô, assim eu olhava sempre admirada de novo o cinzento monte Baldo que se ergue na margem oposta do lago, crescendo de 64 m acima do nível do mar até 2.200 m de altura.

Hoje eu não tinha olhos para tudo isso. Depois de caminhado um quarto de hora, deixei-me cair maquinalmente sobre um banco encostado em dois ciprestes, onde, no dia anterior, eu tinha lido prazerosamente “A donzela Teresa”. Pela primeira vez eu via nos ciprestes símbolos da morte, coisa que neles nunca reparava no Sul, onde tão freqüentemente se encontram.

Peguei a carta. Faltava-lhe a assinatura. Sem a mínima dúvida era a escrita de Âni. Nem mesmo faltavam nela a grande “S”-voluta, nem o “T” francês, a que se havia acostumado no escritório para irritar o Sr. G.

O estilo não era o dela. Pelo menos não falava como de costume. Sabia ela tão amavelmente conversar e rir com seus olhos azuis e seu gracioso nariz.

Somente quando discutíamos assuntos religiosos é que ela se tornava mordaz e caía no rude tom da carta. (Eu própria entrei agora na excitada cadência da mesma).

Eis aí…

A CARTA DO ALÉM DE ANI, V.,

Palavra por palavra, tal qual a li no sonho:

“Clara! Não rezes por mim. Sou condenada. Se te comunico isso e se a respeito de algumas circunstâncias da minha condenação te dou pormenorizadas informações, não creias que eu o faça por amizade. Aqui não amamos a ninguém mais. Faço-o, como “Parcela daquele Poder que sempre quer o Mal e sempre produz o Bem”.

Em verdade, eu queria também ver-te aqui, onde eu para sempre vim parar. [S. Tomas de Aquino, Summa Theológica (S. Th.) Supplementum (Suppl.) q. 98, a. 4: "Os réprobos querem que todos os bons sejam condenados".]

Não estranhes esta minha intenção. Aqui pensamos todos da mesma forma. A nossa vontade está petrificada no mal – no que vós chamais “mal”. Mesmo quando fazemos algo de “bem”, como eu agora, descerrando-te os olhos sobre o Inferno, não o fazemos com boa intenção.[S. Th. Suppl. q. 98, a. 1: "Neles o autodeterminado querer é sempre de todo perverso".]

continua na quarta-feira…
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A carta que você precisa ler! Parte III

Irmã Clara, uma serva fiel de Nossa Senhora e de Nosso Senhor Jesus Cristo, sonhou que uma amiga sua, falecida, havia lhe escrito uma carta póstuma, diretamente de sua nova morada eterna: O INFERNO!

Leia a continuação a seguir e logo após reze um terço pelas almas das pessoas que ainda não tem o gozo de estar na presença de Deus. Aproveite e envie uma vela para que esta pessoa saiba o quanto você se importa com ela.
embra-te ainda:
Fez 4 anos que nos conhecemos, em M. Tinhas 23 anos e já trabalhavas no escritório havia meio ano, quando lá entrei.

Tiravas-me bastante vezes de embaraços; davas-me a mim, principalmente, freqüentes bons avisos. Mas que é que se chama “bom”!

Eu louvava, então tua “caridade”. Ridículo… Tuas ajudas provinham de pura ostentação, como, aliás, eu já suspeitava.

Nós aqui não reconhecemos bem algum em ninguém!

Conheceste minha mocidade. Cumpre preencher, aqui, certas lacunas.

* * *

Conforme o plano de meus pais, eu não devia nunca haver existido. Aconteceu-lhes um descuido, a desgraça da minha concepção.

Minhas duas irmãs já tinham 15 e 14 anos, quando eu vim à luz.

Oxalá nunca eu tivesse nascido! Oxalá pudesse eu agora aniquilar-me, fugir a esses tormentos! Não há volúpia comparável à de acabar minha existência, como se reduz a cinzas um vestido, sem mesmo deixar vestígios.[S. Th. Suppl. q. 98, a. 3, r. ib. ad 3: "Enquanto a inexistência liberta de uma vida de terríveis castigos, seria ela para os condenados um bem maior do que sua miserável existência... Assim desejam a não existência."] Mas é preciso que eu exista; é preciso que eu seja tal como eu me tenho feito: com a falha total da finalidade da minha existência.

Quando meus pais, ainda solteiros, mudaram-se da roça para a cidade, perderam o contato com a Igreja.

Assim era melhor.

Mantinham relações com pessoas desligadas da religião. Conheceram-se num baile e viram-se “obrigados” a casar meio ano depois.

No acto do casamento pegaram neles só algumas gotas de água benta, suficientes apenas para atrair mamãe à missa domingueira raríssimas vezes por ano.

Nunca ela me ensinava a rezar direito. Esgotava-se nos cuidados de cada dia, ainda que a nossa situação não fosse ruim.



Manifestações de fé como a que acontece anualmente no Santuário de Fátima, deixam os demônios furiosos. Rezemos sempre, assim nós os enfraquecemos Semelhantes palavras como rezar, missa, água benta, igreja, só escrevo com íntima repugnância, com incomparável nojo. Detesto profundamente os freqüentadores de igreja, assim como todos os homens e coisas em geral.

Tudo se nos torna tormento. Cada conhecimento recebido ao falecer, cada lembrança da vida e do que sabemos, se transforma numa flama incandescente.[S. Th. Suppl. q. 98, a. 7, r.: "Nada há nos réprobos, que não lhes seja matéria e causa de tristeza... Assim dirigindo sua atenção sobre coisas conhecidas".]

E todas essas lembranças nos mostram aquele medonho lado que fora uma graça que desprezamos. Como isso atormenta! Não comemos, não dormimos, nem andamos com as pernas. Espiritualmente acorrentados, nós réprobos, fitamos estarrecidos a nossa vida falhada, uivando e rangendo os dentes, atormentados e cheios de ódio.

Ouves tu? Bebemos aqui ódio como água. Odiamo-nos mutuamente.[S. Th. Suppl. q. 98, a. 4, r.: "Nos réprobos domina um ódio total".]

Mais do que tudo, odiamos a Deus. Procuro tornar-te isso compreensível.

Os bem aventurados no Céu devem amá-Lo. Porque O vêem desveladamente em Sua arrebatadora beleza. Isso torna-os indescritivelmente felizes. Sabemos isso e é esse conhecimento que nos torna furiosos.[S. Th. Suppl. q. 98, a. 9, r.: “Ante o dia do juízo universal sabem os réprobos que os bem aventurados se encontram numa inefável glória.”

continua na próxima sexta-feira…
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A carta que você precisa ler! Parte IV



A Carta do além é um alerta a todos nós, para sermos verdadeiramente cristãos e católicos que seguem os Santos Ensinamentos Católicos.

Os condenados odeiam a Nosso Senhor porque no momento que tiveram a oportunidade de amá-Lo como Senhor de suas vidas. Os homens, na terra, que conhecem Deus pela criação e revelação podem amá-Lo; não são forçados a fazê-lo.

O crente – furiosa eu te digo aqui – que contempla, meditando, cristo estendido na cruz, O amará.

Mas a alma de quem Deus se acerca, fulminante, como vingador e justiceiro, como Quem foi repelido, essa O odeia, como nós O odiamos.[S. Th. Suppl. q. 98, a. 8, ad 1, ib. ad 5, r.: "Os réprobos só enxergam em Deus o castigador e impedidor (do mal, que desejam ainda fazer). Mas como só O enxergam no castigo, efeito da sua justiça, odeiam-nO".] Odeia-O com toda a força de sua má vontade. Odeia-O eternamente. Em virtude da deliberada resolução de ficar afastada de Deus, com que terminou a vida terrena. E essa perversa vontade, não podemos revogá-la mais, nem jamais quereremos revogá-la.

Compreendes tu agora por que o Inferno há de ser eterno? Porque a nossa obstinação nunca derrete, nunca termina.

Forçada acrescento que Deus é propriamente ainda misericordioso para conosco. Disse “forçada”. A razão é esta: ainda que voluntariamente escreva esta carta, não me é possível mentir, como eu bem queria. Assento no papel muitas informações contrariamente à minha vontade. Também a corrente de injúrias que queria despejar, tenho de reengolí-la.

Deus era misericordioso para conosco pelo que não deixou a nossa vontade produzir e efetivar na Terra todo o mal que desejávamos fazer. Se Ele nos tivesse deixado a esmo, teríamos aumentado muito a nossa culpa e castigo. Deixou-nos morrer prematuramente – como a mim – ou introduziu circunstâncias atenuantes.

Agora Ele se nos torna misericordioso por que não nos obriga a nos aproximar Dele, porém a ficarmos neste lugar distante do Inferno, diminuindo-nos o tormento.[S. Th. I, q. 21, a. ad. 1.: "Na condenação dos réprobos aparece a misericórdia de Deus... , no que os castiga menos do que merecem". - Em outro lugar nota o santo doutor da Igreja, que isso é o caso sobretudo com os que neste Mundo eram misericordiosos para com os outros (S. Th. Suppl. q. 99, a. 5, ad 1.)]

Cada passo mais perto de Deus dar-me-ia maior sofrimento do que a ti um passo mais perto de uma fogueira.

Ficaste espantada um dia quando te contei, em passeio, o que meu pai me dissera alguns dias antes da minha primeira comunhão: “Cuida, Anita, que ganhes bonito vestido; o mais não passa de burla”.

Quase me teria mesmo envergonhado do teu espanto. Agora rio-me disso. O mais bem feito, em toda essa burla, era permitir-se a comunhão apenas aos 12 anos. Eu já estava, então, assaz possuída do prazer do mundo, que postergava facilmente tudo quanto era religião, e não levei a comunhão a sério.

O novo costume de deixar as crianças receberem a comunhão aos 7 anos põe-nos furiosos. Envidamos todos os meios para burlar isso, fazendo crer que para comungar cumpre haver compreensão. É preciso que as crianças já tenham cometido antes alguns pecados mortais. O “branco” Deus será menos prejudicial, então, do que recebido quando a fé, a esperança e o amor, frutos do batismo – escarro sobre tudo isso – ainda estão vivos no coração da criança.

Lembras-te que já sustentei esse mesmo ponto de vista na Terra?

Torno a meu pai. Ele brigava muito com minha mãe. Raras vezes te frisei isso: tinha vergonha. Ah! que é vergonha? Coisa ridícula! A nós tudo nos é indiferente.

Meus pais não dormiam mais no mesmo quarto. Eu dormia com minha mãe, papai no quarto ao nosso lado, aonde podia voltar a qualquer hora da noite. Ele bebia muito e gastou a nossa fortuna. Minhas irmãs estavam empregadas e precisavam do seu próprio dinheiro, como diziam. Mamãe começou a trabalhar. No último ano de sua amargurada vida, papai batia em mamãe muitas vezes, quando não lhe queria dar dinheiro. Para mim ele era sempre bonzinho. Um dia, contei-te isso e ficastes escandalizada sobre o meu capricho – e de que não te escandalizastes em mim? – um dia, pois, devolveu duas vezes sapatos novos, porque a forma dos saltos não me era bastante moderna.[Os assinalados traços sobre o pai de Âni e as ocorrências subsequentes são

continua no próximo domingo…
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A carta que você precisa ler! Parte V

Aos poucos, Clara vai descobrindo o quão amarga e sem fé era a vida de sua amiga Ani. E agora o futuro reservou a ela apenas sofrimento e ódio.

Vamos acender uma vela para que possamos sempre andar de acordo com os Santos Ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo, obedecendo-O como Sua Mãe, A Santíssima Virgem Maria, nos pediu.

na noite em que uma apoplexia vitimou meu pai mortalmente, aconteceu algo que nunca te confiei, por temer desagradável interpretação de tua parte. Hoje, porém, deves sabê0lo. Esse fato é memorável, porque foi pela primeira vez que o meu atual espírito carrasco se acercou de mim.

Eu dormia no quarto de minha mãe. Suas respirações regulares denotavam seu profundo sono.

De repente ouvi chamar meu nome. Uma voz desconhecida murmurou: “Que acontecerá, se teu pai morrer?”

Eu não amava mais meu pai, desde que ele começara a maltratar minha mãe. Já não amava propriamente ninguém: só me prendia a alguns que eram bons para mim. – Amor sem intuito natural existe quase só nas almas que vivem em estado de graça. Nele eu não vivia.

Respondia assim ao misterioso interlocutor: “Com certeza ele não morre”.

Após breve intervalo, ouvi a mesma bem compreendida pergunta sem me incomodar de saber, de onde provinha.

“Qual o que! Ele não está morrendo” escapou-me casmurra.

Pela terceira vez fui interrogada: “Que acontecerá se teu pai morrer?”

De relance me surgiu no espírito como meu pai freqüentes vezes voltava para casa meio bêbado, ralhando e brigando com mamãe e quanto ele nos envergonhava perante os vizinhos e conhecidos!

Gritei, então embirrada: “Pois não, é quanto merece! Que morra!”

Depois, ficou tudo quedo.

Na manhã seguinte, quando mamãe foi para arrumar o quarto de papai, encontrou a porta fechada. Ao meio dia abriram-na à força. Papai encontrava-se meio vestido em cima da cama – morto, um cadáver. Ao procurar cerveja na adega, deve se ter resfriado. Desde muito, estava adoentado. – (Será que Deus fez depender da vontade de uma criança, a quem o homem demonstrava bondade, o conceder-lhe mais tempo e ocasião para se converter?)

* * *

Marta K. e tu me fizestes ingressar na associação das moças. Nunca te escondi que achava as instruções das duas diretoras, duas senhoras X., assaz vigaristas. Achava os jogos bastante divertidos. Conforme sabes, cheguei, em breve, a sustentar nele papel preponderante. Isso era o que me lisonjeava. Também as excursões me agradavam. Deixei-me até levar algumas vezes a confessar-me e comungar. Propriamente não tinha nada para confessar. Pensamentos e sentimentos comigo não entravam em conta. Para coisas piores eu não estava madura ainda.

Admoestaste-me um dia: “Âni, se não rezares mais, perder-te-ás”. Eu rezava realmente muito pouco; e também só contrariada, de má vontade.

Tinhas tu, sem dúvida, razão. Todos os que no Inferno ardem, não rezaram, ou não rezaram bastante. A oração é o primeiro passo para Deus. Sempre decisivo. Mormente a oração para aquela que é a mãe do Cristo, cujo nome não nos é lícito pronunciar. A devoção a Ela arranca ao demônio inúmeras almas, que os pecados lhe teriam infalivelmente atirado às mãos.

Furiosa continuo – por ser forçada: rezar é o mais fácil que se pode fazer na Terra. Justamente a essa facilidade Deus ligou a salvação.

A quem reza coma assiduidade, Deus dá, paulatinamente, tanta luz e fortalece-o tanto que o mais afogado bode de pecador se pode definitivamente levantar pela oração, ainda que esteja submerso na lama até ao pescoço.

Nos últimos anos da vida eu deveras não rezava mais e assim me privava das graças, sem as quais ninguém se pode salvar.

Aqui não recebemos mais graça alguma. Mesmo que a recebêssemos, com escárnio a rejeitaríamos. Todas as vacilações da existência terrestre acabaram no além

Continua na póxima quarta-feira…

Primeira Parte

Segunda Parte

Terceira Parte

Quarta Parte

Quinta Parte
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A carta que você precisa ler! Parte VI


Ani, vai descrevendo a irmã Clara as vãs tentativas que a boa amiga amiga fez para sua conversão, mas com o coração endurecido, ela só rejeitava.

Continue a ler a Carta do Além, repasse para seus amigos e familiares e os alertem sobre os horrores de uma vida sem Deus.

Virar as costas para Deus, é renegar todo sacrifício de Seu Filho na Cruz. Acenda uma vela pela reparação de seus pecados no Oratório da Medalha Milagrosa

Na vida terrena pode o homem passar do estado de pecado para o estado de graça. Da graça pode cair no pecado. Freqüentes vezes caí por fraqueza; raramente por maldade. Com a morte, terminou essa inconstância do sim e do não, caindo e levantando-se. Pela morte, cada um entra no estado final, fixo e inalterável

À medida que avança a idade, tornam-se menores os saltos. É verdade que, até à morte, a gente se pode converter a Deus ou virar-Lhe as costas. No morrer se decide o homem, entretanto, com as últimas tremuras da vontade, maquinalmente, tal como se acostumara na vida.

Bom ou mau hábito tornou-se uma segunda natureza. Esta o arrasta no derradeiro momento. Assim também arrastou à mim. Anos inteiros eu vivera afastada de Deus. Consequentemente, decidi-me no último chamamento da graça, contra Deus. Não que o haver pecado muitas vezes me fosse uma fatalidade, mas porque eu não me queria mais levantar.

Repetidas vezes me admoestaste a assistir à pregação e a ler livros devotos. Eu escusava-me regularmente com a falta de tempo. Havia eu de aumentar ainda mais a minha incerteza íntima?

Cumpre-me aliás afirmar: Quando cheguei a esse ponto crítico, pouco antes da minha saída da associação das moças, ter-me-ia sido muito difícil enveredar por outro caminho. Sentia-me insegura e infeliz. Diante da minha conversão, levantou-se um paredão. Deves tê-lo desapercebido. Tu o tinhas imaginado tão fácil, quando uma vez me disseste: “Faça, pois, uma boa confissão, Âni, e tudo ficará bem”.

Eu suspeitava que assim fosse. Mas o mundo, o demónio e a carne já me seguravam nas suas garras.

Na atuação do demônio eu não acreditava nunca. Agora atesto que, a pessoas como eu então era, o demónio influencia poderosamente.[A influência dos maus espíritos encerra-se nos apelidos "demónio" ou "diabo". Como comprovação da sua existência bastam dois textos da S. Escritura: "Irmãos, sede sóbrios e vigiai! Vosso inimigo, o demónio, anda por aí como um leão rugindo e procurando a quem puder devorar". (1 Petr. 5, 8). O rugir não se refere ao que satanás faz muito alarme com as suas tentações, porém à avidez com que ele nos procura perder. - S. Paulo escreve aos Efésios (*, 12): "Ponde a armadura de Deus, para que possais resistir às astúcias do demónio. Nossa luta não é contra carne e sangue (homens), porém contra os poderes dos tenebrosos dominadores deste Mundo e contra os maus espíritos dos ares."]

Só muitas orações alheias e as minhas próprias, juntamente com sacrifícios e sofrimentos, teriam conseguido arrancar-me dele.

E isso deveras só paulatinamente. Poucos possessos. O demónio não pode tirar o livre arbítrio àqueles que se entregam à sua influência. Contudo, como castigo de sua apostasia quase total de Deus, Este permite que o “Mau” neles se aninhe.

Odeio também o demónio. Todavia gosto dele, porque ele procura perder-vos: ele e seus auxiliares, os anjos caídos com ele desde os princípios do tempo. Há miríades. Vagueiam pela terra inúmeros como enxames de moscas, sem que sejam suspeitados.[S. Th. Suppl. q. 98, a. 6, ad 2: "Não é tarefa dos homens condenados, perderem e tentarem outros, porém dos demónios."]

A nós homens réprobos não nos incumbe de vos tentar; isso cabe aos espíritos caídos.

Aumentam, sim, ainda mais os seus tormentos toda vez que arrastam uma alma humana ao Inferno. Mas de que não é capaz o ódio![S. Th, q. 98, a. 4, ad 3: "O crescente número dos réprobos aumenta ainda os sofrimentos de todos. Mas são de tal modo cheios de ódio e inveja, que antes querem sofrer mais com muitos, do que menos sozinhos."]

A comunhão da Igreja nos deixa mais perto de Deus e assim, longe das tentações do demónio.

Ainda que eu andasse por veredas tortuosas, Deus me procurava. Eu preparava o caminho à graça, por serviços de caridade natural, que por inclinação de minha índole, não raras vezes prestava.

Às vezes atraía-me Deus para uma Igreja. Lá eu sentia certa nostalgia. Quando cuidava da minha mãe doente, apesar do meu trabalho no escritório durante o dia, e sacrificava-me realmente um tanto, actuavam sobre mim poderosamente essas atrações de Deus.

Uma vez – foi na capela do hospital, aonde me levaste no tempo livre de meio dia – fiquei tão impressionada, que me encontrei a um passo apenas da minha conversão. Eu chorava.

Em seguida, porém, vinha o prazer do mundo derramar-se, como uma torrente, por sobre a graça. Os espinhos aforaram o trigo. Com a explicação de que religião é sentimentalismo conforme sempre se dizia no escritório, lancei também essa graça, como outras, debaixo da mesa.

Repreendestes-me um dia que, em vez de genuflexão, fiz numa igreja uma ligeira inclinação da cabeça. Tomaste isso como preguiça e não parecias suspeitar de que, já então, não acreditava mais na presença de Cristo no Sacramento. Agora creio nela, porém só naturalmente, como se acredita em tempestade, cujos sinais e efeitos se percebem.

Nesse ínterim, havia-me arranjado, eu própria, uma religião. Agradou-me a opinião generalizada no escritório, de que, após a morte, a alma voltaria para este Mundo em outro ser e passaria por outros e mais outros seres, numa sucessão sem fim.

Com isso liquidei o angustiante problema do além e imaginava tê-lo tornado inofensivo.

Por que não me lembraste a parábola do gozador rico e do pobre Lázaro, em que o narrador, Cristo, imediatamente após a morte, mandou um para o Inferno, o outro para o Paraíso? Mas o que terias conseguido? Nada mais do que com tuas demais palavras beatas.

continua na sexta-feira…

Primeira Parte

Segunda Parte

Terceira Parte

Quarta Parte

Quinta Parte

Sexta Parte
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A carta que você precisa ler – Parte VII



Nesta parte, a alma condenada de Ani, conta a irmã Clara como se afastou totalmente de Deus. E este afastamento aconteceu quando ela começou a “adorar” mais o namorado e futuro marido, do que a Deus. Muitas mulheres esquecem de Deus quando se encontram apaixonadas, deixam de ir às Missas, de rezar e estar sempre em comunhão com a Santíssima Trindade e Nossa Senhora

Ani fez de seu marido o deus para venerar. Vamos rezar pelos casais que se esquecem de Deus, deixam de ir à Missa e de comungar. Aos poucos eu própria arranjei um deus: bem privilegiado para se chamar deus; a mim bastante longe para não me obrigar a relações com ele; assaz confuso, para se transformar, à vontade e sem mudar de religião, num deus panteístico ou até tornar-me orgulhosa deísta.

Esse “deus” não tinha um céu para me galhardear nem inferno para ame amedrontar-me. Deixei-o em paz. Nisso consistia a minha adoração a ele.

No que se ama, acredita-se facilmente. No curso dos anos tinha-me eu assaz persuadido da minha religião. Vivia-se bem com ela, sem que ela me incomodasse.

Só uma coisa lhe teria quebrado a nuca: uma dor profunda, prolongada. Mas este sofrimento não veio. Compreende agora: “A quem Deus ama, Ele castiga!”

Era um dia de estio, em julho, quando a associação das moças organizava uma excursão para A. Gostava eu sim das excursões. Mas não das beatarias anexas!

Outra imagem, diferente da de Nossa Senhora das Graças de A., estava, desde pouco, no altar do meu coração. O grã-fino Max N. do armazém ao lado. Pouco antes conversáramos divertidamente algumas vezes. Convidara-me, nessa ocasião, para fazermos uma excursão naquele mesmo domingo. A outra com que costumava andar, estava no hospital.

Reparara, sim, que eu tinha deitado um olhar sobre ele. Mas eu não pensava ainda em casar-me com ele. Era afortunado, porém amável demais para com muitas e quaisquer mocinhas; até então eu queria um homem que me pertencesse exclusivamente, como única mulher. Certa distância sempre me era própria. [Isso era verdade. Com toda a sua indiferença religiosa Âni tinha algo de nobre em seu ser. Espanto-me de que também pessoas "honestas" possam cair no Inferno, se são assaz desonestas para fugirem do encontro com Deus]

Nessa excursão, Max cumulou-me de todas as amabilidades. Conversações de beatas é que não tivemos, como vocês.

No outro dia, no escritório, repreendestes-me porque não vos acompanhei até A. Contei-te os meus divertimentos domingueiros.

Tua primeira pergunta era: “Estivestes na missa?” Louca! Como podia assistir à missa, desde que combinamos a saída para 6 horas! Lembras-te, ainda, que juntei excitada: “O bom deus não é tão mesquinho como os vossos padrecos?” Agora, cumpre-me confessar-te que, apesar de sua infinita bondade, Deus toma tudo mais a sério do que os padres.

Após esse primeiro passeio com Max, assisti mais uma só vez à vossa reunião. Na solenidade de Natal. Certas coisas me atraíam. Mas interiormente, já estava apartada de vocês.


Nossa Senhora, rogai pelas famílias.

Cinemas, bailes, excursões, seguiam-se. Brigávamos às vezes, Max e eu, mas eu sabia prendê-lo sempre a mim.

Mui desagradável me foi a rival que, de volta do hospital, se comportava furiosamente. Propriamente a meu favor. Minha calma distinta causou grande impressão a Max e obrigou-lhe, afinal, a decisão de me preferir.

Eu sabia denegri-la, rebaixá-la. Falando com calma: por fora, realidades objetivas; por dentro, atirando peçonha. Semelhante sentimentos e insinuações conduzem rapidamente ao Inferno. São diabólicos, no verdadeiro sentido da palavra.

Por que te conto isso? Para constar como fiquei definitivamente livre de Deus.

Para esse afastamento não foi preciso que eu chegasse com Max muitas vezes às últimas familiaridades. Compreendi que me rebaixaria aos seus olhos, se me deixasse esvaziar antes do tempo. Por isso me retinha, vedava.

Realmente estava eu sempre pronta para tudo que achava útil. Cumpria-me conquistar Max. Para isso nada achava caro de mais. Amamo-nos aos poucos, pois que ambos possuíamos valiosas qualidades que podíamos apreciar mutuamente. Fui talentosa e tornei-me hábil e conversadora. Cheguei, assim, a prender Max nas mãos, segura de que o possuía sozinha, pelo menos nos últimos meses antes do casamento.

Isso consistia minha apostasia de Deus, em fazer de uma criatura o meu deus. Em coisa alguma pode isso realizar-se tão plenamente como entre pessoas de diferentes sexo, se o amor se afoga na matéria. Isso torna-se seu encanto, seu aguilhão e seu veneno. A “adoração” que eu me prestava em Max, tornou-se-me uma religião vivida..

continua no próximo domingo
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A carta que você precisa ler – Parte VIII

Era no tempo quando, no escritório, tão virulentamente eu caia em cima das corridas igreja, dos padrecos, do murmurejar de rosário e das demais bugigangas.

Empenhaste-te, mais ou menos inteligentemente, em proteger tudo isso; aparentemente sem suspeitares de que para mim, em última análise, não se tratava dessas coisas, mas propriamente de ponto de apoio contra minha consciência que eu estava procurando – dele eu precisava ainda – para justificar racionalmente a minha apostasia.

No fundo eu vivia revoltada contra Deus. Tu não percebias isso. Sempre me consideravas ainda católica. Como tal, queria eu também ser chamada; até mesmo pagava a contribuição para a igreja. Certa “ressalva” não me podia fazer mal, pensava eu.

Por mais certas que às vezes fossem tuas respostas, de mim ressaltavam, porque tu não devias ter razão. Em face dessas nossas relações entrecortadas a dor da nossa separação era pequena, quando meu casamento nos distanciou.

Antes do meu casamento, confessei-me e comunguei mais essa vez. Era uma formalidade. Meu homem pensava como eu. De resto, por que não haveríamos de satisfazê-la? Cumprimo-la como qualquer outra formalidade.

Enquanto muitos dedicam horas em prazeres efêmeros, nosso maior prazer, como devotos de Fátima, é passar bons momentos rezando à Mãe do Divino amor Vós o chamais “indigno”. Após aquela “indigna” comunhão eu tinha mais sossego de consciência. Era essa a última.

Nossa vida matrimonial decorria, em geral, em boa harmonia. Em quase todos os pontos tínhamos a mesma opinião. Também nisso: não nos queríamos impor o encargo de filhos. No fundo, meu marido desejava ter um – naturalmente não mais. Eu soube arrancar-lhe, finalmente, essa idéia. Eu gostava mais de vestidos e mobílias finas, de tertúlias de chá, de passeios de automóvel e de semelhantes divertimentos.

Era um ano de prazeres terrenos entre o casamento e minha repentina morte.

Cada domingo passeávamos de automóvel ou visitávamos parentes de meu esposo. (De minha mãe eu me envergonhava então). Esses nadavam bem como nós, na superfície da existência.

Interiormente, porém, nunca me sentia deveras feliz. Algo roía-me sempre na alma. Eu desejava que pela morte, a qual sem dúvida havia de demorar muito tempo ainda, tudo acabasse.

Mas é como em criança eu ouvira uma vez falar, em sermão, que Deus recompensa já neste Mundo o bem que alguém pratica. Se não pode recompensá-lo no outro mundo, fá-lo na Terra.

Sem o esperar, recebi uma herança (da tia Lote). Meu marido teve a sorte de ver o seu salário consideravelmente aumentado. Assim pude instalar mimosamente a nossa casa nova.

Minha religião estava às últimas, como um vislumbre do ocaso no firmamento longínquo. Os bares e cafés da cidade e os restaurantes por onde passávamos nas viagens, não nos aproximaram de Deus.

Todos os que lá freqüentavam, vivam como nós: de fora para dentro, não de dentro para fora.

Visitando uma célebre catedral, nas viagens de férias, procurávamos deleitar-nos com o valor artístico das obras primas. O sopro religioso que irradiavam, mormente as da Idade Média, eu sabia neutralizá-lo, escandalizando-me em qualquer circunstâncias da visita. Assim, a um irmão leigo que nos conduzia, eu criticava o estar um tanto sujo e desajeitado; criticava o comércio de piedosos monges que fabricavam e vendiam licor; criticava as eternas badaladas dos sinos chamando para igrejas, onde se trata apenas de dinheiro.

Assim eu conseguia afastar de mim a graça, cada vez que me batia à porta.

Mormente deixava meu mau humor derramar-se livremente sobre tudo que tratava de antigas representações do Inferno em livros, cemitérios e outros lugares, onde se viam os demónios fritarem as almas em fogo vermelho ou amarelo, e seus sócios, de cauda comprida, trazerem-lhes mais e mais vítimas.

Clara, o Inferno pode ser mal desenhado, porém nunca ser exagerado.

Nota: termino aqui a publicação desta carta, não só porque ocupa grande extenção do blog, mas também porque o essencial está dito. Devo referir que esta carta me incomodou e me fez pensar muito. Afinal o que andamos nós aqui a fazer na terra? Deus criou o homem, dotou-o de livre arbítrio para decidir de per si, e ainda nos ofereceu o Seu Filho que nos abriu as portas do Céu. Não desperdicemos o que nos foi dado de bandeja. Que nos sirva de lição e meditação, como uma alma se pode perder para a eternidade. Habitualmente não se fala muito no inferno, mas que ele existe, existe. Cabe-nos a nós escolher o caminho, depois já não há volta a dar...
Que Deus por Sua infinita bondade tenha piedade de nós para que possamos sempre subir e não descer, e que quando cairmos tenhamos a hulmidade suficiente para dizer: Senhor pequei ajuda-me a levantar.

Primeira Parte

Segunda Parte

Terceira Parte

Quarta Parte

Quinta Parte

Sexta Parte

Sétima Parte

Oitava Parte

Fonte: Lepanto

sexta-feira, 30 de julho de 2010

O SILÊNCIO DE CRISTO


Uma antiga lenda norueguesa narra este episódio sobre um homem chamado Haakon, que cuidava de uma ermida à qual muita gente vinha orar com devoção.
Nesta ermida havia uma cruz muito antiga, e muitos vinham ali para pedir a Cristo que fizesse algum milagre.
Certo dia, o eremita Haakon quis também pedir-lhe um favor. Impulsionava-o um sentimento generoso.
Ajoelhou-se diante da cruz e disse:
- Senhor, quero padecer por Vós. Deixai-me ocupar o vosso lugar. Quero substituir-Vos na Cruz.
E permaneceu com o olhar pendente da cruz, como quem espera uma resposta.
O Senhor abriu os lábios e falou. As suas palavras caíam do alto, sussurrantes e admoestadoras:
- Meu servo, cedo ao teu desejo, mas com uma condição.
- Qual é, Senhor?, perguntou com acento suplicante Haakon.
É uma condição difícil? Estou disposto a cumpri-la com a tua ajuda!
- Escuta-me: Aconteça o que acontecer, e vejas tu o que vires, deves guardar sempre o silêncio.
Haakon respondeu:
- Prometo-o, Senhor!
E fizeram a troca sem que ninguém o percebesse.
Ninguém reconheceu o eremita pendente da cruz; e o Senhor, ocupava o lugar de Haakon.
Durante muito tempo, este conseguiu cumprir o seu compromisso e não disse nada a ninguém.
Certo dia, porém, chegou um rico.
Depois de orar, deixou ali esquecida a sua bolsa. Haakon viu, mas calou.
Também não disse nada quando um pobre, que veio duas horas mais tarde, se apropriou da bolsa do rico.
E também quando um rapaz se prostrou diante dele pouco depois para lhe pedir uma graça antes de empreender uma longa viagem.
Nesse momento, porém, o rico voltou à procura da bolsa.
Como não a encontrasse, pensou que o rapaz se teria apropriado dela; voltou-se para ele e interpelou-o com raiva:
- Dá-me a bolsa que me roubaste!
O jovem, surpreso, replicou-lhe:
- Não roubei nenhuma bolsa!
- Não mintas; devolve-ma já!
- Repito que não apanhei nenhuma bolsa!
O rico arremeteu furioso contra ele.
Soou então uma voz forte:
- Pára!
O rico olhou para cima e viu que a imagem lhe falava. Haakon, que não conseguiu permanecer em silêncio diante daquela injustiça, gritou-lhe, defendeu o jovem e censurou o rico pela falsa acusação.
Este ficou aniquilado e saiu da ermida. E o jovem saiu também porque tinha pressa para empreender a sua viagem.
Quando a ermida ficou vazia, Cristo dirigiu-se ao seu servo e disse-lhe:
- Desce da Cruz. Não serves para ocupar o meu lugar. Não soubeste guardar silêncio.
- Mas, Senhor, como podia eu permitir esta injustiça?
Trocaram de lugar. Cristo voltou a ocupar a cruz e o eremita permaneceu diante dela.
O Senhor continuou a falar-lhe:
- Tu não sabias que era conveniente para o rico perder a bolsa, pois trazia nela o preço da virgindade de uma jovem.
O pobre, pelo contrário, tinha necessidade deste dinheiro; quanto ao rapaz que ia receber os golpes, as suas feridas o teriam Impedido de fazer a viagem que, para ele, foi fatal: há minutos atrás o seu barco acaba de soçobrar e ele afogou-se.
Tu também não sabias isto; mas Eu sim. E por isso calo-me.
E o Senhor tornou a guardar silêncio.

Muitas vezes perguntamos por que é que Deus não nos responde. Por que é que Deus se cala?
Muitos de nós gostaríamos que nos respondesse o que desejamos ouvir, mas Ele não o faz: responde-nos com o silêncio. Deveríamos aprender a escutar esse silêncio.
O Divino Silêncio é uma palavra destinada a convencer-nos de que Ele, sim, sabe o que faz.
Com o seu silêncio, diz-nos carinhosamente: "Confia em mim, Eu sei o que é preciso faze
Fonte: JAM

quinta-feira, 29 de julho de 2010

A vocação de Nossa Senhora


Nossa Senhora, rogai por nós! Acenda sua Vela das Graças e faça suas preces à Santíssima Virgem Sendo isenta do pecado original, a inteligência de Nossa Senhora não sofria as debilidades e confusões a que nós estamos sujeitos. Com lógica impecável, ela relacionava imediatamente os fatos, tirava as conclusões acertadas, previa as possibilidades.

É óbvio que Ela mesma notaria a abundância de qualidades com que Deus a tinha dotado, e que tais qualidades pressupunham uma vocação especialíssima. Mas qual era essa vocação?

Hoje, todos nós católicos sabemos pela Fé que a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade se encarnou, pertenceu à Sagrada Família e trabalhou, pois quis nos servir de exemplo como Homem-Deus. Naquela época, porém, as pessoas tinham conhecimento apenas de que surgiria um Redentor da humanidade, mas não conheciam os detalhes. Eram questões que os doutores debatiam. Nossa Senhora formularia para si também essas perguntas, mas devido à sua humildade, evitava sonhos de grandeza.

Todas as mulheres de Israel desejavam ter como filho ou descendente o Salvador que viria. Nada mais natural. E por isso a instituição do matrimônio era apreciada num grau muito elevado. Não obstante, mesmo no mundo antigo a idéia de dedicar a virgindade ao serviço de Deus tinha seu papel.

Segundo uma bela tradição, Nossa Senhora teria feito voto de virgindade desde a mais tenra idade. Sua inteligência, em nada debilitada, pois não fora atingida pelo pecado original, mostrar-lhe-ia que a virgindade era sumamente agradável a Deus, e graças especiais a levaram a dar tal passo.

A Tradição católica nos mostra Nossa Senhora, desde menina, servindo a Deus no Templo de Jerusalém. Mas tendo morrido seus santos pais, São Joaquim e Sant´Ana, Ela ficou sob a proteção do Sumo Sacerdote do Templo, como ocorria com as órfãs que ali serviam. Em determinado momento esse sacerdote decidiu que, tendo chegado a idade requerida, Nossa Senhora deveria casar-se.

Perplexidade da Virgem Santíssima
Apesar de seu voto de castidade, Nossa Senhora se sujeitou a vontade Suprema de Deus, pois era ciente de sua santa vocação A Tradição católica nos mostra Nossa Senhora, desde menina, servindo a Deus no Templo de Jerusalém
E aqui temos um exemplo típico de perplexidade na vida espiritual. Por um lado Nossa Senhora havia feito voto de virgindade a Deus, para agradar o Altíssimo.
Contudo, o Sacerdote que tinha sobre Ela a legítima autoridade, e que representava nesta Terra a voz de Deus, por meio da obediência ordenava-lhe algo contrário à virgindade, pois justamente o fim primordial do matrimônio é ter filhos e educá-los. De um lado, uma certeza moral firmíssima: a virgindade; de outro, um fato concreto evidente: a obediência. Aparentemente eles se contrapunham.
E sabemos que Nossa Senhora aceitou o fato concreto, na certeza de que Deus, na sua infinita sabedoria, proveria. Era um fato claro e concreto: a voz da autoridade mandava que ela se casasse. Diante disso Ela se submeteu, confiando que Deus a preservaria.
A História revelou a sapiencialidade dessa decisão. Constatamos hoje que, para o Menino-Deus, embora nascendo de uma Virgem, era altamente conveniente que tivesse a ampará-lo uma família normal, cujos pais eram ligados pelo vínculo matrimonial. E para a própria reputação da Virgem Maria, naquele tempo isto era necessário, até que se revelasse ao mundo todo a maravilha de uma Virgem-Mãe.
Certamente houve na vida da Santíssima Virgem outros momentos em que ela não compreendeu as ordens de Deus, que pareceriam ter um sentido contrário àquilo que a graça colocava em sua alma. Como no episódio da perda do Menino Jesus no Templo. São os misteriosos caminhos da cruz, pelos quais passam pessoas dotadas de vocações especiais.
Esta é, pois, uma oportunidade muito adequada para pedir a proteção da Santíssima Virgem para aqueles que, nestes momentos, passam por perplexidades análogas às d’Ela. Pois Nossa Senhora saberá justamente apreciar quanto apoio espiritual necessitam os que transitam por tais caminhos da graça.

Fonte: Catolicismo

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Em breve será beatificada uma jovem de 18 anos falecida em 1990


Chiara “Luz” Badano, uma bela italiana e desportista, pertencia ao movimento dos Focolares
Bento XVI aprovou a publicação do decreto que reconhece um milagre realizado por Deus graças à intercessão desta jovem italiana, bela desportista.
É o primeiro membro do Movimento dos Folcolares, fundado por Chiara Lubich, que alcança este objectivo.
Maria Voce, presidente dos Folcolares, comenta que o reconhecimento “nos anima a acreditar na lógica do Evangelho, do grão de trigo que cai na terra, morre e produz frutos”.
“O seu exemplo luminoso ajudar-nos-á a divulgar a luz do carisma e anunciar ao mundo que Deus é Amor”.

Uma descoberta: Deus é Amor
Chiara nasceu em Sassello, no norte da Itália, no dia 29 de Outubro de 1971.
Aos nove anos tomou conhecimento do Movimento dos Focolares, ao participar com os seus pais, em Roma, da Family Fest, um encontro mundial organizado por esta realidade eclesial que teria futuramente um impacto decisivo para os três membros da família.
A jovem era extremamente activa no Movimento Gen (Geração Nova), dos Focolares, onde descobriu que Deus é Amor.

“Surpresa” dolorosa
Tinha 17 anos quando sentiu uma forte dor nas costas durante uma partida de ténis. Logo nos primeiros exames os médicos deram-se conta que se tratava de cancro nos ossos.
Com o passar do tempo, as hospitalizações tornaram-se mais frequentes e os tratamentos cada vez mais dolorosos. Depois de cada “surpresa” dolorosa, Chiara repetia: “Por ti, Jesus, se Tu queres, também eu quero!”
E uma das provas mais duras chegaria logo: Chiara não conseguia movimentar as pernas. Uma dolorosa operação não ajudou em nada. A dor era imensa. Disse a uma amiga: “Se tivesse que escolher entre caminhar e ir para o Paraíso, não teria dúvidas, escolheria o Paraíso. Agora, somente isto me interessa”.

Chiara "Luz"
A sua relação com Chiara Lubich, que a chamava “Luz” (Chiara Luce), foi-se tornando cada vez mais intensa.
Quando no verão de 1990 os médicos decidiram interromper os tratamentos, devido à irreparável enfermidade, no dia 19 de Julho, a jovem informou Chiara Lubich com as seguintes palavras: “A medicina depôs as armas. Ao interromper os tratamentos, as dores na coluna aumentaram, quase não me posso mover. Sinto-me tão pequena e o caminho que devo percorrer é tão duro... Frequentemente tenho a impressão de que sou sufocada pela dor. É o esposo que sai ao meu encontro? Sim, eu também repito contigo ‘se Tu queres, também eu quero’... Contigo estou segura de que com Ele conquistaremos o mundo!”
Chiara Libich respondeu: “Não tenhas medo, Chiara, de Lhe dizer ‘sim’, repetidamente. Ele te dará forças, tem a certeza disso. Eu também rezo por isso e sempre estou contigo. Deus ama-te intensamente e quer penetrar na intimidade da tua alma. Fazer com que experimentes gotas do céu. ‘Chiara Luz’ é o nome que pensei para ti. Gostas? É a luz do Ideal conquistado pelo mundo”.

Chiara faleceu no dia 7 de Outubro de 1990. Tinha preparado tudo: os cânticos para o seu funeral, as flores, o penteado, o vestido – branco. As últimas palavras que dirigiu à mãe, foram: “Seja feliz, eu sou!”
Quando o pai lhe perguntou se queria doar as córneas dos olhos, respondeu com um sorriso de aprovação.

A causa da beatificação foi aberta em 1990 e o milagre reconhecido deu-se na cidade italiana de Trieste.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Fátima e o exemplo de Herzegovina


Mantenha o terno olhar de Nossa Senhora presente em seu lar com a Estampa de Fátima. Saiba como clicando na imagem Assim como a estrela de Belém pairou nos céus do paganismo antigo para indicar aos Reis Magos onde se achava a salvação, assim também a mensagem de Fátima paira sobre o neopaganismo moderno, mostrando aos homens de todos os povos e nações os rumos que deverão tomar os acontecimentos humanos até o triunfo final do Imaculado Coração de Maria.

Em sua recente viagem a Fátima, na homilia que pronunciou em 13 de maio durante a Missa celebrada para 500 mil pessoas na Esplanada do Santuário, Bento XVI teve estas palavras que repercutiram mundialmente: “Possam os sete anos que nos separam do centenário das aparições apressar o anunciado triunfo do Coração Imaculado de Maria para glória da Santíssima Trindade”. Eis o triunfo que devemos desejar com todas as veras da alma.

Mas, ao predizer o triunfo da Virgem, a Mensagem de Fátima nos mostra que ele será alcançado depois de grandes sofrimentos e provações, afastando assim todo e qualquer otimismo estúpido, como o de certas pessoas que acham que a vida é fácil e a vitória se alcança sem esforço.

A fé nos mantém na certeza de que o Imaculado Coração da Virgem Santíssima vai triunfar. Quem triunfará com Ele? A fé e a lógica se unem, nesta incontestável resposta: Aqueles que nas horas amargas permanecerem fiéis; os que não dobrarem o joelho diante das máximas do neopaganismo moderno; os que preferirem a dor às alegrias vãs, a luta à acomodação fácil, a fé ao invés da adoração aos ídolos de horror e maldição que se sucedem no palco deste século.

Palavras ilustram, mas é o exemplo que arrasta, por isso reproduzo para o leitor a narração de um fato admirável, feita por Irmã Emmanuel. Eu a recebi de uma leitora entusiasta de Catolicismo, que a transcreveu da revista Crusade (maio/junho de 2004) da TFP americana. Refere-se a uma pequena cidade dos Bálcans, que durante a dominação comunista resistiu galhardamente à onda de imoralidade propagada pelos corifeus do ateísmo.

“Em nossa cidade croata de 13.000 habitantes, nunca houve divórcio. Como explicar isso? O comunismo está à nossa volta, e as pessoas sofrem cruelmente com as perseguições diárias que enfrentam. Em Herzegovina a cruz representa o maior dos amores, e o crucifixo é o tesouro de cada lar. Quando dois católicos se casam, lhes é dito: ‘Vocês acharam sua cruz. É uma cruz para ser amada, para ser carregada, uma cruz para não ser atirada de lado, mas para ser estimada com carinho’.

Durante a cerimônia, a noiva e o noivo juntam suas mãos, segurando o crucifixo, e depois osculam, não um ao outro, mas a cruz. Caso um queira abandonar o outro, não poderá fazê-lo sem abandonar Jesus Crucificado. O crucifixo é o ponto central do lar”.

Fonte: IPCO

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Maria não cessa de oferecer seu Filho


Não foi só no templo que Maria ofereceu o Filho à morte. Ofereceu-o em todos os momentos de sua vida. Ela mesma revelou a Santa Brígida que essa dor, profetizada por Simeão, só se apartou de sua alma quando de sua Assunção ao céu.

Diz-lhe por isso Eádmero: “Ó Senhora, eu não creio que pudésseis viver assim um só momento, se o próprio Deus, doador da vida, não vos tivesse confortado com sua divina virtude. Também São Boaventura fala da grande aflição que Maria experimentou precisamente neste dia, afirmando que ela “vivia morrendo a cada instante”. Pois cada instante erra assaltada pela dor da morte do seus amado Jesus, “dor mais cruel que qualquer morte”.

De que sublime grandeza é por isso o mérito que, na salvação do mundo, adquiriu Maria por meio de tão grande sacrifício!

Justamente, pois, Santo Agostinho a chama “reparadora do gênero humano”, São Epifânio, redentora dos escravos, Eádmero , renovadora do mundo perdido, são Germano, auxílio em nossa misérias, São Ambrósio, mãe de todos os fiéis, André de Creta, a mãe da própria vida.

O abade Arnold de Chartres diz que Maria na morte de Jesus uniu de tal modo sua vontade à do Filho, que ambos ofereceram um só e mesmo sacrifício. Por isso ambos operaram a humana redenção e obtiveram a eterna salvação aos homens: Jesus, satisfazendo pelos nossos pecados, e Maria, impetrando que nos fosse aplicada uma tal satisfação.

Pelo mesmo motivo igualmente afirmava o Venerável Dionísio Cartuxo que a divina Mãe pode chamar-se salvadora do mundo. E isso porque pelas penas sofridas em compadecer o Filho (por ela voluntariamente sacrificado à Divina Justiça), mereceu que fossem comunicados aos homens os merecimentos do Redentor.

Extraído do livro: Glórias de Maria – S. Afonso de Ligório

domingo, 25 de julho de 2010

A Alegria Cristã


Num mundo cheio de misérias e de problemas, parece não haver lugar para a alegria.
Mas há.
A Sagrada Escritura convida-nos: alegrai-vos, cantai, batei palmas.
A verdadeira alegria é espiritual. É um fruto do Espírito Santo. Nasce no coração.
Mas é preciso que cada um cultive essa alegria para que não se apague, mas cresça.
E como?
Olhemos para as pequenas alegrias do dia a dia e a agradecê-las a Deus.
Mesmo os doentes, os deficientes, os idosos, com as suas dificuldades podem ganhar o hábito de “ver” e agradecer a Deus estes dias ou estes momentos que Ele lhes proporciona.
Agradecer um dia de sol, as belezas da natureza, a visita de um amigo, uma noite bem dormida, um medicamento que aliviou a dor, uma notícia agradável. Agradecer a Deus a casa, o alimento, o necessário para viver quando tantos morrem à fome e sem um tecto que os abrigue.
Agradecer a paz na nossa terra no mundo há tantas guerras.
Mas a verdadeira e grande alegria vem directamente de Deus: o encontro com Jesus na oração de cada dia, na meditação da Palavra de Deus, na leitura da vida dos santos, são a parte desta alegria e paz interior que nos faz aceitar com serenidade as contrariedades da vida e da doença.
Quem tiver em casa uma Bíblia, pode rezar com os salmos.
O 1° salmo começa assim: “Feliz o homem que não segue o caminho dos ímpios...antes na lei do Senhor põe o seu enlevo”.
O começo dos outros salmos:
Salmo 23 – O Senhor é meu Pastor, nada me falta.
Salmo 27 – O Senhor é a minha luz e salvação, de quem terei medo?
Salmo 40 – Esperei no Senhor com toda a confiança. Inclinou-se para mim e ouviu o meu clamor.
Salmo 47 – Povos batei palmas. Aclamai o Senhor com vozes de alegria.
Salmo 62 – Só em Deus repousa a minha alma; d’Ele vem a minha
salvação.
Salmo 89 – Hei-de cantar para sempre o amor do Senhor
Salmo 106 – Louvai o Senhor porque é bom, porque é eterna a Sua misericórdia.
Salmo 108 – O meu coração está contente, Senhor. Quero cantar-Vos e louvar-Vos.
Salmo 128 – Felizes os que temem o Senhor e andam nos Seus caminhos.
O último Salmo (150), termina assim: Tudo o que respira louve o Senhor, Aleluia!

sábado, 24 de julho de 2010

As qualidades do lápis


Será que um simples lápis, desses que estão a ser substituídos pelas esferográficas, nos podem dar Iições para a vida?

Um dia, uma avó estava a escrever com o lápis. Na mesa, estava também uma borracha e um afia-lápis. Aproximou-se dela um netìnho e perguntou-lhe: - Avó, o que é que está a escrever? - Estou a tentar escrever um poema para passar o tempo. Mas gostaria de te dizer uma coisa.
- Diga, avó!
- Gostaria que tu, quando cresceres e fores grande, fosses como este lápis.
- Avó, mas o que é que um lápis tem de especial?...
- Depende do modo como olhas para as coisas. No lápis há qualidades que, se as conseguires manter ao longo da tua vida, serás uma pessoa feliz.

Então a avó explicou-lhe as cinco qualidades do lápis.

Primeira qualidade: O lápis redige belos textos ou faz lindos desenhos, mas para isso tem que ter uma mão a guiá-lo. Cada pessoa deve também deixar-se conduzir por quem a orienta para a felicidade.

Segunda qualidade: O lápis, de vez em quando, necessita de ser afiado e para isso utiliza-se o afia-Iápis. Isto faz com que ele sofra um bocado. Cada pessoa necessita também de suportar sacrìfícios na vìda.

Terceira qualidade: O lápis permite que utìlìzemos uma borracha, sempre que é precìso apagar aquìlo que está errado. Cada pessoa necessita de ir apagando os erros que faz e fazer cada vez menos.

Quarta qualidade: O que realmente é importante no lápis não é a madeira mas a qualidade da grafite que está dentro. Cada pessoa vale não pelo aspecto exterior, mas pelo amor e sabedoria que tem no seu íntimo.

Quinta qualidade: O lápis, ao escrever ou desenhar, deixa sempre uma marca mais ou menos bela. Cada pessoa, com a sua vida, deixa no mundo traços de maior ou menor beleza. Depende do seu coração.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

A dor faz-nos crescer


Deixa o tempo passar e verás que todas as coisas se resolvem
A dor ensina-nos a mudar e a sermos melhores. Sim, é verdade, a dor faz-nos crescer! A dor faz-nos amadurecer e enxergar a vida e as pessoas de maneira diferente, de maneira nova e transformadora. Como isso é possível? Quando não ficamos presos ao sofrimento, mas usamos dele como um meio e uma oportunidade – dados por Deus – para sermos melhores e tirarmos algo bom dele.
Mergulhar na dor e ficar presos a ela não é bom nem positivo para a nossa maturidade de cristãos, de filhos de Deus, de homens e mulheres que buscam uma vida nova em Cristo.
Que dor tu hoje vives? A dor da separação? A dor da injustiça, da mentira, da calúnia? Ou será a dor da traição? Da perseguição? Do abandono? Ou a dor da falsidade, da perda de um filho, parente, amigo...? Seja qual for a dor por que está a passar, sabe que tu és capaz de a superar e ser um vitorioso, uma vitoriosa diante deste facto ou acontecimento. Sabe também que Deus te ajudará a vencer e te dará a vitória. Acredita!
O importante nesta vida é não deixar-se abalar nem desanimar, nem entregar-se às provações, sofrimentos e dores dos momentos presentes da vida; mas confiar, rezar, acreditar em Deus e dar a volta por cima e recomeçar sempre.
A tua fé e a oração são forças poderosas para fazer de ti uma guerreira, um guerreiro. Não te entregues à dor, isto é importante e fundamental para superares, nem te revoltes, e também não alimentes a raiva, o ódio, a vingança, a tristeza, o ressentimento e a mágoa por aqueles que de alguma maneira e forma te causaram dor e te fizeram sofrer ou ainda te fazem sofrer. Estes sentimentos são ruins, são destruidores, fazem-nos mal e derrotam-nos.
Deixa o tempo passar e verás que todas as coisas se resolvem e passam... Aprenderás também que a dor nos ensina a mudar e a ser melhores. Seja qual for a tua dor, ela passará porque não é eterna. Mas o amor de Deus e os seus cuidados são eternos por ti e n'Ele tu és mais do que vencedor, tu és mais do que vencedora.
Verás no fim de tudo que cada momento da nossa vida, seja este bom ou ruim, serve para o nosso crescimento, aproxima-nos de Deus e faz-nos mais santos. E aqueles que nos feriram, nos maltrataram ou nos causaram dor terão também as suas atitudes e vidas transformadoras – porque aprenderam de alguma forma, permitida por Deus –, que o que fizeram não foi bom e arrependidos mudaram também.
Deus espera de TODOS uma mudança, conversão e arrependimento diário. Faz a tua parte! Faz a diferença! Sabe que Deus muda tudo e muda para melhor.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

ÚLTIMO FOLHETO

glitters

--Todos os domingos de manhã, depois do Grupo de Oração na Igreja,
o coordenador do grupo e o filho de 11 anos saíam pela cidade e entregavam folhetos falando do Amor de Deus por nós.
Numa tarde de domingo, quando chegou a hora do pai e o filho
saírem pelas ruas com os folhetos, fazia muito frio lá fora e também chovia muito.
O menino agasalhou-se e disse:
-'Ok, pai, estou pronto.'
E o pai perguntou:
-'Pronto para quê?'
-'Pai, está na hora de juntarmos os nossos folhetos e sairmos. '
O pai respondeu:
-'Filho, está muito frio lá fora e também está a chover muito. '
O menino olhou para o pai surpreso e perguntou:
-'Mas, pai, as pessoas não vão para o trabalho
até mesmo em dias de chuva?'
O pai respondeu:
-'Filho, eu não vou sair com este frio. '
Triste, o menino perguntou:
-'Pai, eu posso ir? !'
O pai hesitou por um momento e disse:
-'Podes ir. Aqui estão os folhetos. Toma cuidado. '
Então ele saiu no meio daquela chuva..
Este menino de onze anos
caminhou pelas ruas da cidade de porta em porta
entregando folhetos a todos que via.
Depois de caminhar por horas na chuva,
estava todo molhado, mas faltava um último folheto.
Parou na esquina e procurou alguém para
entregar o folheto, mas as ruas estavam desertas.
Então virou-se em direcção à primeira casa que viu e caminhou pela calçada até à porta e tocou a campainha.
Mas ninguém respondeu.
Tocou de novo,
mais uma vez,
mas ninguém abriu a porta.
O menino preparava-se para se ir embora,
mas algo o deteve.
Mais uma vez,
tocou a campainha e bateu na porta com força.
Esperou, alguma coisa o fazia ficar ali na varanda e finalmente a porta abriu-se muito devagar.
Apareceu uma senhora idosa, com um olhar triste.
E perguntou :
-'O que desejas, meu filho?'
Com um sorriso que iluminou o mundo dela, o menino disse:
'Senhora, desculpe se eu estou a perturbar o seu descanso,
mas só gostaria de dizer que JESUS A AMA MUITO
e eu vim aqui para lhe entregar o meu último folheto
que lhe dirá tudo sobre JESUS
e o seu grande AMOR. '
Então entregou o seu último folheto e virou-se para ir embora.
Ela chamou-o e disse:
-'Obrigada, meu filho!!! E que Deus te abençoe!!!'
No domingo seguinte, na Igreja,
o Coordenador do Grupo de Oração, após a sua pregação perguntou:
- 'Alguém tem um testemunho ou algo a dizer?'
Lentamente, na última fila da Igreja, uma senhora idosa pôs-se de pé. E começou a falar.
- 'Ninguém me conhece neste Grupo, eu nunca estive aqui.
Até domingo passado eu não era cristã.
O meu marido faleceu há algum tempo e eu fiquei sozinha neste mundo.
No domingo passado, um dia frio e chuvoso,
eu tinha decidido no meu coração que eu chegaria ao fim da linha, eu não tinha mais esperança ou vontade de viver.
Então peguei numa corda e numa cadeira
e subi para o sótão da minha casa,
amarrei a corda numa trave do telhado,
subi para a cadeira e coloquei a corda em volta do meu pescoço.
De pé naquela cadeira, só e de coração estava pronta para saltar, quando,
de repente, o toque da campainha me assustou.
Eu pensei, quem será?
-'Vou esperar um minuto e quem quer que seja irá embora. '
Eu esperei, mas a campainha era insistente;
depois a pessoa a bateu forte.
E pensei:
-'Quem pode ser?
Ninguém toca a campainha da minha casa há tempos,
ainda mais num dia destes.'
Afrouxei a corda do meu pescoço e fui à porta ver quem era,
enquanto a campainha soava cada vez mais alto.
Quando eu abri a porta e vi quem era,
eu mal pude acreditar,
pois na minha varanda estava o menino mais radiante que já vi na minha vida.
O seu SORRISO,
ah, eu nunca poderia descrevê-lo!
As palavras que saíam da sua boca fizeram com que o meu coração que estava morto há muito SALTASSE PARA A VIDA quando ele disse:
-'Senhora, eu só vim aqui para dizer QUE JESUS A AMA MUITO. '
Então ele entregou-me este folheto
que eu tenho nas minhas mãos.
Conforme aquele menino desaparecia no frio e na chuva, eu fechei a porta e li cada palavra deste folheto.
Então subi para o sótão, peguei na corda e na cadeira.
Pois eu não iria precisar delas.
Como vêem - eu agora eu estou aquí!
Já que o endereço do seu Grupo de Oração
estava no verso deste folheto,
vim aqui pessoalmente para dizer OBRIGADO
a este menino de Deus
que no momento certo livrou a minha alma. '
Não havia quem não tivesse lágrimas
nos olhos no Grupo de Oração.
O coordenador do Grupo, foi em direcção à primeira fila onde
o 'seu' menino estava sentado.
Tomou o filho nos braços e
chorou
Provavelmente nenhum Grupo de Oração
teve um momento tão grande como este
e provavelmente este universo nunca viu um pai tão transbordante de amor e honra por causa do seu filho...
Excepto um.
Este Pai também permitiu que o Seu Filho viesse
a um mundo frio e tenebroso.
Ele recebeu o Seu Filho de volta com uma alegria indescritível,
o Pai assentou-O num trono acima de todo o principado e deu-Lhe
um nome que está acima de todo nome: JESUS.
JESUS AMA-TE!
Deixa-te amar por Jesus.
Já levaste alguém para ser amado e salvo por Jesus?
"Porque Deus amou de tal modo o mundo, que lhe deu o seu filho Unigénito, para que todo aquele que nele crer, não pereça mas tenha a vida eterna". João 3.16
Fonte JAM

terça-feira, 20 de julho de 2010

O Papa visitou o Véu da Verónica



Uma tradição muito antiga da Igreja diz que uma mulher enxugou o rosto de Cristo no caminho do Calvário; milagrosamente a imagem de Jesus sofredor teria sido gravada no lenço da mulher. A tradição chama-a Verónica (ícone verdadeiro).
O Papa Bento XVI foi o primeiro Papa a visitar o Santuário do Santo Rosto de Manoppello, onde, segundo a tradição, se encontra o véu com o qual a Verónica teria enxugado o rosto de Cristo.

É algo novo e diferente. O que terá motivado o Papa a ver o ícone de Verónica?
Certamente o Papa alimenta alguma esperança de que possa ser autêntico, como o santo Sudário de Turim. O Santuário que acolhe a relíquia, conhecida antigamente como «a mãe de todos os ícones», confiada aos Frades Menores Capuchinhos, encontra-se num pequeno povoado dos Abruzos, nos montes Apeninos, a uns 200 quilómetros de Roma.

O Santo Rosto é um véu de 17×24 centímetros. Quando nos aproximamos do véu, pode-se ver a imagem de um homem que sofreu, pelos golpes da paixão, como os que sofreu Cristo.

O Pe. Heinrich Pfeiffer S.I., professor de iconologia e história da arte cristã na Universidade Pontifícia Gregoriana de Roma, estudou este véu durante treze anos e foi o primeiro cientista a assegurar que se trata do véu da Verónica que antes se guardava no Vaticano.

No livro apócrifo dos Actos de Pilatos (século VI), fala-se de uma mulher, conhecida com o nome de Verónica («verdadeiro ícone»), que enxugou com um véu o rosto de Cristo na Via Sacra. Apesar destas fontes incertas, que se encontram já no século IV, segundo constata o Pe. Pfeiffer, alemão, a história do Véu da Verónica está presente através dos séculos na tradição católica.

Por ocasião do primeiro ano santo da história, no ano 1300, o Véu da Verónica converteu-se numa das maravilhas da cidade de Roma para os peregrinos que puderam visitar a Basílica de São Pedro, no Vaticano. Confirma o maior poeta da história da Itália, Dante Alighieri (1265-1321), no canto XXXI do «Paraíso» (versículos 103-111) na «Divina Comédia».

As marcas do véu da Verónica perderam-se nos anos sucessivos ao Ano Santo 1600, quando o véu foi encontrado em Manoppello. O Pe. Pfeiffer explica que no véu de Manoppello, na margem inferior, pode-se ver ainda um pequeno fragmento de vidro do relicário anterior, o que demonstraria a sua procedência do Vaticano.

Segundo a «Relação Histórica», escrita em 1646 pelo sacerdote capuchinho Donato de Bomba, em 1608 uma senhora, Marzia Leonelli, para tirar o seu marido da prisão, vendeu por 400 escudos o Véu da Verónica, que havia recebido como dote, a Donato Antonio de Fabritius. Dado que a relíquia não se encontrava em boas condições, Fabritius entregou-a em 1638 aos padres capuchinhos de Manoppello.

Frei Remigio da Rapino recortou os cantos do Véu e colocou-o entre duas molduras de madeira. As molduras e os vidros são o que ainda hoje conservam o véu em Manoppello.

Esta relação, da qual não há outras provas históricas, diverge da reconstrução do Pe. Pfeiffer, narrando a história popular da chegada do ícone aos Abruzos, das mãos de um peregrino, em 1506. Até 1638, o ícone teria passado por várias mãos. Com a criação desta lenda, opinam alguns dos investigadores, se poderia ter tentado ocultar o roubo do Vaticano.

O professor Donato Vittori, da Universidade de Bari, fez um exame do véu em 1997 com raios ultravioleta, descobrindo que as fibras não têm nenhum tipo de pigmentação. Ao se observar a relíquia com o microscópio, descobre-se que não está pintada e que não está tecida com fibras de cor.

Através de sofisticadas técnicas fotográficas digitais, pôde-se constatar que a imagem é idêntica em ambos os lados do véu, como se fosse um slide. A iconógrafa Blandina Pascalis Shloemer demonstrou que a imagem do Santo Sudário de Turim se sobrepõe perfeitamente ao Santo Rosto de Manoppello (com mais de dez pontos de referencia).

O Pe. Pfeiffer recolheu as principais obras artísticas da história que se inspiram no véu da Verónica, até que Paulo V proibisse a sua reprodução, após o provável roubo no Vaticano, e todas parecem ter por modelo a relíquia de Manoppello.

O Pe. Pfeiffer, esteve em Manoppello com o Papa, e explicou que: «Quando os diferentes detalhes se encontram reunidos numa só imagem, esta última deve ter sido o modelo de todas as outras. As outras pinturas imitam um só modelo: a Verónica de Roma. Por este motivo, podemos concluir que o Véu de Manoppello é o original da Verónica de Roma».

A Igreja não nos obriga a crer nestas relíquias e deixa o livre uso da fé de cada um; mas pelo que vimos acima há hipóteses de que o ícone da Verónica seja verdadeiro; o que levou o Papa a ter interesse em o ver.

Eis o rosto ensanguentado/ Pela Verónica enxugado/ Que no pano apareceu/ Que no pano apareceu.

Pela Virgem dolorosa/ Vossa MÃE tão piedosa/ Perdoai ó meu JESUS/ Perdoai ó meu JESUS.

O necessário na verdadeira amizade


Demonstre sua amizade rezando por uma pessoa de sua estima. Visite o site “Reze Por Mim” É muito importante a hospitalidade. Talvez seja um dos mais significativos gestos fraternos, porque supõe acolhida e valorização das pessoas. Ela cria relacionamento e convivência social.

Isto aconteceu com Nosso Senhor Jesus Cristo quando visitou Marta e Maria, irmãs de Lázaro a quem Ele bem conhecia. As duas irmãs O acolhem com carinho, tendo cada uma delas comportamento próprio. Nosso Senhor, como visitante, leva em conta as suas atitudes.

Marta, provavelmente a mais velha, age no cuidado da casa e em preparar o necessário para a boa acolhida e hospitalidade. Era o normal na vida das pessoas em suas residências, o que provocava correria para cumprir as tarefas nos momentos certos.

Maria, mais compenetrada talvez da situação, fica sentada ao lado de Jesus apreciando as suas palavras. Ela teve uma atitude de atenção e de contemplação do que estava ouvindo do Mestre, compreendendo o valor e o sentido daquilo.

É bom hospedar e cuidar bem das pessoas, pois estabelece amizade e incrementa o relacionamento, partilhando as alegrias e os sofrimentos, que fazem parte da vida de todos. Por isto, Nosso Senhor fez questão de elogiar a atitude de Maria, e criticar a agitação de Marta.

O caso de Marta e Maria pode levar-nos a rever nossas atitudes, para vivermos com equilíbrio cada momento de nossa vida. Nossas atividades devem centrar-se no essencial, no mais necessário, que é a boa convivência fraterna. Sobretudo num mundo como o actual em que predomina o medo, o isolamento, o individualismo, o excesso de trabalho e a falta de tempo.

(Excerto de “Entre Redes” – Dom Paulo Mendes Peixoto – Bispo de São José do Rio Preto.) Escrito em português do Brasil

domingo, 18 de julho de 2010

Piercings trocados por terços


A integridade corporal e a saúde não devem ser sacrificadas a modismos
Um grupo de jovens católicos iniciou, em Roma, um trabalho de evangelização que consiste em oferecer aos jovens terços em troca de piercings.
É a Associação Papaboys, que fica num bairro próximo ao Vaticano; eles já acumulam mais de mil piercings de formatos, cores e tamanhos diferentes.
“Vamos derreter tudo e criar um coração em homenagem a Maria, mãe de Jesus”, disse a presidente da associação. “Queremos que estes jovens encontrem o caminho da verdade”.
Estes jovens católicos vão pelas ruas da capital da Itália oferecendo aos jovens o terço em troca do piercing, dizendo: “Dá-me o teu piercing em troca de um terço. Vamos rezar juntos?” E dizem também: “Para quê pôr mais um peso na cabeça? Larga este ferro. Liberta-te.”
A presidente da referida associação afirma que os Papaboys não iniciaram uma guerra contra os piercings, mas que apenas encontraram uma maneira divertida de se aproximarem dos jovens e trazê-los para Deus.
A associação foi criada depois do Jubileu da Juventude, evento realizado em Roma, em 2000, que reuniu mais de dois milhões de jovens. O nome escolhido é o mesmo que eram chamados os jovens que seguiam o Papa João Paulo II nas Jornadas Mundiais da Juventude, realizadas desde 1985, evento conhecido como “Woodstock católico” – em alusão ao célebre festival americano da década de 60. A associação conta com 10 mil jovens filiados em todas as regiões italianas.
“João Paulo II é o nosso principal inspirador. A coisa mais linda que ele ensinou aos jovens de todo o mundo é saber reconhecer a figura de Cristo no rosto de todas as pessoas”, ressalta Venturi.
“É uma brincadeira”, afirma ela. “Achamos que os jovens vivem pressionados por seguir a moda neste mundo em que tudo gira velozmente. Propomos um ferro diferente do piercing: um terço, que é muito mais profundo, pode libertá-los e aumentar a potência dos seus corações”.
Na avaliação dos Papaboys, o piercing é trocado em nome de uma nova amizade. Afinal, todos aqueles que abandonam o adorno são convidados a participar da associação. “Jesus e os apóstolos formavam um grupo de amigos”, diz Venturi. “Os Papaboys também”. Eles começam por pedir o piercing e acabam por convidar as meninas para participar num grupo de oração. Os rapazes podem também integrar a equipa de futebol da associação.
O estudante Michele Biaggio, de 22 anos, dá o seu testemunho quando foi abordado. “Achei que era uma brincadeira e tirei o piercing que tinha no lábio dando muitas gargalhadas. Só descobri que era a sério quando eles me mostraram o terço”, relata. “Gosto da iniciativa. Gosto de saber que há alguém preocupado com os jovens católicos”.
Os médicos dermatologistas chamam a atenção para o perigo do piercing transmitir doenças graves como as hepatites e até mesmo a AIDS. Isso acontece porque frequentemente os que realizam a introdução do piercing, fazem a tatuagem ou a automutilação do corpo não tomam as necessárias cautelas higiénicas. Verifica-se que em cada cinco, um adolescente é contagiado assim, ao passo que as adolescentes são duas vezes mais afectadas. Os piercings costumam ser fixados em partes do corpo muito impróprias: na língua, umbigo, lábios, e até nos órgãos genitais, o que mostra um comportamento exótico e excêntrico. Às vezes são usados vários anéis fixados através do pavilhão da orelha, e que podem acarretar necrose da cartilagem. O jovem cristão não precisa disto.
Do ponto de vista ético, a prática dos piercings e afins só pode ser rejeitada, pois contribui para afectar negativamente o corpo e a saúde dos usuários. A lei de Deus manda preservar a vida. A integridade corporal e a saúde não devem ser sacrificadas a modismos. Aos pais compete incutir aos filhos uma escala de valores que esteja acima de modismos e ondas do momento, que prejudicam o autêntico desenvolvimento físico e moral dos adolescentes.

In JAM

sábado, 17 de julho de 2010

SABEDORIA


Certo irmão veio ao encontro do abade Macário, o egípcio, e lhe disse: “Abade, diga-me uma palavra a fim de que eu seja salvo”.
E o ancião disse: “Vá ao cemitério e injurie os mortos”.
O irmão lá foi, pois, injuriou-os e lançou-lhes pedras. Depois, retornou a anunciá-lo ao ancião. Este disse-lhe: “Não lhe disseram nada?” Ele respondeu que não.
O velho disse-lhe: “Volte lá amanhã e faça-lhes elogios”.
7O irmão partiu pois e os louvou dizendo: “Apóstolos, santos e justos”. E retornou ao ancião e disse-lhe: “Eu os cumprimentei.”
E o velho perguntou-lhe: “Nada lhe responderam?” O irmão disse que não.
O velho disse-lhe: “Você sabe que insultos lhes dirigiu sem que eles lhe respondessem e que louvores, sem que eles lhe falassem; assim também você, se quiser ser salvo, torne-se um morto; e como os mortos, não conte nem os desprezos dos homens nem os seus louvores e você poderá construir a sua salvação.”

(PALAVRAS DOS ANTIGOS, Sentenças dos Padres do deserto)

sexta-feira, 16 de julho de 2010


Nosso Senhor apareceu numerosas vezes a Santa Margarida Maria Alacoque (de 1673 até 1675).
essas aparições, Ele fez 12 importantes promessas. Leia-as abaixo com atenção.

1ª Promessa:“A minha bênção permanecerá sobre as casas em que se achar exposta e venerada a imagem de meu Sagrado Coração”.

2ª Promessa:“Eu darei aos devotos de meu Coração todas as graças necessárias a seu estado”.

3ª Promessa:“Estabelecerei e conservarei a paz em suas famílias ”.

4ª Promessa:“Eu os consolarei em todas as suas aflições”.

5ª Promessa:“Serei refúgio seguro na vida e principalmente na hora da morte”.

6ª Promessa:“Lançarei bênçãos abundantes sobre os seus trabalhos e empreendimentos”.

7ª Promessa:“Os pecadores encontrarão em meu Coração fonte inesgotável de misericórdias”.

8ª Promessa:“As almas tíbias tornar-se-ão fervorosas pela prática dessa devoção”.

9ª Promessa:“As almas fervorosas subirão em pouco tempo a uma alta perfeição”.

10ª Promessa:“Darei aos sacerdotes que praticarem especialmente essa devoção o poder de tocar os corações mais endurecidos”.

11ª Promessa:“As pessoas que propagarem esta devoção terão o seu nome inscrito para sempre no meu Coração”.

12ª Promessa:“A todos os que comunguem nas primeiras sextas-feiras de nove meses consecutivos, darei a graça da perseverança final e da salvação eterna”.
Fonte: Boletim do Sagrado Coração de Jesus

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Bendigo-te, ó Pai


Somos convidados a cantar ao Senhor um cântico novo (Sl 149, 1). É o homem novo que conhece este cântico novo. O cântico é alegria e, se o analisarmos com mais atenção, também é amor. Aquele que sabe amar a vida nova conhece esse cântico novo. Mas também é necessário que estejamos conscientes do que é a vida nova por causa do cântico novo. Tudo isto faz arte do mesmo Reino: o homem novo, o cântico novo, a nova aliança. O homem novo cantará um cântico novo e fará parte da nova aliança. [...]
«Eis-me a cantar», dirás. Cantas, sim, tu cantas: estou a ouvir-te. Mas toma cuidado para que a tua vida não dê um testemunho contrário ao da tua língua. Cantai com a voz, cantai com o coração, cantai com a boca, cantai com a vossa conduta, «cantai ao senhor um cântico novo». Se vos questionais sobre o que deveis cantar Àquele que amais, e procurais louvores para Lhe cantar, «louvai-O na assembléia dos fiéis» (Sl 149, 1). O cântico de louvor é o próprio cantor. Quereis cantar os louvores de Deus? Sede o que cantais. Vós sois o Seu louvor, se viverdes bem.
Santo Agostinho (354-430), Bispo de Hipona (Norte de África) e doutor da Igreja. Sermão 34; a partir da trad. de CCL 41, 423-4

Fonte: Evangelho Quotidiano

quarta-feira, 14 de julho de 2010